sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

LES PÊCHEURS DE PERLES, METropolitan OPERA, Dezembro / December 2918




(review in English below) 

A produção de Les Pêcheurs de Perles de G Bizet em cena na Metropolitan Opera de Nova Iorque é originária da English National Opera mas, neste palco enorme, é impressionante.



É uma encenação verdadeiramente espectacular, que começa com mergulhos dos pescadores, num efeito visual magnífico. Os cenários são deslumbrantes, mas o movimento (incluindo o mar agitado) foi o que mais me impressionou. Brilhante!



A direcção musical foi do maestro Emmanuel Villaume. Os cantores solistas foram arrasadores. O Javier Camarena (Nadir) junta tudo, voz de uma beleza invulgar, potência fabulosa, afinação constante e qualidade superior em todos os registos, embora os agudos sejam estratosféricos. E em palco não é tão mono como parece. Actualmente penso que é o melhor tenor ligeiro no activo, mesmo superior ao Florez, que já está a deslocar-se para um reportório um pouco mais pesado.



A soprano Amanda Woodbury foi uma Leila extraordinária. Tem também uma voz lindíssima, uns agudos fantásticos e ouve-se sempre sobre a orquestra em perfeita sintonia com a música. Em palco foi óptima, a encenação ajuda muito.



O barítono Alexander Birch Elliott também esteve em grande forma como Zurga. Não teve uma projecção vocal avassaladora mas ouviu-se sempre afinado e bem, com uma excelente presença em palco.



Finalmente o baixo Raymond Aceto fez um óptimo Nourabad, com um registo grave de timbre muito agradável e intensidade vocal assinalável.



Uma récita vocal excelente com um espectáculo visual belíssimo.






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LES PÊCHEURS DE PERLES, METropolitan OPERA, December 2918

The production of Les Pêcheurs de Perles by G Bizet on stage at the Metropolitan Opera in New York originates from the English National Opera but on this huge stage is impressive.

It's a truly spectacular staging, which begins with fisherman dives, in a magnificent visual effect. The scenarios are stunning, but the movement (including the rough sea) was what impressed me the most. Brilliant!

The musical direction was of maestro Emmanuel Villaume. The soloist singers were fabulous. Javier Camarena (Nadir) puts it all together, voice of an unusual beauty, fabulous power, constant tuning and superior quality in all registers, although the top notes are stratospheric. And on stage he’s very good also. At the moment I think that he is the best running light tenor, even superior to Florez, that already is moving towards a heavier repertoire.

Soprano Amanda Woodbury was an extraordinary Leila. She also has a beautiful voice, a fantastic top register and she always sings in perfect harmony with the music. On stage was great, the staging helps a lot.

Baritone Alexander Birch Elliott was also great as Zurga. He did not have an overwhelming vocal projection but he was always heard, well tuned, and with an excellent presence on stage.

Finally bass Raymond Aceto was a great Nourabad, with a low register of very pleasant timbre and remarkable vocal intensity.

An excellent vocal performance, also beautiful to be seen.

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1 comentário:

  1. Contagiou-me o seu entusiasmo, Fanático_Um. E deixou-me pesaroso por uma ida ao MET não estar ao meu alcance, hélas.

    É reconfortante e animador saber que ainda há récitas assim, em que tudo é 'perfeito', e a encenação faz parte da magia. É tão raro !

    Obrigado, sabe bem ler crónicas destas.

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