Saindo das tradicionais Paixões de Bach, a Gulbenkian em
2013 decidiu trazer uma das maiores obras corais de sempre e, sem dúvida, o meu
Requiem favorito: o Requiem Alemão de Brahms.
A Orquestra e o Coro Gulbenkian estiveram a um nível próximo
do excelente ontem à noite, dirigidos por Michel Corboz. Os solistas Rachel
Harnish e Rudolf Rosen, vozes potentes e de qualidade técnica de elevado nível,
embora talvez nem todos apreciem o timbre de Rosen. O público respeitou o silencio
no final da obra o que ajudou a elevar a sua solenidade e beleza.
A cantata nº 21 de Bach preencheu a primeira parte do
concerto. O tenor Fernando Guimarães juntou-se aos solistas acima referidos,
com apreciável capacidade emotivo-interpretativa, mas comparativamente com uma
voz de menor projeção que os restantes. Na minha opinião não é das mais geniais
das cantatas de Bach mas... é sempre Bach.
Boa Páscoa!
EIN DEUTSCHES REQUIEM - JOHANNES BRAHMS - Calouste Gulbenkian Foundation - March 26, 2013
Forgetting the traditional Passions of Bach, the Gulbenkian in 2013 decided to bring one of the greatest choral works of all time and undoubtedly my favorite Requiem: The German Requiem by Brahms.
The Gulbenkian Orchestra and Choir were at a level close to excellent last night, directed by Michel Corboz. The soloists Rachel Harnish and Rudolf Rosen with powerful voices and high level of technical quality, though perhaps not all appreciate the timbre of Rosen. The audience respected the silence at the end of the work which helped raise its solemnity and beauty.
The Bach's Cantata No. 21 filled the first part of the concert. The tenor Fernando Guimarães joined the aforementioned soloists, with considerable emotional and interpretative ability, but with a lower projection of voice when compared with the others. In my opinion it is not the most gifted of Bach Cantatas but ... is always Bach.
Happy Easter!
Assisti à récita de hoje. Bach é sempre Bach, é certo, mas o Requiem alemão de Brahms foi arrasador! Para além da imponência da obra, o coro Gulbenkian esteve ao mais alto nível (como tem acontecido frequentemente), os solistas muito bem, a orquestra também e, Michel Corboz continua a proporcionar-nos os melhores concertos na Gulbenkian.
ResponderEliminarCaros Fanáticos,
ResponderEliminarli as últimas crônicas e com isso tenho aprendido um pouco sobre a arte da música.
Parabéns e um grande abraço a todos os colaboradores deste ilustre site!
Também assisti ao concerto no dia 27-03 e concordo que foi magnífico. Apenas me pareceu que, no Requiem Alemão, algumas entradas do coro me pareceram pouco precisas, com algumas vozes femininas a atacarem cedo demais ou, noutros casos, demasiado forte, quebrando a homogeneidade sonora. A orquestra pareceu-me em excelente nível.
ResponderEliminarUm outro ponto, em jeito de desabafo: palmas após o fim da 6ª parte... Porque será que, quem não conhece as obras, não espera para aplaudir quando for certo que a obra efectivamente chegou ao fim? Nunca percebi.
Pena ainda ver tantos lugares vazios no auditório.
Cumprimentos,
J. Baptista
Assisti ao concerto de dia 26. O Bach foi irrepreensível. O Brahms foi excelente, muito embora me tenha parecido que algumas entradas da orquestra/naipes nem sempre foram totalmente seguras, o que poderá ter a ver com facto de Corboz estar mais concentrado na direcção do coro do que na orquestra. Um pormenor de somenos importância numa oprestação globalmente excelente.
ResponderEliminarJoão Zeferino