(review in English below)
Texto de camo_opera
La Traviata começou pelo anúncio
apenas em alemão do cancelamento de Plácido Domingo no papel de Germont-pai.
Foi um ooohhhh! enorme na sala, mas o meu contentamento, confesso! Acho que
pode vender muitos bilhetes, mas a sua voz de barítono já deu o pouco que tinha
para dar, pelo que agradeci.
O ponto forte da noite foi mesmo a direção perfeita de Marco Armiliato: para mim, é um dos grandes maestros da atualidade
e vê-lo de perto foi um privilégio e um deleite auditivo. Também o Coro esteve
em bom plano. A encenação de Gunter
Kramer não é interessante em nenhum momento, mas não estraga, o que já não
é mau, dado que neste teatro tenho visto muita porcaria.
No que respeita ao elenco de cantores, pautou-se pela qualidade geral muito elevada e homogénea que elevaram a récita a um nível muito, muito bom. A Violeta de Ailyn Pérez esteve muito bem do ponto de vista vocal: intensa e acertada. Pena que cenicamente se tenha sentido pouca ligação, porque teria sido ainda melhor, e que tenha dito “ritorno a vincere” em vez de “a vivere”. Quase pareceu incomodada com essa falha mesmo a terminar!
O Alfredo de Atalla Ayan esteve
igualmente em bom plano: gosto muito do timbre e da presença, tem sempre muito
bom volume, embora estivesse algo irregular sobretudo no primeiro ato.
O Germont do barítono romeno George
Petean foi muito bom: timbre quente, volume elevado, cenicamente
interessante, foi uma das figuras da noite e, talvez, até por estar em
substituição, o mais ovacionado. Pena que se tenha enganado duas vezes na
letra, dizendo coisas algo disparatadas. Mas aposto que passou ao lado para a
maior parte do público.
Os restantes cantores eram todos muito, muito bons, pelo que a récita valeu
pela homogeneidade e pelo brilhantismo da direção de Armiliato.
LA
TRAVIATA, Bayreshe Staatsoper, July / July 2019
Text by camo_opera
La Traviata
began by announcing, in German only, the cancellation of Placido Domingo in the
role of Giorgio Germont. It was an ooohhhh! in the room, but my contentment, I
confess! I think he can sell a lot of tickets, but his baritone voice has
already given the littlehe had to give, so thank you.
The strong
point of the evening was even the perfect direction of Marco Armiliato: for me, he is one of the great maestros of today
and seeing him up close was a privilege and an auditory delight. Also the choir
was in good plan. The staging of Gunter
Kramer is not interesting at any time, but it does not spoil, which is not
bad, since in this theater I have seen a lot of crap.
With regard
to the cast of singers, the general quality was very high and homogeneous that
raised the performance to a very, very good level. Violeta by Ailyn Pérez was very well from the
vocal point of view: intense and correct. It is a pity that a little connection
has been made, because it would have been even better, and that she said "ritorno a vincere" instead of
"a vivere". She almost
seemed bothered by this failure to finish!
Alfredo by Atalla Ayan was also good: I really
like the timbre and the presence, always has very good volume, although he was
somewhat irregular especially in the first act.
The Germont
of the Romanian baritone George Petean
was very good: warm timbre, high volume, richly interesting, was one of the
figures of the night and getting the most ovation. It's a shame that he was
mistaken twice in the lyrics, saying something crazy. But I bet it passed along
for most of the audience.
The remaining
singers were all very good so the performance was worth the homogeneity and
brilliance of the direction of Armiliato.
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