sábado, 28 de agosto de 2010

Balanço final da Temporada 2009-2010, por FanáticoUm

Terminada a temporada de ópera 2009-2010 deixo aqui algumas notas sobre o que considerei mais relevante, de entre o muito que tive oportunidade de ver e ouvir. Todas as apreciações e comentários feitos em tempo poderão ser facilmente localizados recorrendo ao "Pesquisar neste blogue” pelo que aqui apenas colocarei ligações directas em casos muito excepcionais.

Os Melhores espectáculos de Ópera
Foram muitos aqueles que me deixaram excelentes memórias. Saliento, de entre eles,
Turandot , La Bohème, Hamlet e Simon Boccanegra em Nova Iorque, Götterdämerung em São Carlos, Rigoletto e La Sonnambula em Viena e Carmen, Don Carlo, Manon e Salome em Londres.

Antonio Pappano foi o Maestro que se destacou e das Orquestras foram excelentes as da Royal Opera de Londres, do MET de Nova Iorque e da Staarsoper de Viena.

Os Superlativos
No cômputo final e tendo em consideração a encenação, o maestro, a orquestra e os intérpretes, as óperas mais memoráveis foram:
Don Carlo na Royal Opera, Londres,
Salome na Royal Opera, Londres e, sobretudo,
Manon na Royal Opera, Londres (a melhor ópera da temporada a que assisti)!

(Anna Netrebko e Vittorio Grigolo em Manon, Royal Opera, Londres)

Os Cantores inesquecíveis
Também tive a sorte de ver e ouvir muitas interpretações excepcionais. De entre elas destaco:
Nina Stemme como Isolda e Ariadne, Anna Netrebko como Mimi e Manon, Patrizia Ciofi como Gilda, Angela Gheorghiu como Violetta, Natalie Dessay como Amina,
Luciana D’Íntino como Azucena, Elina Garanca como Carmen,
Juan Diego Flórez como Elvino, Piotr Beczala como Rodolfo, Jonas Kaufmann como Carlos, Vittorio Grigolo como Des Grieux, Joseph Calleja como Gabriele Adorno,
Simon Keenlyside como Rodrigo e Hamlet, Dmitri Hvorostovsky como Rigoletto, Plácido Domingo como Simon Boccanegra e
Ferrucio Furlanetto como Filipe II e Fiesco.

As Revelações
Foram várias (cantores que nunca tinha visto ao vivo), das quais assinalo Stefan Vinke como Sigfried, Maija Kovalevska como Liu, Alexei Tanovitsky como Príncipe Gremin, Vitorio Griggolo como Des Grieux, Gehrard Siegel como Herodes e Johan Reuter como Jokanaan.

(Salome, Royal Opera, Londres)

As Grandes Desilusões
Foram algumas e não merecem que perca muita tempo com elas. O Idomeneo Rei de Creta em Bruxelas, o Trovador em Barcelona, o Attila em Nova Iorque, as Bodas de Fígaro e o Morcego no São Carlos, foram para esquecer.
Houve também cantores e maestros que me surpreenderam pela negativa, mas não vou voltar a eles agora, dado que os referi anteriormente e, neste momento, pretendo recordar apenas o bom.
Deixo mais um apontamento de preocupação relativo ao nosso teatro nacional de ópera. Estamos a poucos dias do início da temporada 2010-2011 em muitos teatros (e também na Gulbenkian) e ainda nem se conhece a programação do São Carlos.

A Não Perder
A concluir e como nos grandes teatros de ópera as mesmas produções são periodicamente trazidas à cena, os espectáculos que considero absolutamente a não perder são La Bohème (Nova Iorque, Viena ou Londres) e as produções londrinas da Carmen, Don Carlo, Manon e Salome.

De entre elas, na próxima temporada de 2010-2011 estarão em cena La Bohème (Viena e Nova Iorque) e o Don Carlo (em Nova Iorque, mas é a mesma produção de Londres e acessível no MET Live).


(Ferrucio Furlanetto e Simon Keenlyside em Don Carlo, Royal Opera, Londres)


Brevemente teremos o balanço da temporada pelo wagner_fanatic e pelo FanáticoDois.

Votos de Bons Espectáculos na próxima temporada!!

4 comentários:

  1. Caro FanaticoUm,

    Vimos em conjunto algumas produções mas outras não e não vou comentar aqui o que no fundo irei comentar no meu balanço da temporada mas não queria deixar de referir que, olhando para trás no tempo, foram grandes nomes e, na maioria, grandes récitas.

    Da vasta lista, gostaria de ter assistido à La Bohème com Netrebko e ao Boccanegra de Domingo em Nova Iorque, bem como a essa dupla Rigoletto e La Sonnambula em Viena.

    Votos de boa Temporada 2010-2011!

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  2. Caro wagner_fanatic,
    Realmente foi uma temporada de luxo a que assisti, mas penso que a sua não será inferior. Aguardo os seus sempre muito apreciados comentários. De todas as récitas que refere que gostaria de ter assistido, acho que lhe ficariam excelentes recordações. Nesse grupo que refere não inclui a Salome. Devo dizer-lhe que hesitei entre esta representação na Royal Opera e a da Manon para escolher a melhor do ano, mas a avassaladora interpretação da Netrebko na Manon tornou a escolha fácil.
    E, apesar de tantos espectáculos fabulosos por esse mundo fora, Covent Garden continua a ser o topo do mundo!

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  3. Tinha visto a Nina Stemme no Tristão e Isolda? Já não me lembrava... Mas olhe, foi decerto magia musical.
    E se fizéssemos um abaixo-assinado num post próprio e mandar por e-mail para o S. Carlos a dizer ao André para se despachar e fazer uma boa temporada?

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  4. Caro Plácido,
    Ouvir Nina Stemme ao vivo como Isolda é uma experiência única. Como escrevi no comentário do post do wagner_fanatic sobre este Tristão e Isolda de Londres acho que, actualmente, Nina Stemme não tem rival.
    Há registos de cantoras inesquecíveis como a Kirsten Flagstad, a Birgit Nilsson e a Astrid Varnay (curiosamente, tal como Stemme, todas cantoras escandinavas), mas no activo cada vez há menos sopranos wagnerianos capazes de nos surpreenderem.
    A temporada do São Carlos estará feita, mas...

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