(Review in English
below)
A FCG
recebeu, uma vez mais, a Gustav Mahler
Jundenorchester. A orquestra foi fundada pelo mítico maestro italiano Claudio Abbado e visa dar uma
experiência ímpar no mundo da música a promissores jovens intérpretes. Tem em
Lisboa uma das suas sedes residentes e apresentou-se sob a direcção do maestro
britânico Leo McFall.
A primeira peça ouvida foi Melodia
do compositor residente da FCG: Marc-André
Dalbavie. É uma peça para um conjunto reduzido de instrumentos de cordas,
percussão metálica e sopros estreada em 2009. A interpretação foi boa, embora,
para o meu gosto musical, não considere a peça de particular interesse, à
excepção de um ou outro laivo melódico.
Seguiu-se o Concerto para Piano e Orquestra, em Ré menor n.º 20, K. 466 de Wolfang Amadeus Mozart. Estreado em
1785, este concerto é de uma beleza indescritível e de uma qualidade imaculada.
Foi interpretado de forma sublime pelo pianista americano Nicholas Angelich, de onde destaco a cadenza do primeiro andamento.
A segunda parte iniciou-se com o Adágio e Fuga, em Dó menor, K. 546
também de Wolfgang Amadeus Mozart.
Estreado em 1788, esta obra exclusivamente para cordas, é mais um exemplo da
grande música de um dos compositores mais brilhantes da história e da qual
ouvimos uma bela interpretação.
A concluir ouviu-se a Sinfonia n.º 7, em Dó Maior, op. 105, do compositor finlandês Jean Sibelius. É uma obra de particular
interesse pela forma ininterrupta como decorre, bem como pela emoção que nela
transparece ligada ao misticismo de Sibelius: o próprio considerou esta obra
uma declaração de fé. A interpretação da orquestra foi cuidada e vibrante, pelo
que recebeu uma merecida ovação final.
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(Review in English)
The FCG received once more Mahler Jundenorchester. The orchestra
founded by legendary Italian conductor Claudio
Abbado aims to provide a unique experience in the world of music to
promising young performers. Lisbon is one of its head offices and they appeared
under the baton of British conductor Leo
McFall.
The first piece
heard was Melodia by FCG’s composer
in residence Marc-André Dalbavie. It
is a piece for a reduced set of string instruments, woodwinds and metal percussion
premiered in 2009. The interpretation was good, though, for my musical taste,
do not consider it of particular interest, with the exception of one or another
melodic tinge.
It was followed by
Concerto for Piano and Orchestra in D
minor No. 20, K. 466 by Wolfang Amadeus Mozart. Premiered in
1785, this concert is of indescribable beauty and immaculate quality. The American
pianist Nicholas Angelich gave us a
sublime interpretation of which we highlight the first movement’s cadenza.
The second half
began with Adagio and Fugue in C minor,
K. 546 also by Wolfgang Amadeus
Mozart. Premiered in 1788, this work exclusively for strings, is another
example of the great music from one of the brightest composers of music
history. We heard a great interpretation.
To finish we heard
Symphony No. 7 in C Major, op. 105,
by Finnish composer Jean Sibelius.
It is a work of particular interest for an uninterrupted form as well as by the
emotion that it transpires linked to mysticism: Sibelius himself considered
this work a declaration of faith. A careful and vibrant interpretation was
heard, deserving therefore an ovation at the end.
Que peça tocou Angelich no seu encore antes do intervalo?
ResponderEliminarCaro Anónimo,
EliminarA esta distância já me é impossível lembrar-me. Todavia, se bem me recordo, não consegui identificar a peça interpretada como encore. Saudações