(Foto – Metropolitan Opera)
No passado dia 14 de
Fevereiro tive a oportunidade de assistir a uma récita da ópera Don Giovanni na Metropolitan Opera de Nova
Iorque.
A produção foi de Michael Grandage, estreada em 2011. É
uma produção interessante na minha opinião. Destaco os efeitos pirotécnicos
usados na morte de Don Giovanni que foram de grande espectacularidade.
(Foto – Metropolitan Opera)
A orquestra da Met foi
superiormente dirigida por Alan Gilbert.
Particularmente, ficou-me na memória a interpretação em “Finch’han dal vino” em que foi adoptado um tempo rapidíssimo e que
mostrou a técnica apuradíssima dos músicos presentes. Excelente momento.
Peter Mattei foi Don Giovanni. Como já foi
referido anteriormente neste blog, tem um timbre e uma presença corporal quase
perfeita para esta personagem e eu subscrevo a 100%. E nesta récita,
particularmente, esteve em excelente nível.
Luca Pisaroni foi um Leporello
extraordinário. Sem dúvida o melhor solista da noite. Alia o seu excelente
aparelho vocal a uma representação cénica irrepreensivel. Sem dúvida um dos
melhores cantores da actualidade nesse capítulo.
Elza van der Heever foi
Donna Anna. Não me agradou particularmente a sua interpretação. Embora tenha um
excelente aparelho vocal, o seu timbre não é dos mais bonitos, retirando algum
brilho à sua interpretação.
Emma Bell foi Dona Elvira. Sempre
bastante segura e dotada de um timbre muito bonito, sendo que nunca desafinou
durante toda a récita. Uma prestação muito positiva.
Kate Lindsey foi Zerlina e foi a
interpretação que mais gostei, a seguir a Pisaroni. Tem um timbre de beleza
superior e representou muito bem cénicamente a inocente Zerlina. As suas interpretações
em “Batte Batte Bel Masetto” e “Vedrai Carino” foram brilhantes.
James Morris como comendador, Adam Plachetka como Masetto e e Dmitry Korchak como Don Octavio também
estiveram em muito bom plano não destoando nada dos restantes solistas. Destaque
para a interpretação de Korchak em “Dalla
sua pace”. Foi sublime.
No geral foi uma récita
de excelente nível com os solistas e a orquestra a estarem em perfeita sintonia
numa produção simples, mas muito interessante.
Francisco Casegas
Para mim o Peter Mattei é o maior Don Giovanni das últimas décadas e o grande sucessor do Siepi e do Wächter.
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