sexta-feira, 22 de março de 2013

RUDOLF BUCHBINDER - Integral dos Concertos para piano de BEETHOVEN na FCG, 20-21.03.2013

(Review in English below)

A Fundação Calouste Gulbenkian apresentou o conceituado pianista austríaco Rudolf Buchbinder na interpretação da integral dos Concertos para piano de Ludwig van Beethoven — o maior vulto da música do século XIX e aquele que melhor conseguiu aliar o dionisíaco com o apolínio com a sua força telúrica caracteristicamente humana imbuída do poder sobrenatural.


A interpretação dos concertos esteve em muito bom nível. Buchbinder foi um perfeccionista, tocou com muita elegância e eloquência, ultrapassando virtuosisticamente os diversos desafios temáticos e melódicos a que Beethoven o sujeitou. Acompanhou de modo sublime a orquestra sempre com um tempo perfeito.


A Orquestra Gulbenkian sob direcção de Lawrence Foster esteve, igualmente, bem, dando-nos interpretações de qualidade de um conjunto de obras que lhe é, aliás, muito familiar.  Talvez — numa crítica que, no nosso ver, é recorrente — tenha sido um pouco brusca na entrada para alguns temas e dando um peso demasiado à percussão.


Destacamos, como a que mais nos agradou, a interpretação do Concerto n.º 3. São, também, de sublinhar, as interpretações do Andante con moto do Concerto n.º 4 e a interpretação do Largo do Concerto n.º 1.

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(Review in English)


The Calouste Gulbenkian Foundation presented the renowned Austrian pianist Rudolf Buchbinder in the interpretation of Ludwig van Beethoven's complete piano concertos — he was, indeed, the greatest nineteenth century music icon and who better managed to combine the Dionysian with the Apolinic with its characteristically human telluric force imbued with supernatural power.

The interpretation of the concertos was in very good level. Buchbinder was a perfectionist, played with elegance and eloquence, overcoming virtuosistically the various thematic and melodic challenges Beethoven subjected him. He accompanied the orchestra in a sublime way always with a perfect tempo.

The Gulbenkian Orchestra under the direction of Lawrence Foster was equally well, giving us quality performances of a group of works which they are very familiar. Maybe — a critique that, in our view, is recurrent — was a bit abrupt at the entrance to some themes and give an exaggerated weight to percussion.

We emphasize the interpretation of the Concerto no. 3. We also were pleased with the interpretations  of Andante con moto of the Concerto no. 4 and Largo from Concerto no. 1.

2 comentários:

  1. Nice week-end my friends.
    Greetings from Gent,Willy

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  2. Caro Fanático,
    esse peso excessivo na percussão é algo que tenho notado por aqui em algumas interpretações excessivamente empolgadas...
    Um grande abraço e um ótimo fim de semana

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