segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Der Fliegende Holländer – Opera Paris, Bastille – 24 de Setembro 2010
(Please find this review in english below)
Apesar de na foto da fachada da Ópera de Paris, Bastille, estar patente um poster promocional de Eugene Onegin, foi um prometedor “O Holandês Voador” ou “O Navio Fantasma” que me fez ir a Paris. Juntos, 3 cantores wagnerianos de luxo: James Morris, Klaus Florian Vogt e o grande Matti Salminen, servindo de padrinhos à estreia de Adrianne Pieckzonca nesta casa de ópera e no papel de Senta.
Posso dizer que a noite só começou a tomar o rumo de uma noite wagneriana memorável depois do monólogo (“Der Frist ist um”) do Holandês… Analisemos então.
A encenação de Willy Decker é particularmente interessante e dramaticamente coesa, culminando num final altamente dramático fazendo com que, sinceramente e pela primeira vez, sentisse, numa ópera de Wagner, aquela sensação no peito de quem sente que vai ter de começar a chorar.
Habitualmente, esta ópera é interpretada sem interrupção, pelo que o cenário se manteve sempre como o que podem observar na imagem seguinte (perdoem os elementos intervenientes no agradecimento final… isso foi mais para a frente…).
Um quadro com um Mar revoltado e um Navio (o do Holandês) e à direita uma imponente porta de madeira.
O final da abertura deixa ver diante do quadro, Senta mirando intensamente um outro pequeno quadro que guarda na mão (o do Holandês).
Os marinheiros e Daland entram pela porta de madeira e 3 cordas de navio servem para prender o suposto navio de Daland “a terra” no extremo oposto do palco. Através da porta vêm-se ondas personificadas em lençóis com ar contínuo por baixo, imitando ondulação.
Após a balada do homem do leme, todos se deixam dormir no chão do palco. A entrada do Holandês torna o quadro grande em tons de vermelho e o monólogo é feito em palco, por vezes com o Holandês passando entre as referidas cordas suspensas.
No final do monólogo, o Holandês permanece virado para o palco no extremo do mesmo onde as cordas estão presas e tanto Daland como os marinheiros se afastam em receio quando este se volta e deixa transparecer um aspecto pálido. Findado o acordo entre os dois capitães, com um colar de pérolas misturado com outros adornos dourados à mistura como exemplo dos tesouros do Navio Fantasma, Daland oferece uma foto de Senta ao Holandês fazendo aqueles gestos com as mãos de como quem diz “até nem é má parecida…”. Enquanto o Holandês segura essa foto e se dirige para a porta de madeira, à frente do quadro grande esta Senta com a sua foto, virada em sentido oposto – a meu ver, um ponto cénico magnífico.
A transição para o segundo acto é feita com a entrada das mulheres dos marinheiros com cadeiras de madeira banais e sentando-se todas em círculo com um grande lençol que vão depois cosendo à mão com agulha e linha, sob a presença de Mary. Senta sempre com a foto do Holandês. A balada decorre sem pontos particulares. O diálogo com Erik torna-se interessante quando este tenta, com a sua faca de caçador, destruir o quadro com a foto do Holandês, arrancado das mãos de Senta. Ao cruzar os seus olhos com o do Holandês não consegue fazer e a mão cai, síncrona com acorde da Orquestra, e novo acorde síncrono com o deixar cair do quadro no chão – cenicamente perfeito.
A chegada do Holandês e Daland a casa deste inicia-se com a porta de madeira entreaberta, permitindo ver a sombra do perfil do Holandês na parede, e Daland que chega do lado do quadro grande. O diálogo entre Senta e o Holandês, ambos com as fotos, é eficaz e termina num abraço de ambos, desta vez apenas milimetricamente atrasado em relação ao ensemble da Orquestra.
A transição para o 3º acto passa por Mary ver ambos abraçados, pegar no quadro do Holandês e ver que é realmente ele que ali está, deixando cair o quadro aterrorizada. O música que antecede o coro dos marinheiros inicia-se, estes entram com cadeiras e mesas de madeira que dipõem em fila única.
Senta e o Holandês sentam-se, seguidos de Erik que, ao sentar-se, bate com as mãos em desaprovação ao ritmo do “Steuermann laβ die Wacht…”. O Holandês levanta-se e dirige-se para a porta de madeira após fazer um duelo com Erik através do olhar. Erik agarra de novo o seu punhal e tenta atingir o Holandês pelas costas mas rapidamente se acobarda ao ver um olhar por cima do ombro do capitão fantasma. Acaba por apunhalar a mesa e ficar em desespero. Os marinheiros, durante o seu coro, acabam por provocar Erik, inclusivamente chegando a bater-lhe com uns socos no abdómen. Os marinheiros do Navio Fantasma aparecem como sombras simples móveis no quadro grande de novo com iluminação vermelha.
O final foi convincentemente dramático. O Holandês acaba por sair pela porta de madeira, todos fecham a mesma para evitar que Senta o siga e cumpra o seu destino. Ela então agarra a faca de Erik previamente espetada na mesa de madeira e comete suicídio. Em agonia, estende a mão e tenta chegar à foto do Holandês que repousa no chão, não o conseguindo, enquanto todos saem de cena desolados.
A abertura foi muito bem interpretada pela Orquestra residente sob a direcção de Peter Schneider. Apenas realço menos positivamente, o facto de ter optado por não acentuar os 4 primeiros acordes do tema da Redenção (ver em baixo) com retardandos, e me ter parecido demasiado rápido a escolha do tempo para o final da mesma. Mas o fosso parecia uma autêntica tempestade num qualquer Mar do Norte como manda a história. A percussão (timbales) simplesmente surpreendente. Excelente durante toda a récita embora ache que teria aumentado o dramatismo se tivesse prolongado durante mais tempo (e não fazê-lo por apenas cerca de 1 segundo) o silêncio, correspondente à ausência de resposta, quando os marinheiros (e as respectivas esposas) chamam pelos colegas de profissão do Navio Fantasma. Mas, são opções, e o Maestro não sou eu…
A entrada de Matti Salminen como Daland foi fraca. Algo rouco cheguei a pensar que a ideia que tinha deste Mestre se havia esbatido com o tempo e que restava agora apenas uma leve sombra do mesmo. Ouvindo-se apenas ao longe um ténue grave no final de frase, a minha insegurança manteve-se. Assim que terminou esta passagem e se voltou para o cenário, foi audível um “limpar de garganta” que mudou completamente a sua voz. Apareceu o Salminen que eu conheço e esperava, para me encher as medidas nesta minha primeira oportunidade de o ver e ouvir ao vivo. Aquela voz que caracterizo como que vinda do fundo da nuca, ressoando num timbre tão característico dele. Fantástico. Esteve particularmente, quer cénica quer musicalmente, na cena em que apresenta o Holandês a Senta.
James Morris como o Holandês também teve uma entrada pouco impressionante. E que entrada têm esta personagem!… Começa logo com uma das passagens mais emblemáticas desta ópera – “Der Frist ist Um”. Claramente preservando a voz, com tentativas pouco conseguidas de colocar algum dramatismo naquilo que cantava, com maneirismos dramáticos de corpo igualmente pobres, e provocando-me um ou outro curto-circuitos desafinantes nos meus neurónios auditivos na passagem do monólogo em a orquestra pouco suporta a voz, a sua interpretação causou-me novo calafrio após o que tive com Salminen e a ver que a aposta na vinda a este Holandês não tinha sido inteligente. Mas… revelação e crescendo magnífico após este monólogo. O diálogo com Daland e Senta foi vocalmente forte e credível. O final foi com voz à Morris, aliando uma capacidade interpretativa corporal completamente oposta ao do monólogo. Fantástico, juntamente com prestação exemplar de todos os outros.
Klaus Florian Vogt é simplesmente soberbo. Voz de timbre tão claro e de beleza tão profunda! Parece um autêntico menino de coro! Em contraste com excertos de interpretações prévias que havia visto em vídeo e a partir das quais criei uma ideia de que não era muito bom actor, aqui esteve à altura do papel e foi uma excelente surpresa neste aspecto.
Adrianne Pieczonka foi Senta na sua primeira produção e pela primeira vez em Paris, indo cantar este papel em Fevereiro em Viena. Só a tinha ouvido como Amelia Grimaldi na transmissão do Simão Boccanegra do Met com Plácido Domingo e tinha ficado com muito boa impressão da voz. Foi uma Senta simplesmente fenomenal!! Grande capacidade interpretativa do ponto de vista cénico – o modo como deixa cair o colar de pérolas que Daland lhe põe na mão quando lhe apresenta o Holandês (braço para trás e olhar no chão para a frente) diz tudo – não é pelo dinheiro que aceitará o Holandês, é por Amor, é pela Redenção. Em nada transparecendo vaidade ou superioridade na sua entrega. Vocalmente perfeita: dinâmica fantástica, agudos seguros e sobre a Orquestra, e o sentimento na voz sempre presente. Fiquei com vontade de a ouvir a fazer de Sieglinde e Isolda.
Marie-Ange Todorovich foi uma Mary irrepreensível e Bernard Richter um Steuermann à altura.
Em resumo, assistiu-se a um Der Fliegende Holländer em crescendo, culminando num final profundamente dramático. Cenicamente perfeito desde o início, musicalmente fantástico após o monólogo do Holandês, um elenco perito em Wagner e excelentemente escolhido (a idade de cada um dos interpretes esteve adaptada à personagem que interpretaram), adivinham uma grande temporada operática 2010 – 2011.
Der Fliegende Holländer - Paris Opera, Bastille - September 24, 2010
(Please find below the opera review in my best English or should I say… “Portenglish”? I am sorry but it is the best I can...)
Although the photo of the Paris Opera, Bastille, shows a promotional poster about Eugene Onegin, it was a promising Der Fliegende Hollander that made me go to Paris. Three luxury Wagnerian singers: James Morris, Klaus Florian Vogt, and Matti Salminen were the godparents of Adrianne Pieckzonca at her premiere in this Opera House and in the role of Senta.
I can only say that the night began not quite well but moving toward a memorable one after the Hollander´s monologue ("Der Frist ist um”).
The staging by Willy Decker is particularly interesting and dramatically cohesive, culminating in a perfect dramatic ending, leaving me moved to tears.
Usually, this opera is played without interruption, so the scenario was always as you can see in the following picture (this is a curtain call picture so, please try to imagine the sets without the singers for a moment).
A painting of a revolting sea with a ship (the Dutchman's ship) in the center, along with an imposing wooden door.
The end of the Ouverture reveals Senta with a painting of the Dutchman´s in her hands.
The sailors and Daland enter through the wooden door and three ship ropes hold the ship to the set at the other end of the stage. Through the door you could see sheets with continuous air underneath, giving the impression of waves.
After the Steuerman´s ballade, everyone falls asleep on the floor of the stage. The Dutchman´s ship arrival is created by shades of red over the painting and the monologue is done on stage, sometimes with the Dutch going between those suspended ropes.
At the end of the monologue, the Dutchman remains facing the audience where the ropes are attached and both Daland as sailors move away in fear when he turns his face to them and reveals a pale appearance.
After the agreement between the two captains, with a pearl necklace with mixed gold (an example of the treasures of the Flying Dutchman), Daland offers a picture of Senta to the Dutchman, doing those gestures with his hands as if to say "she is not bad at all…”.
While the Dutchman holds this picture and walks to end the stage by the wooden door, in front of the picture, Senta shows up again, opposed to the Dutchman, with his photo in her hand - in my point of view, a fantastic scenic / dramatic moment.
The transition to the second act is done with the entry of the sailors´ wifes, bringing wooden chairs and all sitting in a circle with a large sheet which they sew by hand, in the presence of Mary. Senta keeps her hands in the picture of the Dutchman.
The ballad is sung without any particular remarks.
The dialogue with Erik becomes interesting when he tries, with his hunting knife, to destroy the the photo of the Dutchman, snatched from the hands of Senta.
When he crosses eyes with the Dutchman photo he cannot procede with his quest. His hand falls synchronously with the orchestra chord, and a new synchronous chord is heard with the dropping of the picture on the floor - scenically perfect.
The arrival of the Dutchman and Daland starts with the wooden door slightly open, allowing the shadow of the Dutchmann to be seen on the wall. Daland arrives from the side of the big picture with the revolting sea and a ship. The dialogue between Senta and the Dutch, both with each other photos in their hands, ends with an almost synchronous hug with the orchestra ensemble.
The transition to the 3rd act finds Mary comparing the face of the Dutchman and the man on the picture, seeing that they are the same person. Horrified, she drops the picture on the floor. The sailors enter with wooden chairs and tables. Senta and the Dutchman sit, followed by Erik who claps his hands, in disagreement, on the table, in the rhythm of "Steuermann laβ die Wacht...." The Dutchman gets up and walks to the wooden door after making an eye duel with Erik. Erik grabs his knife again and tries to hit the Dutchman in the back but he loses his courage when the Dutchman looks to him over his shoulder.Erik ends up stabbing the table and getting desperate. The sailors during their chorus, come to provoke Erik, and they even hit him with some punches on the stomach. The sailors of the Phantom Ship appear as mere shadows moving in the big picture again with red lighting.
The final was convincingly dramatic. The Dutchman leaves the set by the wooden door. This is closed by all the others, avoiding Senta´s departure. She then grabs the knife stuck in the wooden table and commits suicide. In agony, she unsuccessfully tries to reach the photo of the Dutchman which lays on the floor.
The Ouverture was very well performed by the resident Orchestra, under the direction of Peter Schneider. I only found less brilliant the fact that he did not made a retardando on the the first 4 chords of the theme of Redemption and the pacing at the end was too much accelerated. But a perfect and quite real storm came from the timbales at the Orchestra pit. During the performance, both the Orchestra and the Conductor were excellent, though I think he could have increased the drama by extending the silence time corresponding to the absence of response from the sailors of the Phantom Ship. But this was his option, and I am not a Maestro…
The entry of Matti Salminen as Daland was weak. A slight hoarsed voice made me fear that he was no longer the singer I knew from so many CD and DVD recordings. But after clearing his voice the true Salminen showed his powerful voice and interpretation. That voice, which I always imagine as coming from the back of the head, and that is his singing mark, remains superb. Fantastic!! HE was particularly well when he introduced Senta to the Dutchman.
James Morris as the Dutchman also had a rather impressive entrance. He clearly preserved the voice in the monologue. The absence of drama in his voice, and his scenic movements were almost never convincing. This monologue, along with the previous entrance of Salminen made me think that my choice had not been very intelligent. But what a positive evolution after the monologue…The dialogues with Senta and Daland was vocally strong and credible. At the end, we heard his voice at its most perfect tone combining an impressive interpretative capacity, quite different from the monologue.
Klaus Florian Vogt is simply superb! His voice is so clear and so profoundly beautiful! My opinion that he was not a very good actor (example from the Lohengrin performance in Baden-Baden) was changed with this performance.
Adrianne Pieczonka was an outstanding Senta in her role debut. She will sing this part in Vienna in February, also with Schneider conducting. I only knew her voice from the Simon Boccanegra transmission of the Met with Placido Domingo and I was already very touched by its qualities. A fantastic actress - the way she drops the pearl necklace that Daland puts in her hand when he introduces her to the Dutchman (arm to the back and eyes forward, gazing the floor) says it all – she accepts the Dutchman not because of money, but because of love, for the redemption. There is no sign of superiority in her deliverance. Vocally perfect: great dynamics, dramatic sound, strong high notes, over the Orchestra sound. I felt like wanting to listen to her as Sieglinde and Isolde.
Marie-Ange Todorovich was a perfect Mary and Bernard Richter a very good Steuermann.
In summary, there was a crescendo in this Der Fliegende Holländer, culminating in a profound dramatic ending. The sets were perfect from the start, the interpretation fantastic after the Dutchman's monologue, and the cast of Wagner experts was superb (the age of each of the singers matched the role they were impersonating.
I believe this was the start of a great operatic season 2010 – 2011.
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Caro wagner_fanatic,
ResponderEliminarObrigado por este emotivo relato de uma experiência musical que deverá ter sido marcante!
Hoje inicia-se uma nova era no blogue "Fanáticos da Ópera", o comentário em inglês! Felicito-o pela capacidade, pela coragem e por escrever num inglês que penso ser facilmente compreensível para todos. Talvez os que o usam como lingua materna encontrem pontos menos fluentes, mas estou verdadeiramente "esmagado"!
Muito obrigado e bem haja!
Just for fun I will also try to write in "my" english what I have just written in portuguese:
Dear wagner_fanatic:
Thank you for this emotional review of a musical experience that seems to have been a landmark.
Today a new era in the blog "Opera Fanatics" has started, the review in english! I congratulate you for the ability and courage to write in an english that I think will be easily understood by all. Maybe the native speakers might find less smooth parts, but I am truly smashed!
Thank you very much!
So be it - I shall write in 'my' English as well.
ResponderEliminarDear wagner_fanatic,
It is most interesting to observe how a singer like Mrs Pieczonka has such a vast repertoire range. It seems she can sing everything from the Italian bel canto to Shostakovitch - and quite well.
The mis-en-scène seems to be very original.
What do you think of this rendition by Fischer-Dieskau? http://www.youtube.com/watch?v=aRdmZ7mc1BE
And what about this????? http://www.youtube.com/watch?v=5qzV0e1K9v8
Caro Plácido Zacarias,
ResponderEliminarNão interprete mal o que vou dizer:
O facto de irmos tentar colocar as nossas críticas em inglês prende-se com o facto da intenção de internacionalizar um pouco mais o blog e partilhar as nossas experiência com outros que não sabem a nossa língua. Não é um qualquer capricho de superioridade da nossa parte.
Aprecio o seu comentário em (excelente) inglês mas não se sinta inibido em escrever no nosso bom português. Os seus comentários são altamente valorizados e considero-o como o 4º elemento deste blog, se me faço compreender.
Fischer-Dieskau é realmente fenomenal. Eu aprecio muito o seu timbre. É mais uma daquelas vozes que se conhecem em qualquer parte do mundo ao se escutar um pouco. Aventurou-se em alguns papeis wagnerianos que talvez não fossem tão adequados à sua voz, como por exemplo o Hans Sachs que podemos escutar na gravação da DG ou até mesmo o seu Wotan na gravação de Karajan do Ouro do Reno. Este seu exemplo do youtube do Holandês é outro exemplo disso. Quem gosta ouve e aprecia (o mesmo de Domingo como Simão ou Rigoletto) mas há quem possa querer uma voz menos leve nestes papéis. Eu não me sinto incomodado de o ouvir nestes papéis e destaco-lhe o final de A Valquíria numa antiga compilação da EMI - Les Introuvables du Ring - em que Dieskau nos dá uma interpretação tocante.
Em relação ao Ouro do Reno no MET parece que houve alguns problemas técnicos para o final. Contudo penso que, no geral, temos uma produção clássica/tradicional mas com tecnologia avançada que permite engrandecer esta obra sem a tornar incoerente. Esperemos por dia 16 de Outubro na Gulbenkian e... comentário neste blog :)
Cumprimentos musicais.
E sim... Pieczonka parece vir a poder dar-nos muitos mais bons momentos musicais no futuro. Como disse na crítica, estou ansioso por que cante uma Sieglinde ou uma Isolda.
ResponderEliminarCumprimentos musicais.
Assim sendo, é-me mais prático escrever na nossa língua. E deixe-me dizer-lhe que da vista de olhos que dei ao seu inglês, vi um texto muito bem escrito.
ResponderEliminarQuanto ao F-Dieskau, a pesar de não ter muita experiência (na realidade, não ter quase nenhuma) com o Holandês, dá-me a ideia que a voz mais leve até assenta no homem polido pelos anos castigado a navegar no mar. Mas de facto, entre pãos e pões há muitas opiniães.
Hasta-PZ