(review in English below)
Das várias vezes que assisti a esta bela produção da Madama Butterfly de G. Puccini na Royal Opera House, esta foi a pior. É uma opera que muito gosto, sobretudo da música.
O maestro Dan Ettinger não fez total justiça à obra e a orquestra também não esteve isenta de responsabilidades.
Em relação aos solistas, Eri Nakamura (substituiu Lianna Haroutounian) foi uma Cio Cio San boa, tanto na interpretação vocal como cénica. Tem uma voz expressiva e foi capaz de transmitir os vários estados emotivos da personagem qb.
Gianluca Terranova foi um Pinkerton muito aquém do desejável. Não cantou bem, a voz teve uma emissão irregular, o timbre é feio e era frequentemente abafada pela orquestra. Em cena não teve a menor capacidade de se envolver ou de transmitir qualquer sentimento, com postura igual quer nos momentos de alegria como nos mais dramáticos. Surpreendo-me como a Royal Opera House contrata cantores tão fracos, não é nada frequente.
Gyula Nagi foi um Sharpless de boa figura mas banal no canto, sem empolgar.
Patricia Brandon (substitui Kseniia Nikolaieva) fez uma Suzuky aceitável, embora com alguma irregularidade na emissão vocal.
Alexander Kravets mal se ouviu e também não conseguiu entusiasmar no papel de Goro.
Alan Pingarrón (Príncipe Yamadori) e Rachel Lloyd (Kate Pinkerton) completaram o conjunto desinteressante de intérpretes.
Um espectáculo muito aquém do que é habitual na Royal Opera House.
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MADAMA BUTTERFLY, Royal Opera House, July 2022
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