sábado, 28 de julho de 2018

O TROVADOR / IL TROVATORE, METropolitan Opera, Fevereiro / February 2018

(text in English below)

Il Trovatore de G. Verdi esteve em cena na Metropolitan Opera. A encenação de David McVicar, vistosa e eficaz num um palco rotativo, foi trazida para a época da guerra peninsular, quando os espanhóis lutavam com as tropas de Napoleão. O aspecto mais negativo é som excessivo das bigornas no coro dos ciganos, que perturba muito a audição da música.





O maestro Marco Armiliato não fez um bom trabalho. Conseguiu abafar várias vezes as vozes dos solistas, todas muito ponderosas e bem audíveis.


A soprano norte-americana Jennifer Rowley foi a Leonora. Tem uma voz ponderosa mas o timbre não é particularmente cativante e a cantora revelou alguma tendência para a estridência nas notas agudas.


O Manrico foi o tenor sul coreano Yonghoon Lee. Voz potente mantendo qualidade em todos os registos, timbre agradável mas pouco versátil. A figura do cantor, alto e magro, favorece muito a personagem.


A mezzo georgiana Anita Rachvelishvili foi uma Azucena perfeita. De longe a melhor da noite. Fabulosa em todos os registos, muito expressiva e emotiva na interpretação vocal e detentora de uma voz tão poderosa quanto bonita.



O Conde Di Luna foi o barítono italiano Luca Salsi. Outro cantor de categoria superior com um desempenho vocal notável, embora algo estático em cena.



O baixo sul-coreano Kwangchul Youn foi Ferrando, o narrador de serviço. Abriu o espectáculo ao mais alto nível e assim se manteve sempre que cantou. Tem uma voz poderosíssima e muito bem timbrada, sempre bemcolocada.



Nos papéis secundários estiveram também muito bem Sarah Mesko (Ines) e Eduardo Valdes (Ruiz).






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IL TROVATORE, METropolitan Opera, February 2018

G. Verdi's Il Trovatore was on stage at the Metropolitan Opera. David McVicar's playful and effective staging on a rotating stage was set to the time of the Peninsular War, when the Spaniards fought with Napoleon's troops. The most negative aspect of the staging is excessive sound of anvils in the choir of the gypsies, which greatly disturbs the hearing of the music.

Maestro Marco Armiliato did not do a good job. He managed to muffle the voices of the soloists several times, all very powerful and well audible.

American soprano Jennifer Rowley was Leonora. She has a ponderous voice but the timbre is not particularly captivating and the singer has revealed some tendency for the stridency in the top notes.

Manrico was South Korean tenor Yonghoon Lee. Powerful voice maintaining quality in all registers, nice but not versatile timbre. The figure of the singer, tall and thin, greatly favors the character.

The georgian mezzo Anita Rachvelishvili was a perfect Azucena. She was by far the best of the night. Fabulous in every record, very expressive and emotional in vocal interpretation and possessing a voice as powerful as it is beautiful.

Conde Di Luna was the Italian baritone Luca Salsi. He was another top-class singer with remarkable vocal performance, although somehow static on stage.

South Korean bass Kwangchul Youn was Ferrando, the narrator of the opera. He opened the performance to the highest level and so he kept on singing. He has a powerful and always well placed voice.

In the supporting roles Sarah Mesko (Ines) and Eduardo Valdes (Ruiz) were also very well.


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