(review in English
below)
O ciclo de piano da
temporada 2012/13 da FCG estreou-se com o pianista russo Alexei Volodin com um programa que inclui Schubert, Beethoven, Tchaikovsky e Kasputin.
O recital iniciou-se
pelos Impromptus, D. 899 de Franz Schubert, compostos no ano
anterior à sua morte precoce em 1828. São um conjunto de 4 peças sobejamente
conhecidas do público e que aqui nos foram mostradas de forma exemplar por
Volodin.
Foi seguida da muito
famosa Sonata para piano n.º 8, op. 13,
conhecida por “Patética”, de Beethoven,
cuja força dramática tem vindo a tocar os ouvintes desde que foi escrita em
1798 quando este tinha 27 anos. Foi muito bem interpretada.
Findo o intervalo,
seguiu-se a Suite de O Quebra Nozes
a partir do bailado homónimo de P. I.
Tchaikovsky, transcrita pelo consagrado pianista e maestro Mikhail Pltenev,
no meu entender o melhor interprete de Tchaikovsky da atualidade, cujas
gravações das obras sinfónicas são uma referência absoluta. A transcrição passa
por todos os elementos centrais da obra que todos nós conhecemos e permitiu
a Volodin exibir todas as suas qualidades técnicas e expressivas.
A terminar, foi-nos
apresentada a Sonata n.º 2, op. 54
de Nikolai Kasputin, compositor de
origem ucraniana e cuja obra é, para muitos, pouco conhecida. Esta obra foi
composta em 1989 e tem uma clara inspiração no jazz, não fosse o pianista e
compositor Kasputin um homem que, apesar da sua formação clássica, cedo se
dedicou quase em exclusivo a este género musical. Apesar de muitos cépticos
(chamemos-lhes assim...) terem abandonado a sala antes e durante a
interpretação da sonata, esta foi muito interessante e revelou as belíssimas
qualidades técnicas e interpretativas deste pianista com um reportório tão
vasto.
Alexei Volodin ofereceu-nos, ainda e muito simpaticamente, três
encores: o primeiro foi uma peça muito famosa, mas que não me lembro do nome,
pelo que não vou arriscar (quem quiser dizer faça o favor!); as duas últimas
foram a Valsa do Minuto e o Nocturno n.º 20 de Chopin. As três peças foram
muito bem tocadas.
Foi uma óptima forma de
começar este ciclo.
Deve deixar-se uma nota
sobre o Concerto Tússico que nos foi apresentado a cada intervalo entre peças:
quer os timbres laríngeos, quer os brônquicos estiveram muito bem, em clara
preparação para o Inverno que aí vem.
-------------------
(review in
English)
The FCG’s piano
cycle of 2012/13 season debuts with the Russian pianist Alexei Volodin with a program that includes Schubert, Beethoven, Tchaikovsky and Kasputin.
The recital began
by Impromptus, D. 899 by Franz Schubert composed in the year
before his premature death in 1828. They are a set of well known 4 pieces that
were shown to us in an exemplar way.
The extremely
famous Beethoven’s Piano Sonata no. 8,
op. 13, known as "Pathetique", followed it, a sonata whose
dramatic force has been touching listeners since it was written in 1798 when Beethoven
was 27. It was extremely well interpreted.
After the break, the
recital followed by the Suite from the
homonym ballet The Nutcracker of P. I.
Tchaikovsky, transcribed by the renowned pianist and conductor Mikhail
Pltenev, in my opinion the best interpreter of Tchaikovsky today, whose
recordings of symphonic works are absolute references. The transcription goes
through all the core elements of the work that we all know and that allowed
Volodin shows all its technical and expressive qualities.
Finally, it was
presented to us Ukrainian origin composer Nikolai
Kasputin’s Sonata n. 2, op. 54, whose work is, for many, poorly known. This
work was composed in 1989 and has a clear inspiration in jazz, was not the
pianist and composer Kasputin a man who, despite his classical training, early
devoted himself almost exclusively to this genre. Although many sceptics (call
them so...) has left the hall before and during the interpretation of the
sonata, this was very interesting and showed the tchenical and interpretative qualities
of this interpreter with a repertoire so vast.
Alexei Volodin gave us yet, very
sympathetically, three encores: the first part was one very famous, but I do
not remember the name, so I will not risk to say what it was (who wants to say,
please!); the last two were Chopin’s
Minute’s Waltz and Nocturne n.º 20. The three pieces were very well played.
It was a great way
to start this cycle.
I also should
leave a note on Concert for Cough presented to us every gap between pieces:
whether the laryngeal or bronchial timbres were very well, clearly in
preparation for the winter that is coming.
Caro camo_opera,
ResponderEliminarBem-vindo de novo à escrita no blogue.
Enquanto os concertos tússicos forem nos intervalos, a coisa não vai mal...