Estava
inicialmente prevista a actuação de Elina Garanca e a intrepretação das “7 Frühe Lieder” de Berg, mas devido a
doença teve de ser substituida por Anna
Netrebko que possivelmente devido a ter recebido a notícia muito em cima da
hora, apresentou um programa muito breve (menos de 10 minutos).
Tinha
bastante curiosidade de ver ao vivo Elina Garanca, mas ainda mais curiosidade
de ver Netrebko portanto não fiquei demasiado aborrecido por esta mudança de
última hora (iria nessa mesma semana ouvir ambas na MET).
Na
interpretação da 2ª sinfonia de Beethoven James
Levine imprimiu à orquestra da MET uma excelente dinâmica do inicio ao fim
elevando esta interpretação a um altíssimo nível.
Em
relação à interpretação de Anna Netrebko,
foi extraordinária, como já nos tem habituado, em ambas as canções. Uma voz potentíssima,
(ajudada pela extraordinária acústica do Carnegie Hall) aliada a uma técnica
vocal extraordinária que provam que não é por acaso que é considerada por
muitos a maior “Diva” do mundo operático nos dias de hoje. Foi mesmo muita pena
ter sido tão breve a sua actuação pois queremos sempre ouvir mais e mais quando
toca a intrepretações suas. Em relação a Netrebko quero ainda dizer que
estiveram presentes seguranças à entrada do palco, medida adoptada para
prevenir outra invasão de palco como aconteceu na estreia de Iolanda na MET
poucos dias antes.
Na
intrepretação da 2ª sinfonia de Schumann
penso que a orquestra mostrou um pouco menos de dinâmica em relação à
intrepretação da sinfonia de Beethoven mas a intrepretação do 3º movimento foi
sublime com a orquestra a mostrar uma delicadeza e intensidade enormes que este movimento requer.
No
geral foi um concerto de excelente nível onde tive a oportunidade de ver duas
das minhas grandes referências do mundo óperático, Levine e Netrebko, pela
primeira vez.
Por
fim, apenas quero partilhar um aspecto curioso que encontrei no Carnegie Hall.
Havia rebuçados para a tosse à disposição das pessoas à entrada. A ideia parece
dar resultado visto que as tosse durante o concerto foram muito raras. Fica a
sugestão para as salas de espectáculo portuguesas.
https://www.youtube.com/watch?v=StYkNyeViEA –Link para o
video dos agradecimentos finais da orquestra
Foi pena não ter ouvido a Garanca que é uma cantora excepcional. A substituição pela Netrebko seria fantástica se ela tivesse cantado bem mais que 10 minutos!
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