quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

DIE WALKÜRE – Teatro alla Scala, Milão, Dezembro de 2010


(review in english below)

Pela primeira vez neste blogue escrevo um comentário sobre uma ópera a que assisti na televisão. Trata-se de uma récita da Valquíria, de Richard Wagner, que foi transmitida em directo do Teatro Scala de Milão no dia 7 de Dezembro, data da estreia desta nova produção. Farei uma apreciação limitada pela observação televisiva. Incluirei umas fotografias de muito má qualidade, obtidas directamente da televisão.
Sou um admirador confesso da obra de Wagner mas, como há neste blogue um grande especialista no assunto, habitualmente não escrevo directamente sobre as suas óperas, apenas as comento. Mas não será o caso este mês, por duas vezes (Valquíria e Tannhäuser), dado que tanto eu como o wagner_fanatic assistiremos às duas óperas (embora, no meu caso, a Valquíria tenha sido nas condições que referi, por isso, duas realidades não comparáveis. O Tannhäuser será visto ao vivo por ambos, em récitas diferentes e o wagner_fanatic também verá esta Valquíria ao vivo). Consideramos que a dimensão das obras é compatível com duas apreciações distintas.

Antes do início do espectáculo Daniel Barenboim dirigiu-se ao Presidente da República Italiana, presente na sala, expressando a profunda preocupação de todos os artistas e restantes trabalhadores dos teatros italianos pelo futuro da cultura em Itália e leu o Artigo 9º da constituição italiana que afirma que a República promove o desenvolvimento da cultura e da investigação científica e técnica e defende o património artístico e paisagístico. Recebeu uma enorme ovação.

A ópera teve encenação do belga Guy Cassiers e foi dirigida por Daniel Barenboim. A encenação pareceu-me muito má e sem ideias (mas na televisão não se consegue apreciar devidamente). A orquestra foi suberba, sob a batuta do maestro Daniel Barenboim, um dos melhores a dirigir Wagner.

O elenco de solistas era verdadeiramente impressionante embora considere que as verdadeiras heroínas foram as senhoras.

Siegmund foi interpretado pelo tenor neozelandês Simon O’Neill. Tem um timbre claro, a voz não é muito grande, mas cumpre o papel, embora no registo mais agudo se torne excessivamente nasalada. Artisticamente não foi brilhante e achei que foi quebrando vocalmente ao longo da récita, aspecto particularmente notório no diálogo no 2º acto com Brünnhilde, que foi quase todo em esforço. Faltou o tenor heróico que esperamos em Siegmund.


O mezzosoprano alemão Waltraud Meier foi Siegliende. Assombrosa! A voz esteve sempre perfeita, timbre belíssimo, afinação imaculada e potência adequada a um papel wagneriano principal. Cenicamente foi a melhor, a expressão das diferentes emoções foi notável e, no segundo acto, deu-nos uma das interpretações mais marcantes da personagem. Ao contrário de O’Neill, foi crescendo ao longo do espectáculo.



O baixo britânico John Tomlinson foi um Hunding sólido, mas já se lhe nota algum desgaste vocal.


Wotan foi interpretado pelo baixo barítono ucraniano Vitalij Kowaljow. No início pareceu-me menos seguro, mas também cresceu ao longo da récita e no 3º acto foi muito bem. Não mostrou capacidades artísticas. Contudo, a voz, apesar de agradável, era pouco escura (pouco “à baixo”) para a personagem.


O mezzosoprano russo Ekaterina Gubanova foi uma Fricka excelente. Tem um vozeirão, de grande beleza, facilmente audível sobre uma orquestra wagneriana, sem perda de qualidade em fortissimi.


Finalmente, dos solistas principais, outra grande cantora wagneriana que muito aprecio – Nina Stemme, soprano sueco, que foi uma Brünnhilde sólida e convincente tanto cénica como vocalmente. A voz é enorme, capaz de coloridos sofisticados e nuances de bom gosto, não perdendo qualidade em qualquer registo nem com o decorrer da récita. No 3º acto deu-nos uma interpretação comovente. É o melhor soprano dramático wagneriano no activo.




Um espectáculo a não perder que, se percebi bem, voltará a ser transmitido no Mezzo nos dias 28 (às 19h30) e 31 (às 10h45) de Dezembro.
****

DIE WALKÜRE - Teatro alla Scala, Milan, December 2010

For the first time on this blog I write a comment about an opera that I watched on TV. This is the case of Valkyrie by Richard Wagner, which was broadcast live from the Teatro La Scala in Milan on Dec. 7, the debut of this new production. I will write a text conditioned by the limitations on television. I will include some photographs of poor quality, obtained directly from the TV screen.

I am an admirer of Wagner's work, but as in this blog there is a contributor who is a great expert on the subject, I usually do not write directly about Wagner’s operas, I only comment them. But it is not the  case twice this month (Tannhäuser and Valkyrie), since both wagner_fanatic and I will see the two operas (although in my case only Tannhäuser in the opera house, while wagner_fanatic will see both live!). We consider that the dimension of Wagner’s operas worth two different reviews in this blog.

Before the start of the performance, Daniel Barenboim addressed the President of Italy, present in the theater, expressing deep concern of all the artists and workers of Italian theaters for the future of culture in Italy, and read the Article 9 of the Italian Constitution which states that the Republic promotes the development of culture and scientific and technical research and defends the artistic heritage and landscape. He received a huge ovation.

The opera was staged by Belgian director Guy Cassiers and was conducted by Daniel Barenboim. The staging seemed very bad and without any interesting idea. (but on television you can not fully appreciate it). The orchestra was superb under the direction of Daniel Barenboim, one of the best conductors of Wagner operas.

The cast of soloists was truly impressive although I feel that the real heroes were the ladies.

Siegmund was interpreted by the New Zealand tenor Simon O'Neill. He has a clear tone, the voice is not very big but he sung the role in an acceptable way. However, in the top register, the voice is excessively “nasal”.. Artistically he was not brilliant and I thought he was breaking vocally throughout the performance, something particularly noticeable in the dialogue in Act 2 with Brünnhilde, who was sung in effort. The heroic tenor that we expect to see as Sigmund was not there.

German mezzo-soprano Waltraud Meier was Siegliende. Amazing! The voice was always perfect, beautiful tone, immaculate pitch and adequate power to a major wagnerian role. Artistically she was the best, with noticeable expression of the different emotions. In the second act, she gave us one of the most striking interpretations of the Siegliende. Unlike O'Neill, she improved throughout the performance.

British bass John Tomlinson was a correct Hunding, but his voice sounds “tired”.

Wotan was interpreted by Ukrainian bass baritone Vitalij Kowaljow. At first he seemed less secure, but he also improved over the performance and in the 3rd act he was ok. He did not show artistic qualities. However, his voice, though pleasant, was never dark enough for Wotan.

Russian mezzo-soprano Ekaterina Gubanova was an excellent Fricka. She has a powerful voice of great beauty, and she is easily audible over a wagnerian orchestra without loss of quality in fortissimi.

Finally, among the main soloists, another great wagnerian singer that I much appreciate - Nina Stemme, Swedish soprano, who was a solid and convincing Brünnhilde both vocally and artistically. The voice is huge but capable of sophisticated colors and fine nuances, without losing quality in any registration or in the course of the performance. In 3rd act she gave us a touching interpretation. She is the best performing wagnerian dramatic soprano of our days.

A performance not to be missed and that will be broadcasted again by Mezzo TV on the 28th  (19:30) and 31th (at 10.45) December.

****

20 comentários:

  1. Só queria partilhar duas coisas.
    Após ter acabado o discurso, a primeira vaga de aplausos foi para o Daniel e, querendo ouvir-se Wagner, alguém chamou de novo os apalusos gritando "evviva il Presidente!". O maestro Barenboim, após o seu discurso, dirigiu o Hino Italiano. Dois segundos a seguir à primeira nota da orquestra, todo o público estava levantado. (Se fosse em Portugal, infelizmente, presumo que permanecesse toda a gente sentada...)
    Esta encenação está na sequência da do ano passado? Não me pareceu, observando apenas algumas imagens e excertos.

    ResponderEliminar
  2. Caro Plácido,
    Cá eo Portugal, quando o Presidente da República assiste a um espectáculo com orquestra, também se toca sempre o hino nacional e toda a gente se levanta. A situação era muito frequente na presidência de Jorge Sampaio, que aparecia frequentemente nos concertos e em récitas de ópera.

    Não sei se esta encenação não será na sequência do Ouro do Reno de há meses. Talvez seja, apesar de não ter os bailarinos a enroscarem-se nos cantores, como muito apropriadamente assinalou na altura. Mas uma coisa é certa, parece ser igualmente má. Aguardemos a descrição do wagner_fanatic, dentro de semanas, que a verá ao vivo e, nessas condições, será possível uma apreciação correcta.

    ResponderEliminar
  3. Também assisti a várias récitas e concertos em que Sampaio estava presente e confirmo. No caso do actual presidente, não sei.

    Esta produção vem no seguimento de "O Ouro do Reno" que estreou precisamente a 7 de Dezembro de 2009. Só assisti ao III acto mas percebi que o encenador mudou de registo. Do que vi, também não gostei.

    Quanto a Wotan, penso que o problema do Scala esteve em encontrar um baixo-barítiono. Pape é muito baixo, Kowaljow é muito barítono.

    Obrigado pelas suas opiniões e pela dica da repetição no Mezzo. A ver se não me esqueço e se poderei ver.

    ResponderEliminar
  4. Caro Paulo,
    Obrigado por ter comentado. Pelo que está escrito no seu magnífico blog valkirio, e também é essa a minha opinião, a récita vale sobretudo pelas excepcionais interpretações de Waltraud Meier, Ekaterina Gubanova e, sobretudo, Nina Stemme.

    ResponderEliminar
  5. Hi,

    No matter who attends a performance, in Germany the national anthem isn't played at the opera. It has something to do with our past in the history.

    Thank you so much for the posting.
    Your photos are ok. I mean it.
    I've checked some reviews about "Die Walküre". Generally the staging has earned negative criticism. Frau Meier has a right.

    According to your criticism and the riviews of the press the performance of Vitalij Kowaljow wasn't good enought for Wotan. One missed Rene Pape in the role of Wotan, who was originally planned for it. I heard Rene Pape as Boris Godunov in Dresden. With the dark timbre, the voluminousity in the voice and great acting he was just fabulous. I could imagine how he would have sung Wotan.

    As you mentioned it was Ladies night. Nina Stemme is taken as the best Brünhilde and she's going to sing this role at the Wiener Staatsoper in 2013.

    The role of Siegmund is very diffidult. They should have invited Klaus Florian Voigt who is one of the best Wagner Tenor at the moment and sings mostly in the Bayreuth.

    I'm going to watch this opera on TV as well. Then I can see how bad the staging was. Ha, ha...

    Have a good sleep.

    ResponderEliminar
  6. Tenho uma correcção a fazer. "O Ouro do Reno" não abriu a temporada passada do Scala. Pelo lapso, peço desculpas. Creio que estreou em Maio.

    ResponderEliminar
  7. waltraud meier und nina stemme in one opera: awesome!! :)

    this ring production is a cooperation with berlin state opera. so i've seen the rheingold a few weeks ago. it wasn't a very interessing stage setting, too....

    thanks for the review.

    ResponderEliminar
  8. Dear lotus-eater,
    Thanks for your comments. The male leading roles were both below our expectations. Klaus Florian Vogt would be a better Siegmund. I look forward to seing the Kaufmann's Siegmund in Die Walküre in June at the Met! And it was a pity that Rene Pape decided to cancel his participation as Wotan. We need a real bass voice for this God, and we did not get it this time. But I repeat again and again - the 3 ladies were sensational!

    ResponderEliminar
  9. Dear Sarah-Maria,
    Yes, Waltraud Meier and Nina Stemme were sensational. But Ekaterina Gubanova (Fircka) was also excellent. You will enjoy this performance very much when you will see it (but not the staging, I guess...)

    ResponderEliminar
  10. Hi,
    Tonight I've booked for 2 Operas in Vienna where I'll visit in March. At the "Theater an der Wien" I've got the ticket immedieatly, but at the Wiener Staatsoper I'm just booked and have to wait. They have the same intrasparent ticket purchasing system as Bayerische Staatsoper München. I don't understand why they don't let buyer choose thier seats by themselves.

    I Hope you have no problem to get the ticket for Lucrezia. If you still don't get an Email from BSO, it shoule be ok.

    ResponderEliminar
  11. Então é assim,
    @Paulo, a temporada abriu com um Elixir de Villazón e Machaidze, com encenação para a frentex, e foi bem aviado e vaiado tanto pelo público como pela crítica.
    @Tutti, pelo que tenho ouvido, Cavaco Silva vai para a plateia. Confirma-mo um conhecimento que o viu na plateia no D. Maria.

    ResponderEliminar
  12. Caro Fanático,
    Muito obrigado pelas informações sobre as reposições de visualização desta Récita da Walkure Alla Scala2010. Se puder vou revê-la na íntegra porque não vi o Directo na totalidade, só consegui visionar extractos.
    De Ekaterina Gubanova não me pronuncio, porque nem cheguei a ver e ouvir a sua prestação.
    Simon O´Neill pareceu-me de vocalidade mais Light do que no recital que gravou recentemente para a EMI 2Father and Son", com uma Susan Bullock (que aqui fez o Ring Graham Vick – São Carlos) em pequena dose como Sieglinde, mas… num estado vocal verdadeiramente IMPOSSÍVEL! :-(
    O baixo barítono ucraniano Vitalij Kowaljow pareceu-me muito instável do ponto de vista vocal, mas há algo na sua voz que faz lembrar James Morris.
    Sir John Tomlinson e Frau Meier já são demasiado veteranos nestas coisas e as suas vozes Já se ressentem, E MUITO! :-(
    La Waltraud, cá para mim, não precisou nada de Signore Cassiers dado que o seu jogo cénico, ultimamente ( sem as ajudas de Monsieur Chéreau, por ex.) aposta sempre no género lacrimejante e no da coitadinha surpreendida. Peço-lhe imensas desculpas pela minha franqueza, mas é aquilo que eu sinto em relação a uma cantora que, outrora uma das minhas favoritas, penso que estará na hora de pensar em dosear melhor daquilo do que lhe resta vocalmente, dado que se notam sinais óbvios de desgaste vocal. Ponto óbvio nas Sieglindes já um bocado entradotas no estado vocal: no IIIº acto, a sua famosa exclamação “O hehrstes Wunder!
    Herrlichste Maid! “. Houve ali um pequeno desencontro Orquestra Barenboim versus Frau Meier: La Meier obrigou Barenboim a executar a linha musical um nada nada mais depressa do que o habitual.
    Nina Stemme, Nina Stemme… não tem assim um jogo cénico ainda muito sedutor: parece que só consegue projectar bem a voz curvando-se muito para a frente. Já repararam??… e as expressões do rosto não são nada agradáveis de se verem em Grande Plano. Mas quanto ao resto: apesar de achar a voz um nadinha velada… ***** stars. Um IIIº Acto que me bateu nas lágrimas. Tal como o Alla Scala, agraciei-a com fortes aplausos quando veio à boca de cena agradecer esses mesmos aplausos dirigidos pelo público do Alla Scala no final desta Récita de Estreia da Stagine Scaligera 2010-2011. Esta será, sem dúvida, a Walkure zénite de Nina Stemme… por enquanto :-)
    Quanto ao espectáculo de Guy Cassiers, só tenho um nome para ela: A Encenação IKEA! :-D
    Bricolage para a casa de Hunding e Sieglinde, Hunding que parecia um construtor civil, Rochedo das Valquírias que mais parecem caixotes amontoados, as luzinhas vermelhas de candeeiro que se compram ali no hipermercado a fazer do Fogo Mágico de Loge… PALEASEEE! :-(
    Figurinos so and so: aquele casulo que transportava Brunnhilde como cauda, aquelas Valquírias que mais pareciam uma mistura de prostitutas do tempo da Rainha Vitória e Rossweisses que mais pareciam a própria Rainha Vitória… PALEASEEEEE!! :-(
    Ideias de Monsieur Cassiers: Nil, Népias :-(
    Resumindo e concluindo: Brava, Brava la Stemme!
    … Só!... não deixa, mesmo assim, de ser pouco.
    Obrigado pela tolerância e atenção, Fanático.
    Mr.LG

    ResponderEliminar
  13. Dear lotus-eater,
    I agree with you about the lack of transparency in bying tickets for Vienna (and Munich). One should be abel to choose and buy directly the seats. A lot of german opera houses have a good and fair system, as well as Royal Opera in London, Met in NY and Liceu in Barcelona (just to mention some with which I have experienced that in the past).
    In the site of Bayerische Staatsoper they mention that they will start processing the tickets on 31th December. I have to wait until the beginning of next year to know the (expected) good news...

    ResponderEliminar
  14. Caro LG,
    Muito obrigado pelo seu comentário tão interessante e informativo. Gostei imenso de o ler e penso que todos os que visitam este espaço o apreciarão. Por aqui, todas as opiniões são bem-vindas e até gostamos que discordem de nós, pois é do debate que se refinam opiniões e apuram conhecimentos. Por isso, nunca hesite em contrariar-nos.
    Depois da sua crítica, o que poderei dizer (“diz o remendão ao sapateiro”)?

    Simon O’Neill ficou muito aquém das expectativas, tanto vocal como cenicamente. Pareceu-se semkpre em esforço e nunca conseguiu atingir a intensidade dramática de Siegmund. Waltraud Meier – gostei da sua expressão da coitadinha surpreendida, mas achei que conseguiu ser uma Sieglinde muito credível. E, vocalmente, para mim foi excelente. Cantou sempre no registo de soprano e considerei-a quase perfeita. Não foi nada ajudada nem pelo seu irmão gémeo nem pelo encenador, o que acresce na minha opinião positiva sobre ela. Aqui discordamos nas nossas opiniões. Se tiver oportunidade de rever a récita, estou certo que apreciará muito a solidez da Fricka de Ekaterina Grubanova. Vitalij Kovallov também esteve aquém do desejável, para o Deus Wotan. Sim, tem laivos vocais de James Morris, mas quando o último estava em dias maus…
    Quanto a Nina Stemme, para mim, repito, não tem actualmente rival somo soprano dramático wagneriano. Mesmo com expressões faciais menos agradáveis, transporta-nos para outra dimensão quando canta. Dá-nos aquela magia que todos esperamos quando “vamos á opera” mas, infelizmente, poucas vezes alcançamos. Desde que vi a sua Isolda em Londres, fiquei “esmagado” (não há Tristão para ela).
    Quanto à encenação, estou em total acordo consigo e acho deliciosa a “encenação IKEA” e as analogias das Valquírias e suas indumentárias. Deliciosas mas, lamentavelmente, verdadeiras. Realmente sem ideias nenhumas (perceptíveis) por parte do encenador.
    Termino agradecendo-lhe muito, novamente, o seu comentário.

    ResponderEliminar
  15. This Valkyrie was seen in theatres across many countries. Yes, Barenboim was superb, Waltraud Meier, Nina Stemme and Ekaterina Gubanova were also superb. All other soloists were bad and I agree with a previous comment - the Valkyries were ridiculous in their dresses, their singing and their movements. The scenaries were horrible and ridiculous!

    ResponderEliminar
  16. Guy Casiers, is complete succeed in his aim !
    Groeten,Willy

    ResponderEliminar
  17. Caro FanáticoUm,

    Não pude ver a abertura da temporada no Scala por motivos profissionais, como sabe. E mesmo que tivesse sido possível não o teria feito, para evitar o efeito surpresa, uma vez que vou assistir, se Deus quiser, à última récita a 2 de Janeiro 2011. É algo penoso ter de esperar até lá para conhecer esta produção.

    Não me espantam os comentários positivos às vozes e a Barenboim. Do mesmo modo assumo e sou testemunha do declíneo de Tomlinson, embora ainda tenha planeado ouvi-lo como Gurnemanz no próximo ano em Londres.

    O Wotan? Há semanas que sabemos que não iria ser Rene Pape. Não conheço este cantor que o veio substituir mas vou dar-lhe o benefício da dúvida.
    Agora tenho o Simon O'Neill em bom crédito por muito que dele já ouvi e, se não esteve tão bem na estreia, talvez melhore. No fundo, é a primeira vez que o papel é só dele numa produção de A Valquíria (relembro 2ª opção no anel de Londres em 2007 em oposição a Domingo).

    As encenações são sempre um desafio difícil. Reinventar o que já foi reinventado torna-se sempre uma aventura hercúlea. Vamos ver... Tenho o hábito relativo de me adaptar bem a novas ideias nas encenações wagnerianas.

    Cumprimentos musicais

    ResponderEliminar
  18. Em primeiro lugar tenho de pedir desculpa pelo mau português, e me presentar como novo leitor deste blogue que ha pouco encontrei.

    Tambem eu assistí a esta récita mas não na TV mas sim numa sala de cine, em geral concordo bastante com o senhor, embora nao tenha tão má opinião da ecenação. No que respeita aos cantantes eu gostei especialmente da Stemme.

    ResponderEliminar
  19. Estimado AdMiles,
    Bienvenido a este blog. Su portugués es muy bueno.
    Aquí, en Portugal, sólo tenemos la oportunidad de ver transmisiones en vivo de óperas en las salas de cine desde el Met de Nueva York (y acaba de comenzar este año). Por otra parte, nada más.
    Estoy de acuerdo que Stemme fue la mejor y en mi opinión, es la mejor soprano dramática wagneriana de nuestro tiempo.
    El escenario no podía ser visto bien en la televisión, pero yo esperamos con interés los comentarios de wagner_fanatic, otro vecino de este blog, que verá esta producción en vivo en pocos días.
    Saludos desde Portugal

    ResponderEliminar