A Fundação Gulbenkian abriu novamente a
parte posterior do palco do Grande Auditório, permitindo usufruir do jardim e
suas aves. Actuou a Orquestra e Coro
Gulbenkian, sob a batuta do conceituado maestro Michel Corboz.
Na primeira parte
do concerto ouviu-se o Requiem de Gabriel Fauré, uma obra de sonoridade intimista com momentos de
grande beleza, nomeadamente o Pie Jesu,
marcante e superiormente interpretado pelo soprano Sandrine Piau. As intervenções do coro, também de beleza etérea,
foram exímias.
Após o intervalo
foi o Requiem de Mozart, para mim uma das peças musicais
mais tocantes da música ocidental. Corboz começou num ritmo elevado, que quebra
o impacto e solenidade da obra, mas depois esta impressão foi-se esbatendo. Os
solistas foram homogéneos e de grande qualidade, o soprano Sandrine Piau, o contralto Helena
Rasker, o tenor Christophe Einhorn
(este um pouco inferior aos seus pares e parecia fazer um enorme esforço para
cantar... mas a voz saía bem) e o baixo Marcos
Fink. O Coro esteve sempre a um
nível estrelar, a Lacrimosa foi comovente
e o final arrebatador. Jorge Matta,
maestro do Coro, tem feito um trabalho magnífico.
Mais um excelente
espectáculo.
*****
REQUIEM by
Fauré; REQUIEM by Mozart, Gulbenkian Foundation, April 2017
Gulbenkian Foundation once again opened the back of the
Grand Auditorium, allowing us to enjoy the garden and the birds. The
performance was by the Gulbenkian
Orchestra and Choir, directed the renowned conductor Michel Corboz.
In the
first part of the concert the Requiem of Gabriel Fauré was heard, a work of intimate sonority with moments
of great beauty, namely Pie Jesu,
remarkable and superiorly interpreted by the soprano Sandrine Piau. The choir, of ethereal beauty, were excellent.
After the
break it was Mozart's Requiem, for
me one of the most touching musical works of Western music. Corboz began at a
high pace, which breaks the impact and solemnity of the work, but then this
impression faded. The soloists were homogeneous and of great quality, soprano Sandrine Piau, alto Helena Rasker, tenor Christophe Einhorn (a little inferior
to his peers and he seemed to make a great effort to sing ... but the voice
came out well) and bass Marcos Fink.
The Choir was always at a star
level, Lacrimosa was moving and the
final rapturous. Jorge Matta,
conductor of the Choir, has done a magnificent job.
Another
great concert at Fundação Gulbenkian.
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