sábado, 4 de maio de 2013

PAUL LEWIS na FCG — 3.05.2013

(Review in English below)


O pianista ingles Paul Lewis apresentou-se ontem na Fundação Gulbenkian para a interpretação do Concerto para piano n.º 1, em Ré menor, op. 15, de Johannes Brahms. A obra composta ao longo de quase uma década e estreada em 1859 espelha influências dos períodos barroco e clássico, mas é, evidentemente, uma obra-prima do romantismo e do génio alemão de Brahms. Os seus quatro andamentos são magníficos e, ao contrário do que uma vez aqui comentei acerca deste concerto, considero-o hoje inspiradíssimo. A interpretação de Paul Lewis foi de qualidade, tendo sido bastante preciso e apresentado uma boa ligação com a orquestra bem dirigida pelo jovem maestro letão Ainairs Rubikis


Como encore, Paul Lewis interpretou elegantemente o Allegretto D. 915 de Franz Schubert. A actuação do pianista, apesar de ter sido de qualidade, não teve, todavia, a capacidade de me transportar para o sublime.


Ouviu-se também a interessante e muito elegante Sinfonia n.º 2, em Dó maior, op. 62, de Robert Schumann. A interpretação de Rubikis não foi magnífica, nomeadamente por não atingir o clímax melódico esperado no Adagio expressivo ou, sobretudo, o finale apoteótico do Allegro molto vivace. Aí, sobretudo os sopros, estiveram à deriva e soaram rudes.

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(Review in English)


The English pianist Paul Lewis presented yesterday at the Gulbenkian Foundation for the interpretation of the Piano Concerto no. 1 in D minor, op. 15, by Johannes Brahms. A work composed over nearly a decade and premiered in 1859 reflects influences of Baroque and Classical periods, but it is obviously a masterpiece of German romanticism and Brahms's genius. Its four movements are magnificent and, contrary to what I once commented here about this concert, I consider it today very inspired. The interpretation of Paul Lewis was of quality and very accurate making good connection with the orchestra well  directed by the young Latvian conductor Ainairs Rubikis. As encore, Paul Lewis played elegantly Allegretto D. 915 by Franz Schubert. The performance of the pianist, despite being of quality, hadn't the ability to transport me to the sublime.

There was also heard the very interesting and elegant Symphony n. º 2 in C major, Op. 62, by Robert Schumann. The interpretation of Rubikis was not magnificent, especially for not reaching the expected melodic climax of Adagio expressivo, nor the finale apotheosis of the Allegro molto vivace. Here, especially the woodwinds, were drifting and sounded rough.

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