(review in English below)
A realização de Bartlett Sher da ópera Rigoletto de Verdi foi novamente levada à cena na Metropolitan Opera de Nova Iorque.
A acção passa-se na Alemanha, na república de Weimar, mas é uma encenação clássica, vistosa e onde as componentes principais da opera estão presentes e representadas de forma bem perceptível.
A direcção musical de Speranza Scappucci não esteve à altura do espectáculo. Houve vários desencontros entre a orquestra e os cantores e os ritmos impostos nem sempre foram os mais adequados à acção. Foi pena porque a Orquestra e o Coro estiveram em grande.
Desta vez aconteceu algo raro na ópera, todos os solistas foram excelentes!
O tenor francês Benjamin Bernheim foi um Duque fabuloso. Tem uma voz ampla, fresca, timbre muito bonito, potencia impressionante e grande musicalidade. E em palco foi um verdadeiro actor, a figura jovem e magra ajuda muito.
A soprano italiana Rosa Feola fez uma Gilda perfeita. Voz sempre audível sobre a orquestra, afinada, bonita e expressiva. Em palco também esteve perfeita.
O barítono norte-americano Quinn Kelsey foi um Rigoletto como há muito tempo não via ao vivo. É um papel difícil, actualmente há poucos cantores que o cantam e representam correctamente e Kelsey é um deles. Foi fantástico.
Merecem também destaque pelas suas óptimas actuações Bradley Garvin como Monterone,
o fantástico John Relyea como Sparafucile,
e a impressionante Aigul Akhmetshina como Maddalena.
Um espectáculo fabuloso.
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RIGOLETTO, MEtropolitan Opera, December 2022
Bartlett Sher's performance of Verdi's opera Rigoletto was again performed at the Metropolitan Opera in New York.
The action takes place in Germany, in the Republic of Weimar, but it is a classic, showy staging and where the main components of the opera are present and represented in a very perceptible way.
Speranza Scappucci's musical direction was not up to the performance. There were several disagreements between the orchestra and the singers and the imposed rhythms were not always the most suitable for the action. It was a pity because the Orchestra and the Chorus were grate.
This time something rare happened in opera, all the soloists were excellent!
French tenor Benjamin Bernheim was a fabulous Duke. He has a wide, fresh voice, very beautiful timbre, impressive power and great musicality. And on stage he was a real actor, the young and thin figure helps a lot.
The Italian soprano Rosa Feola made a perfect Gilda. Voice always audible over the orchestra, in tune, beautiful and expressive. On stage she was also perfect.
The American baritone Quinn Kelsey was a Rigoletto like I haven't seen live in a long time. It's a difficult role, nowadays there are few singers who sing and represent it correctly and Kelsey is one of them. He was fantastic.
They also deserve mention for their excellent performances Bradley Garvin as Monterone, the fantastic John Relyea as Sparafucile, and the stunning Aigul Akhmetshina as Maddalena.
A fabulous performance.
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