terça-feira, 4 de setembro de 2012

JO, DALÍ, Liceu, Barcelona, Outubro de 2011



Jo, Dali é uma ópera de Xavier Benguerel com libretto de Jaime Salom, sobre a vida de Dali e sua relação com Gala. Foi encomendada pelo Ministério da Cultura espanhol para comemorar o centenário do nascimento de Salvador Dali em 2004. Estreou em Junho de 2011 no Teatro de la Zarzuela em Madrid.

A ópera retrata vários episódios da vida de Dali com Gala, desde o primeiro encontro em Paris até à morte. A imagem controversa e paradoxal que Dali criou de si próprio e do que o rodeou, bem como as relações complexas e tensas com Gala, dominam a ópera.

A encenação, de Xavier Albertí, é austera, sem qualidade de início, mas vai melhorando. No 3º acto, há um circo metafórico interessante e no final, no 4º acto, a morte de Dali é o momento mais alto do espectáculo (cénica e musicalmente).


A música de Benguerel não me entusiasmou. Confesso que não sou um apreciador da música contemporânea.

Dali foi interpretado pelo excelente barítono catalão Joan Martín-Royo. Teve uma boa interpretação vocal, mas não mais do que isso. A voz é agradável. O timbre é bonito. Cenicamente esteve bem, sobretudo no final.


 Marisa Martins, mezzo argentino, foi uma Gala sem brilho, com uma voz que se deixava ocultar facilmente pela orquestra.


 O tenor catalão Antoni Comas foi um Paul Éluard / Superstar desinteressante e sem nada de relevante a assinalar sobre a voz. Cumpriu o papel.





Uma curiosidade operática para ver apenas uma vez na vida.

*


JO, DALÍ, Liceu, Barcelona, October 2011

Jo, Dalí is an opera of Xavier Benguerel with libretto by Jaime Salom, about the life of Dali and his relationship with Gala.
It was commissioned by the Spanish Ministry of Culture to celebrate the centenary of the birth of Salvador Dali in 2004. It was premiered in June 2011 at the Teatro de la Zarzuela in Madrid.

The opera is about several episodes of the life of Dali and Gala, from their first meeting in Paris until their death. The controversial and paradoxical image that Dali created for himself and the complex and tense relationship with Gala dominate the opera.

The staging by Xavier Albertí is austere, with no quality at first, but getting better while the opera progresses.. In the 3rd act, there is an interesting metaphorical circus and late in the 4th act, the death of Dali is the high moment of the performance (scenic and musically).

The music by Benguerel did not excite me. I confess that I am not a lover of this century’s music.

Dali was interpreted by catalan baritone Joan Martín-Royo. He had an good vocal performance. The voice was pleasant. The timbre was nice. Artistically he was ok, especially at the end.

 Marisa Martins, Argentine mezzo, was a dull Gala, with a voice that was easily submerged by the orchestra.

Catalan tenor Antoni Comas was an uninteresting Paul Eluard / Superstar, without any relevant characteristic of his voice.
Artistically he was ok.

For me, an operatic curiosity to see just once in a lifetime.

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2 comentários:

  1. Obrigada, Fanático_Um, já nem preciso de ver uma vez sequer ;-)

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  2. Dragon at Park Guell is very beautiful.Barcelona I have always wanted to visit Barcelona because I have a great love for all sorts of interesting architecture.

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