(text in English below)
Il Trovatore de G.
Verdi esteve em cena na Metropolitan
Opera. A encenação de David McVicar,
vistosa e eficaz num um palco rotativo, foi trazida para a época da guerra peninsular,
quando os espanhóis lutavam com as tropas de Napoleão. O aspecto mais negativo
é som excessivo das bigornas no coro dos ciganos, que perturba muito a audição
da música.
O maestro Marco Armiliato não fez um bom
trabalho. Conseguiu abafar várias vezes as vozes dos solistas, todas muito
ponderosas e bem audíveis.
A soprano norte-americana
Jennifer Rowley foi a Leonora. Tem uma voz ponderosa mas o timbre não é particularmente cativante
e a cantora revelou alguma tendência para a estridência nas notas agudas.
O Manrico foi o tenor
sul coreano Yonghoon Lee. Voz
potente mantendo qualidade em todos os registos, timbre agradável mas pouco
versátil. A figura do cantor, alto e magro, favorece muito a personagem.
A mezzo georgiana
Anita Rachvelishvili foi uma Azucena
perfeita. De longe a melhor da noite. Fabulosa em todos os registos, muito
expressiva e emotiva na interpretação vocal e detentora de uma voz tão poderosa
quanto bonita.
O Conde Di Luna foi o barítono italiano Luca
Salsi. Outro cantor de categoria superior com um desempenho vocal notável,
embora algo estático em cena.
O baixo
sul-coreano Kwangchul Youn foi
Ferrando, o narrador de serviço. Abriu o espectáculo ao mais alto nível e assim
se manteve sempre que cantou. Tem uma voz poderosíssima e muito bem timbrada,
sempre bemcolocada.
Nos papéis
secundários estiveram também muito bem Sarah
Mesko (Ines) e Eduardo Valdes
(Ruiz).
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IL TROVATORE, METropolitan Opera, February 2018
G. Verdi's Il Trovatore was on stage at the Metropolitan Opera. David
McVicar's playful and effective staging on a rotating stage was set to the
time of the Peninsular War, when the Spaniards fought with Napoleon's troops.
The most negative aspect of the staging is excessive sound of anvils in the
choir of the gypsies, which greatly disturbs the hearing of the music.
Maestro Marco Armiliato did
not do a good job. He managed to muffle the voices of the soloists several
times, all very powerful and well audible.
American soprano Jennifer Rowley
was Leonora. She has a ponderous voice but the timbre is not particularly
captivating and the singer has revealed some tendency for the stridency in the
top notes.
Manrico was South Korean tenor Yonghoon
Lee. Powerful voice maintaining quality in all registers, nice but not
versatile timbre. The figure of the singer, tall and thin, greatly favors the
character.
The georgian mezzo Anita
Rachvelishvili was a perfect Azucena. She was by far the best of the night.
Fabulous in every record, very expressive and emotional in vocal interpretation
and possessing a voice as powerful as it is beautiful.
Conde Di Luna was the Italian baritone Luca Salsi. He was another top-class singer with remarkable vocal
performance, although somehow static on stage.
South Korean bass Kwangchul Youn
was Ferrando, the narrator of the opera. He opened the performance to the
highest level and so he kept on singing. He has a powerful and always well
placed voice.
In the supporting roles Sarah
Mesko (Ines) and Eduardo Valdes
(Ruiz) were also very well.
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