quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

THE HOURS, METropolitan Opera, Dezembro / December 2022

(review im English below)

A opera The Hours é uma adaptação musical de Kevin Puts da novela homónima de Michael Cunningham. Encenação de Phelim McDermott.


A  acção decorre em 3 períodos distintos. O primeiro em 1923 é Richmond, um subúrbio de Londres onde Virginia Woolf vive com o marido Leonard enquanto escreve Mrs Dalloway. O ambiente calmo local procura ajudar a já débil saúde mental da autora, mas ela considera-o opressivo. 

O segundo é em los Angeles em 1949 onde Laura Brown (que lê Mrs Dalloway), o marido Dan no dia do seu anivesário, e o filho Richie tentam viver uma vida suburbana ao estilo americano da época. 

O terceiro é em Manhattan, Nova Iorque no final do Século XX onde Clarissa Vaughan prepara uma festa ao poeta Richard que é um doente terminal com SIDA.

As 3 mulheres, deprimidas, têm em comum a necessidade de fugirem das suas realidades e acabam por se encontrar num espaço e tempo transcendental.

O teatro não se poupou na propaganda a esta nova produção. Estava anunciada por todo o lado.




O maestro foi Yannick Nézet-Séguin


Os e papéis solistas foram interpretados por 3 grandes cantoras americanas, Clarissa Vaughan por Renée Fleming, Virginia Woolf por Joyce DiDonato e Lara Brown por Kelli O’Hara. Mas, vocalmente, foi uma excelente interpretação – Joyce Didonato – e as outras medianas, especialmente a Fleming. Outrora marcante, a voz está degradada e, frequentemente, mal se ouve.



Dos restantes cantores os mais destacados foram Kyle Ketelsen (Richard) Kathleen Kim (Barbara). Sean Pannikar (Leonard Woolf), Tony Stevenson (Walter), Kai Edgar (Richie), William Burden (Louis) e Brandon Cedel (Dan Brown) cumpriram sem deslumbrar.




Um espectáculo conceptualmente conseguido mas por vezes um pouco confuso e musicalmente de interesse reduzido para mim.

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THE HOURS, METropolitan Opera, December 2022

The opera The Hours is a musical adaptation by Kevin Puts of the homonymous novel by Michael Cunningham. Directed by Phelim McDermott.

The action takes place in 3 different periods. The first in 1923 is Richmond, a London suburb where Virginia Woolf lives with her husband Leonard while writing Mrs Dalloway. The calm local environment seeks to help the author's already weak mental health, but she finds it oppressive.

The second is in Los Angeles in 1949 where Laura Brown (who reads Mrs Dalloway), her husband Dan on his birthday, and their son Richie try to live a suburban life in the American style of the time.

The third is in Manhattan, New York at the end of the 20th century, where Clarissa Vaughan prepares a party for the poet Richard, who is terminally ill with AIDS.

The 3 women, depressed, have in common the need to escape their realities and end up finding themselves in a transcendental space and time.

The theater was not spared in advertising this new production. It was advertised everywhere.

The conductor was Yannick Nézet-Séguin. The soloist roles were performed by 3 great American singers, Clarissa Vaughan by Renée Fleming, Virginia Woolf by Joyce DiDonato and Lara Brown by Kelli O'Hara. But, vocally, it was an excellent performance – Joyce Didonato – and the other medians, especially Fleming. Once imposing, the voice is degraded and often barely audible. 

Of the other singers, the most outstanding were Kyle Ketelsen (Richard) Kathleen Kim (Barbara). Sean Pannikar (Leonard Woolf), Tony Stevenson (Walter), Kai Edgar (Richie), William Burden (Louis) and Brandon Cedel (Dan Brown) performed without dazzling.

A conceptually accomplished show but sometimes a little confusing and musically of little interest to me.

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