(review in English below)
A Metropolitan Opera de Nova Iorque
voltou a oferecer a ópera O Castelo do
Barba Azul de Bela Bartók numa
encenação magnífica de Mariusz Trelinsky.
O espectáculo tem
um início escuro com um narrador de voz grave e penetrante no meio do crepitar
dos troncos de árvores. O efeito é magnífico e coloca-nos de imediato no
ambiente dramático e sinistro da ópera.
Judith decide ir
viver com o Barba Azul porque o ama, apesar dos terríveis rumores que ouviu
sobre ele. Fechada no seu castelo, pede-lhe para abrir as 7 portas que estão
trancadas. Ele opõe-se mas, após sua insistência, o interior das salas
vai-lhe sendo sucessivamente revelado: uma câmara de tortura, armas, um
tesouro, um jardim, um reino. Judith vê sangue em tudo mas reafirma o seu amor.
A sexta sala contem um mar de lágrimas. Finalmente na sétima estão as 3
primeiras mulheres do Barba Azul. Judith admite que o sangue que vê é o das
mulheres que terão sido assassinadas e o lago é das suas lágrimas. Junta-se a
elas e tudo fica na escuridão.
A direcção
musical foi excelente, do maestro húngaro Henrik
Nánási.
A ópera tem
apenas dois cantores, Judith (soprano alemã Angela Denoke)
e o Barba Azul (baixo-barítono canadiano Gerald Finley).
Ambos tiveram boas
interpretações, vocais e cénicas, mas ocasionalmente foram abafados pela
orquestra.
***
THE
BLUEBEARD’S CASTLE, METropolitan Opera, New York, February 2019
The Metropolitan Opera of New York again
offered the opera Bluebeard’s Castle
by Bela Bartók in a magnificent
staging of Mariusz Trelinsky.
The
performance has a dark beginning with a low, penetrating narrator voice in the
midst of the crackling of tree trunks. The effect is magnificent and puts us
immediately in the dramatic and sinister atmosphere of the opera.
Judith
decides to go live with the Bluebeard because she loves him, despite the
terrible rumors she heard about him. Closed in her castle, she asks him to open
the 7 doors that are locked. He opposes it but, after Judith's insistence, the
interior of the rooms is being revealed successively: a torture chamber,
weapons, a treasure, a garden, a kingdom. Judith sees blood in everything but
reaffirms her love. The sixth room contains a sea of tears. Finally in the
seventh are the first 3 wives of the Bluebeard. Judith admits that the blood
she sees is that of the women who have been murdered and the lake is her tears.
She joins them and everything is in the dark.
The musical
direction was excellent, by the Hungarian conductor Henrik Nánási.
The opera
has only two singers, Judith (German soprano Angela Denoke) and Bluebeard (Canadian bass-baritone Gerald Finley). Both had good performances,
vocal and on stage, but occasionally were drowned by the orchestra.
***
Sem comentários:
Enviar um comentário