quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

FIDELIO, Teatro alla Scala, Milão, Dezembro de 2014 / Milan, December 2014



(in English below)

 Tivemos a oportunidade de assistir à transmissão em directo, no cinema, da récita de abertura da presente temporada do Teatro Scala de Milão – a ópera Fidelio de Beethoven.

A encenação, clássica e de bom impacto visual, foi de Deborah Warner. Toda a acção foi passada na prisão e seus calabouços, numa abordagem convencional e bem conseguida.

(Fotografia  Brescia-Armisano)

A Orquestra e Coro do Teatro Scala foram magistralmente dirigidos pelo maestro Daniel Barenboim. E foi uma récita de luxo também no que aos cantores respeita.

(Fotografia  Brescia-Armisano)

Fidelio / Leonora foi magistralmente interpretado pelo soprano alemão Anja Kampe. É uma cantora que muito gosto, apresenta-se sempre ao mais alto nível e assim aconteceu mais uma vez. Tem uma voz potentíssima, bonita e expressiva, e representa como poucos. Foi extraordinária.

(Fotografia  Brescia-Armisano)

(Fotografia  Brescia-Armisano)

O tenor alemão Klaus Florian Vogt, com o seu característico timbre muito claro, fez um Florestan convincente e, mais uma vez, em grande forma.

(Fotografia  Brescia-Armisano)

O baixo sul-coreano Kwangchul Youn foi um Rocco insuperável. À beleza de timbre que lhe é característica, juntou um desempenho muito expressivo e generoso, dando grande generosidade à personagem do carcereiro que, frequentemente, não se vê.

(Fotografia  Brescia-Armisano)

O baixo-barítono alemão Falk Struckmann foi um Don Pizarro malvado e insensível, também com uma interpretação vocal excelente.

(Fotografia  Brescia-Armisano)

O barítono sueco Peter Mattei impôs-se como Don Fernando. Apesar do papel ser pequeno, não deixou de impressionar com a sua interpretação marcante.

E deixei para o fim os dois mais jovens e excepcionais intérpretes: Florian Hoffmann, tenor alemão, foi um magnífico Jaquino, sempre inconformado com o amor não correspondido. A voz é expressiva e de grande beleza, e o cantor teve uma interpretação cénica insuperável.

Mojca Erdmann, soprano alemão, trouxe toda a frescura e ingenuidade que o papel da Marzelline exige, numa interpretação cénica e vocal absolutamente irrepreensível.

                                       (Fotografia  Brescia-Armisano)


Um Fidelio superlativo na abertura da temporada do Scala!

 (http://www.repubblica.it/spettacoli/teatro-danza/2014/12/07/news/teatro_alla_scala_fidelio-102366284/)

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FIDELIO, Teatro alla Scala, Milan, December 2014

 We had the opportunity to attend the live broadcast of the opening performance of this season at Teatro alla Scala, Milan - Beethoven's opera Fidelio.

The staging, classic and with good visual impact, was by Deborah Warner. All the action was spent in prison and his dungeons, a conventional and well done approach.

The Orchestra and Chorus of La Scala Theatre were under a fantastic direction by Maestro Daniel Barenboim. And it was a luxury performance also with respect to the singers.

Fidelio / Leonora was masterfully interpreted by the German soprano Anja Kampe. She's a singer that I appreciate, always presents herself at the highest level and so it happened again. She has a very powerful, beautiful, and expressive voice, like few others. She was extraordinary.

German tenor Klaus Florian Vogt, with his characteristic very light tone, was a convincing Florestan and, again, at his best.

Korean bass Kwangchul Youn was an unsurpassed Rocco. To his the characteristic beauty of timbre he joined a very expressive and generous performance, giving great generosity to the jailer's character who often we do not see.

German bass-baritone Falk Struckmann was a mean and insensitive Don Pizarro, also with a great vocal performance.

Swedish baritone Peter Mattei was Don Fernando. Although the role is small, he impressed with his striking interpretation.

And I left the end the two youngest and exceptional singers: Florian Hoffmann, German tenor, was a magnificent Jaquino, always sad about his unrequited love. The voice is expressive and of great beauty, and the singer had an unsurpassed stage interpretation.

Mojca Erdmann, German soprano, brought all the freshness and ingenuity that the role of Marzelline requires, a scenic and vocal absolutely impeccable performance.

A superlative Fidelio to open the season at La Scala!


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