sexta-feira, 21 de setembro de 2018

DER FREISCHÜTZ, Wiener Staatsoper / Ópera de Viena, June / Junho 2018



(review in English below)

Este Der Freischütz era um dos grandes imperdíveis da temporada e revelou-se... um imperdível! Que grande produção! A melhor das 5 que já vi até hoje, desta ópera tão injustamente deixada de lado dos grandes palcos... a do Scala de Outubro é empurrada para um canto quando comparada com esta.



Confesso contudo que não atingi ainda a concepção da encenadora - Max é exposto como um maestro, as balas são pautas de música pretas em oposição às “normais” que Max vai constantemente tendo presente; mas depois também há a clássica espingarda e as supostas balas da espingarda são atiradas contra as pautas negras. A maturar e a ler sobre isto nos dias próximos. Mas tudo o que vai surgindo tem bom gosto e preenche bem o palco. Direção (de Tomás Netopil) e orquestra imaculadas e com uma potência sonora e dramática descomunal! O Andreas Schager (Max) onde toca faz tudo bem! A sua grande projeção vocal e a sua voz polida devia conseguir-se ouvir fora do teatro! E cenicamente afirmativo e seguro, tanto nas partes cantadas como faladas!






E a Camilla Nylund (Agathe), uau! Que voz celestial, dinâmica ímpar, actriz exímia!





Alan Held (Caspar) está velho, para mim (e para ele, claro) está 10 anos mais velho - última vez que o vi foi em Barcelona em 2008 como Wotan na última Valquíria que vi com o Domingo, Meier e Pape; esteve muito bem no papel de Kaspar. Daniella Fally (Ännchen), Adrien Erod (Samiel) e o Albert Dohmen (Ermit) estiveram em grande nível nos papéis secundários.








Grande noite! Depois da nova grande produção do Parsifal no ano passado, este ano este Der Freischutz... acho que Viena está a conseguir fazer um upgrade mais do que decente das suas encenações. Agora é esperar que se repitam e avaliar se os elencos tem potencial ou não. Este Der Freischutz repete em Setembro mas, a avaliar pelo elenco, abaixo da qualidade do de hoje.






Texto de wagner_fanatic


DER FREISCHÜTZ, Wiener Staatsoper, June 2018

This Der Freischütz was one of the great must-sees of the season and proved ... a must-see! What a great production! The best of the five I've seen to date, this opera so unfairly left aside from the big stages ... the Scala production in October is pushed to a corner when compared to this.
I confess, however, that I have not yet reached the conception of the director - Max is exposed as a conductor, bullets are black music scores as opposed to the "normal" that Max constantly keeps in mind; but then there is also the classic shotgun and the alleged shotgun bullets are tossed against the black music scores. I need to mature and read about it in the days ahead. But everything that comes up is fine and fills the stage well. Musical direction (by Tomás Netopil) and orchestra were immaculate and with a tremendous sonorous and dramatic power! Andreas Schager (Max) where he touches makes it perfect! His great vocal projection and clear voice should be heard outside the theater! And he's supremely affirmative and secure, both in the sung and spoken parts!
And Camilla Nylund (Agathe), wow! What a heavenly voice, an unparalleled dynamic, an exalted actress!
Alan Held (Caspar) is old, for me (and for him of course) is 10 years older - last time I saw him was in Barcelona in 2008 as Wotan in the last Valkyrie I saw with Domingo, Meier and Pape; he was very well in the role of Caspar. Daniella Fally (Ännchen), Adrien Erod (Samiel) and Albert Dohmen (Ermit) were at high level in the secondary roles.

Big night! After the great new production of Parsifal last year, this year this Der Freischutz ... I think Vienna is able to upgrade its productions in a more than decent way. Now we wait for them to repeat the productions and to evaluate whether the casts have potential or not. This Der Freischutz repeats in September but, by the announced cast, probably with a lower quality than tonight.

Text by wagner_fanatic

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