quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

NORMA, METropolitan OPERA, Nova Iorque, Setembro de 2013 / New York, September 2013

(review in english below)

Norma é uma ópera de V. Bellini, com libretto de Felice Romani baseado na peça de Alexandre Soumet. Expoente máximo do belcanto, quando bem cantada é sempre um espectáculo deslumbrante.

A encenação de John Copley é interessante, simples, mas algo estática e repetitiva, o que facilita a maior concentração na interpretação vocal.


O maestro Riccardo Frizza dirigiu sem encantar a Orquestra da Metropolitan Opera. Já o Coro teve uma interpretação ao mais alto nível.



O soprano norte americano Sondra Radvanovsky foi a Norma desta noite. É uma cantora excelente em potência nos registos baixo e médio, mas que perde qualidade nas notas mais agudas. Apesar da muito boa interpretação vocal, o legato não foi perfeito e o fraseado também não. Mas foi a melhor da noite e esteve muito bem cenicamente. Contudo, acho que este papel não é dos mais indicados para a sua voz.



A Adalgisa do mezzo norte americano Kate Aldrich começou mal, mas melhorou ao longo da récita. A voz foi algo baça e não brilhou. Por outro lado, nos duetos com a Norma, foi muito notório o contraste, devido à menor potência vocal.


Polione foi interpretado pelo tenor letão Aleksandrs Antonenco. Foi irregular na emissão e pouco expressivo na actuação. A voz é robusta, o registo médio e agudo interessantes, mas não deslumbrou. Depois das interpretações que já lhe ouvi, estava à espera de melhor.


Siãn Davies fez o que pôde como Clotilde, mas tem uma voz demasiado pequena para um teatro como este.


O Oroveso do baixo americano James Morris, com a voz totalmente esfrangalhada, foi penoso ouvir.


Uma Norma muito aquém das minhas expectativas.







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Norma , Metropolitan Opera , New York, September 2013

Norma is an opera by V. Bellini with libretto by Felice Romani based on the play by Alexandre Soumet . Top example of belcanto, when well sung it is always a dazzling performance.

The staging by John Copley was interesting, simple but static and repetitive, which facilitated greater concentration on vocal performances.

Riccardo Frizza was a regular conductor of the Metropolitan Opera Orchestra. Already The Choir had an interpretation of the highest level .

North American soprano Sondra Radvanovsky was Norma. She is a great singer with powerful low and middle registers, but she loses quality in the higher notes. Despite the very good vocal performance, legato phrasing was not perfect. But she was the best of the night and she was very good on stage. However, I think this role is not the most suitable for her voice.

Adalgisa 's North American mezzo Kate Aldrich started badly, but improved throughout the performance. The voice was something dull and not flashed. On the other hand, in duets with Norma, there was a very striking contrast due to less vocal power .

Polione was interpreted by Latvian tenor Alexandrs Antonenco. He showed an irregular vocal emission, and he was inexpressive in action. The voice is strong, medium and top registers are good but not exciting. Taken into consideration all his previous performances that I have heard, I was expecting better.

Sian Davies did what she could as Clotilde, but she has a too small voice for a theater like this.

American bass James Morris´  Oroveso was painful to hear.

A performance well short of my expectations.


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