(Review in English
below)
A Fundação Gulbenkian trouxe-nos, no seu ciclo das Grandes
Orquestras, a Orquestra Sinfónica do
Porto Casa da Música que nos apresentou trabalhos de Stravinsky, Dusapin e Bartók.
De Igor Stravinsky foi tocada a peça Sinfonias de instrumentos de sopro, obra dedicada a Debussy, que
foi composta entre 1918-20 e que teve uma revisão em 1947. O maestro Emilio Pomàrico fez questão de dedicar
a execução da peça ao seu amigo e recentemente falecido compositor Emanuel
Nunes.
De Pascal Dusapin ouviu-se Quatuor
VI, Hinterland, para quarteto de
cordas e orquestra. Esta peça tem uma forma pouco convencional, uma vez que
inclui um quarteto de cordas a acompanhar a orquestra. Foi composta entre
2008-09, após estímulo do primeiro violinista do Quarteto Arditi, o mesmo que se apresentou na FCG.
Finalmente, de Béla Bartók ouviu-se o Concerto para orquestra, Sz. 116,
composição em 5 andamentos composta em 1943 já quando o compositor se encontrava
doente e exilado nos EUA após declarações públicas contra o regime
pro-hitelariano húngaro. Esta peça dividiu e continua a dividir os críticos,
havendo quem a considere uma das obras-primas do compositor, outros que a
associam à sua decadência artística.
Assistiu-se a um
concerto com um programa pouco habitual nos reportórios de concerto das
principais orquestras, mas com vários motivos de interesse particulares, dos
quais destacamos o Quatour de Dusapin mais pela sua forma original do que pela
qualidade comparada com as restantes obras interpretadas. A Orquestra Sinfónica do Porto e o Quarteto
Arditi apresentaram-se em bom plano, bem conduzidos pelo simpático maestro
e compositor argentino Emilio Pomàrico.
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(Review in
English)
The Gulbenkian Foundation has brought us, integrated
on its cycle of the Great Orchestras, the Symphony
Orchestra of Porto Casa da Música that introduced us works of Stravinsky, Bartók and
Dusapin.
Igor Stravinsky’s piece was Symphonies of wind instruments,
dedicated to Debussy piece, which was composed between 1918-20 and had a
revision in 1947. The maestro Emilio
Pomarico made a point of dedicate the execution part to his friend and
recently deceased composer Emmanuel Nunes.
From Pascal Dusapin we heard Quatuor VI, Hinterland, for string quartet
and orchestra. This piece has an unconventional form, since it includes a
string quartet to accompany the orchestra. It was composed between 2008-09,
after stimulus of the first violinist of the Quartet Arditi, the same that has presented in the FCG.
Finally, of Béla Bartók we heard the Concerto for Orchestra, Sz. 116,
composition in 5 movements composed in 1943 when the composer was already ill
and in exile in the U.S. after public statements against the pro-Hitler
Hungarian regimen. This piece divided and continues to divide critics, with
those who consider it one of Bartók’s masterpieces, others relating it to his
artistic decline.
We have witnessed
a concert with an unusual program in concert repertoires of major orchestras,
but with various particular motives of interest, of which we highlight the Dusapin’s
Quatour more by its original form than by the quality compared to the other
works. The Symphony Orchestra of Porto
and Arditi Quartet presented in good plan, well conducted by friendly
Argentinian conductor and composer Emilio
Pomarico.
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