sábado, 11 de novembro de 2017

LA BOHÈME – METropolitan Opera, Outubro / October 2017


(review in English below)

La Bohème de G. Puccini estará em cena ao longo da presente temporada da Metropolitan Opera na velhinha encenação de Franco Zeffirelli. É clássica, muito bonita e desencadeia sempre aplausos quando abre a cortina. 



O 1º e 4º actos decorrem numas águas furtadas degradadas de um edifício de Paris. O 2º acto é exuberante, com o palco dividido em dois níveis ligados por uma grande escadaria lateral e muitos figurantes. Em frente do café Momus, para além de dezenas de pessoas, passa um pónei que puxa uma pequena carroça com guloseimas para as crianças, e um cavalo com uma carruagem onde vem a Musetta. O 3º acto também é de belo efeito, com uma paisagem gelada, escura e fria.



O maestro Alexander Soddy dirigiu com qualidade a excelente orquestra da casa que, mais uma vez, foi notável.



A grande intérprete da noite foi a soprano norte americana Angel Blue no papel de Mimi. Tem uma voz impressionante, potente, afinada e de uma beleza invulgar. Fantástica.



O tenor ucraniano Dmytro Popov foi um Rodolfo muito competente mas, ocasionalmente, teve uma emissão vocal menos regular. A voz é bonita e bem projectada. Esteve bem em palco e, no computo geral, foi uma boa interpretação.



O Marcello foi o barítono norte americano Lucas Meachem. Foi muito bom, tanto na interpretação vocal como cénica. A voz é agradável e sempre sobre a orquestra e, no dueto com o Rodolfo no 3º acto, esteve particularmente bem.



A soprano romena Brigitta Kele foi uma Musetta espampanante em cena, mas teve um desempenho vocal um pouco abaixo dos restantes cantores. Correcta na maioria das intervenções mas, por vezes, teve uma emissão irregular e estridente.



O baixo ingles David Soar foi um Colline ao mais alto nível, 



e tiveram interpretações dignas o barítono escocês Duncan Rock (Schaunard)


 e o baixo norte americano Paul Plishka (Benoit).







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LA BOHÈME - METropolitan Opera, October 2017

La Bohème by G. Puccini will be on stage throughout this season of the Metropolitan Opera in the old staging by Franco Zeffirelli. It is classic and very beautiful production that always triggers applause when the curtain opens. The 1st and 4th acts take place in the degraded attic of a Paris building. The 2nd act is exuberant, with the stage divided into two levels connected by a large lateral staircase and many extras. In front of the Momus café, in addition to dozens of people, passes a pony that pulls a small wagon with treats for the children, and a horse with a carriage where comes to Musetta. The 3rd act is also beautiful, with a mist, dark and cold landscape.

Maestro Alexander Soddy conducted the excellent orchestra of the Met with its usual remarkable quality.

The great interpreter of the night was American soprano Angel Blue in the role of Mimi. She has an impressive voice, powerful, tuned and of an unusual beauty. Fantastic.

Ukrainian tenor Dmytro Popov was a very competent Rodolfo but, occasionally, had a less regular vocal emission. The voice is beautiful and well projected. He was well on stage and, overall, delivered a good performance.

Marcello was American baritone Lucas Meachem. he was very good, both in vocal and scenic interpretation. The voice is pleasant and always heard over the orchestra and, in the duet with Rodolfo in 3rd act, he was particularly impressive.

Romanian soprano Brigitta Kele was a staggering Musetta on the scene but had a vocal performance a bit below the remaining singers. She was correct in most of the interventions, but sometimes she had an irregular and strident sound.

British bass David Soar was a Colline at the highest level, and also had decent performances the Scottish baritone Duncan Rock (Schaunard) and the American bass Paul Plishka (Benoit).


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