domingo, 8 de setembro de 2019

LA TRAVIATA, Bayreshe Staatsoper, Julho / July 2019



(review in English below)

Texto de camo_opera

La Traviata começou pelo anúncio apenas em alemão do cancelamento de Plácido Domingo no papel de Germont-pai. Foi um ooohhhh! enorme na sala, mas o meu contentamento, confesso! Acho que pode vender muitos bilhetes, mas a sua voz de barítono já deu o pouco que tinha para dar, pelo que agradeci.

O ponto forte da noite foi mesmo a direção perfeita de Marco Armiliato: para mim, é um dos grandes maestros da atualidade e vê-lo de perto foi um privilégio e um deleite auditivo. Também o Coro esteve em bom plano. A encenação de Gunter Kramer não é interessante em nenhum momento, mas não estraga, o que já não é mau, dado que neste teatro tenho visto muita porcaria.

No que respeita ao elenco de cantores, pautou-se pela qualidade geral muito elevada e homogénea que elevaram a récita a um nível muito, muito bom. A Violeta de Ailyn Pérez esteve muito bem do ponto de vista vocal: intensa e acertada. Pena que cenicamente se tenha sentido pouca ligação, porque teria sido ainda melhor, e que tenha dito “ritorno a vincere” em vez de “a vivere”. Quase pareceu incomodada com essa falha mesmo a terminar!

O Alfredo de Atalla Ayan esteve igualmente em bom plano: gosto muito do timbre e da presença, tem sempre muito bom volume, embora estivesse algo irregular sobretudo no primeiro ato.
O Germont do barítono romeno George Petean foi muito bom: timbre quente, volume elevado, cenicamente interessante, foi uma das figuras da noite e, talvez, até por estar em substituição, o mais ovacionado. Pena que se tenha enganado duas vezes na letra, dizendo coisas algo disparatadas. Mas aposto que passou ao lado para a maior parte do público.
Os restantes cantores eram todos muito, muito bons, pelo que a récita valeu pela homogeneidade e pelo brilhantismo da direção de Armiliato.




LA TRAVIATA, Bayreshe Staatsoper, July / July 2019

Text by camo_opera

La Traviata began by announcing, in German only, the cancellation of Placido Domingo in the role of Giorgio Germont. It was an ooohhhh! in the room, but my contentment, I confess! I think he can sell a lot of tickets, but his baritone voice has already given the littlehe had to give, so thank you.

The strong point of the evening was even the perfect direction of Marco Armiliato: for me, he is one of the great maestros of today and seeing him up close was a privilege and an auditory delight. Also the choir was in good plan. The staging of Gunter Kramer is not interesting at any time, but it does not spoil, which is not bad, since in this theater I have seen a lot of crap.
With regard to the cast of singers, the general quality was very high and homogeneous that raised the performance to a very, very good level. Violeta by Ailyn Pérez was very well from the vocal point of view: intense and correct. It is a pity that a little connection has been made, because it would have been even better, and that she said "ritorno a vincere" instead of "a vivere". She almost seemed bothered by this failure to finish!
Alfredo by Atalla Ayan was also good: I really like the timbre and the presence, always has very good volume, although he was somewhat irregular especially in the first act.
The Germont of the Romanian baritone George Petean was very good: warm timbre, high volume, richly interesting, was one of the figures of the night and getting the most ovation. It's a shame that he was mistaken twice in the lyrics, saying something crazy. But I bet it passed along for most of the audience.
The remaining singers were all very good so the performance was worth the homogeneity and brilliance of the direction of Armiliato.

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