(review in English below)
La Fanciulla del West é uma das operas de Puccini menos vezes posta em cena.
Também não está entre as minhas favoritas, mas ouve-se muito bem. Teve a
estreia mundial na Metropolitan Opera
em Dezembro de 1910 e foi um grande sucesso.
A produção agora
em cena, da autoria de Giancarlo Del
Monaco actualizada por Gregory
Keller, é muito vistosa e grandiosa, numa abordagem clássica bem conseguida
que até vários cavalos inclui. Em cada acto há cenários muito diferentes, a
recordar o velho oeste no tempo da caça ao ouro.
O maestro Marco Armiliato esteve bem na condução
da excelente Orquestra da Metropolitan
Opera e deixou que os cantores se ouvissem.
A grande estrela
da noite foi a soprano Eva-Maria
Westbroek no papel de Minnie. Tem uma voz de enorme e sempre afinada, foi
excelente tanto na componente vocal como na cénica, apenas nas notas mais
agudas foi, por vezes, agreste.
O tenor Yusif Eyvazov foi um Dick Johnson
estático e pouco convincente em palco. Tem um timbre vocal feio, começou de
forma desastrada mas depois foi mais razoável mas irregular ao longo da ópera.
Penso que a sua inclusão no elenco num teatro desta categoria, como solista
principal, se deve mais ao facto de ser casado com Anna Netrebko do que das
suas qualidades canoras que, de facto, não são de primeira água. É algo
monocórdico e o registo não é uniforme em toda a extensão vocal.
Antes do início
do espectáculo fomos informados que o barítono Zeljko Lucic estava constipado mas, ainda assim, cantaria. Foi
muito estático na interpretação do Jack Range e irregular na interpretação
vocal, com períodos em que mal se ouvia.
Há muitos outros
cantores com papéis relativamente pequenos que tiveram interpretações
globalmente boas, destacando-se os baixos Metthew
Rose como Ashby, o agente da Wells Fargo, e Oren Gradus como Jack Wallace.
O
espectáculo valeu pela encenação e pela Eva-Maria Westbroek.
***
LA
FANCIULLA DEL WEST, Metropolitan Opera, October 2018
La Fanciulla del West is one of the Puccini’s operas less frequently seen on stage. It's also not among
my favorites, but it esay and nice to hear. It had a world premiere at the Metropolitan Opera in December 1910 and
was a great success.
The
production now on stage, by Giancarlo
Del Monaco, updated by Gregory
Keller, is very flashy and grandiose, in a classic approach that even
several horses include. In each act there were very different scenarios, to
remember the old west in the time of the gold hunt.
Maestro Marco Armiliato was very well in
conducting the Orchestra of the
Metropolitan Opera and let the singers be heard.
The big
star of the night was soprano Eva-Maria
Westbroek as Minnie. She has an enormous voice and always tuned, she was
excellent in both the vocal and the scenic components. Only in the top notes she
was sometimes rough.
Tenor Yusif Eyvazov was a static and
unconvincing Dick Johnson on stage. He has an ugly vocal tone, started out
clumsily but then he sung more reasonable but unevenly throughout the opera. I
think that his inclusion in the cast in a theater of this category, as a
principal soloist, is due more to being married to Anna Netrebko than to his
vocal qualities, which are not really top quality. We was somewhat monochrome
and the register was not uniform throughout the vocal extension.
Before the
start of the show, we were informed that baritone Zeljko Lucic had a cold but he would still sing. He was very static
in the interpretation of Jack Range and irregular in vocal interpretation, with
periods when he was hardly heard.
There were
many other singers with supporting roles that had good global performances,
namely Matthew Rose Metros as Ashby,
the agent of Wells Fargo, and Oren
Gradus as Jack Wallace.
The show
was worth the staging and Eva-Maria Westbroek.
***
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