(review in English below)
A Tosca de G Puccini voltou a ser posta em cena na Metropolitan Opera de Nova Iorque, na magnífica e sumptuosa produção de David McVicar que, depois da curta e muito má recepção da anterior encenação desta ópera (da autoria de Luc Bondy, muito feia e um perfeito exemplo do eurotrash que, por estes lados, não é nada apreciado) mostrou ser capaz de fazer uma abordagem clássica com a mesma qualidade de outras mais modernas que tem assinado.
A soprano Aleksandra Kurzak foi uma Tosca magnífica, tanto na representação cénica como vocal. Tem uma voz muito bonita, agudos seguros e não forçados e ouve-se sempre sobre a orquestra. Foi, de longe, a melhor da noite.
O tenor Michael Fabiano cumpriu o papel de Cavaradossi sem grande brilho vocal. Em cena esteve bem, mas a emissão foi por vezes irregular e tem um timbre algo agreste.
O Scarpia do barítono George Gagnidze foi muito ajudado pela encenação mas o cantor foi muito estático, algo monocórdico, pouco emotivo e sempre que a orquestra tocava mais alto, deixava de se ouvir.
Nos papéis secundários, com interpretações correctas mas sem impressionar, estiveram Kevin Short (Cesare Angelotti), Patrick Carfizzi (Sacristão), Rodell Rosel (Spoletta), Christopher Job (Sciarrone) e Paul Corona (carcereiro). O pastor jovem foi Davida Dayle.
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TOSCA, METROpolitan OPERA, New York, October / October 2022
G Puccini's Tosca was revived at the Metropolitan Opera in New York, in the magnificent and sumptuous production of David McVicar who, after the short and very bad reception of the previous staging of this opera (by Luc Bondy, very ugly and a perfect example of the eurotrash that, in these geographic areas, is not appreciated at all) has shown to be able to make a classic approach with the same quality as the more modern ones he has signed.
Conductor Carlo Rizzi directed the Orchestra (which, surprisingly, was not without faults, especially in the metals). The Choir was excellent.
Soprano Aleksandra Kurzak was a magnificent Tosca, both on stage and vocal representation. She has a very beautiful voice, steady and unforced highs and we always hear her over the orchestra. She was by far the best of the night.
Tenor Michael Fabiano interpreted the role of Cavaradossi without great vocal brilliance. On stage he was fine, but the singing was sometimes irregular and has a somewhat harsh tone.
Baritone George Gagnidze's Scarpia was greatly helped by the staging, but the singer was very static, somewhat monotonous, not very emotional and whenever the orchestra played louder, he stopped being heard.
In the supporting roles, with correct but unimpressive performances, were Kevin Short (Cesare Angelotti), Patrick Carfizzi (Sacristan), Rodell Rosel (Spoletta), Christopher Job (Sciarrone) and Paul Corona (gaoler). The young sheppard was Davida Dayle.
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