O concerto de
abertura da presente temporada do Coro
Gulbenkian e Orquestra Gulbenkian
foi a Missa em Si menor, BWV232 de Johann Sebastian Bach, sob a direcção
do maestro Michel Corboz.
É sempre um
privilégio ouvir uma interpretação do Coro e Orquestra Gulbenkian dirigida por
este maestro de excepção, que nos oferece invariavelmente interpretações
superiores. Mais uma vez, foi o que aconteceu. Orquestra em formato mais
reduzido, mais barroco, soando na perfeição.
O Coro foi
excepcional, ao nível do melhor que se ouve no mundo. Impressionante quando
cantou em forte, arrepiante na
sonoridade mais baixa, foi marcante em todas as intervenções.
Os solistas
estiveram à altura da elevada qualidade do espectáculo. O tenor Tilman Lichdi cumpriu sem destoar, apesar de ter
uma voz pequena. Muito bem esteve o baritono Peter Harvey, sobretudo no Et in Spiritum Sanctum. O soprano Sophie Bevan ofereceu-nos uma interpretação
segura, afinada e bem audível, mas foi o contralto Helena Rasker que mais se destacou entre os
solistas. Possuidora de uma voz imponente, sempre bem colocada e de timbre agradável, ofereceu-nos próximo do final do concerto o momento mais alto da noite,
um sublime Agnus Dei.
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Mass in
Bach, Calouste Gulbenkian Foundation, October 2016
The opening
concert of the Calouste Gulbenkian Choir
and Orchestra season was the Mass in
B Minor, BWV232 by Johann Sebastian
Bach under the direction of conductor Michel
Corboz.
It is always
a privilege to hear a performance of Gulbenkian Choir and Orchestra conducted
by this exceptional maestro. He invariably offers superior interpretations.
Again, it happened. The orchestra in smaller, more baroque composition, sounded
perfectly.
The choir
was exceptional, to the level of the best that one can hear around the world.
Impressive when they sang forte,
chilling when singing piano, they
were remarkable in all interventions.
The
soloists were up to the high quality of the performance. Tenor Tilman Lichdi was fine, despite having
a small voice. Very good was the baritone Peter
Harvey, especiallyin Et in Spiritum Sanctum. Soprano Sophie Bevan offered us a reliable
interpretation, tuned and well audible, but it was contralto Helena Rasker that stood out among the
soloists. Possessing an astonishing voice, always in tune and beautiful timbre,
she offered us, near the end of the concert, the highest moment of the night, a
sublime Agnus Dei.
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Maravilha quando é assim, Fanático_Um. Só a Gulbenkian me faz ainda querer ir a Lisboa - em 2017 até irei duas vezes.
ResponderEliminarAinda bem que Corboz cumpriu, pessoalmente prefiro Koopman ou McCreesh, dos habituais.
Nunca me deixa ficar mal, quer em configuração romântica, quer em configuração barroca.
O McCreesh tem sido uma enorme desilusão para mim nos concertos que vi dirigir na Gulbenkian.
EliminarCaro Fanático, por motivos profissionais estive um tempo afastado do blog. Agora retomo com muito prazer a produção de óleos e as visitas aos amigos e seguidores. Passei para deixar meu abraço e para degustar as críticas sempre muito bem redigidas. Uma boa semana
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