terça-feira, 4 de outubro de 2011

Sansão e Dalila / Samson et Dalila, Coliseu, Porto, Setembro de 2011


(in English below)


Sansão e Dalila (Samson et Dalila) é uma ópera de Camille Saint-Saëns com libreto de Ferdinand Lemaire baseada no relato bíblico de Sansão e Dalila, capítulo 13 do Livro dos Juízes do Velho Testamento.
Como refere o texto do Coliseu do Porto, “É a história de um homem que foi forte o suficiente para derrotar os inimigos de Israel, os filisteus, mas não o suficiente para resistir à malícia de uma mulher”.


Numa praça perto do templo de Dagom, Gaza, os hebreus pedem a Jeová que os liberte da opressão dos filisteus. Sansão encoraja-os a não perderem a fé e resistirem. Surge Abimeleque, o governador dos filisteus, diz-lhes que foram abandonados pelo seu Deus, luta com Sansão desarmado mas este mata-o. Temendo o que se seguirá, os hebreus fogem e abandonam Sansão. O sumo-sacerdote de Dagom amaldiçoa a força de Sansão e decide utilizar Dalila para vencê-la.
Dalila surge do templo e tenta seduzir Sansão, ajudada por outras sacerdotisas. Um ancião hebreu alerta Sansão, em vão, para os perigos de se deixar seduzir por Dalila.
No vale de Sorek, Sansão está com Dalila. Chega o sumo-sacerdote que confirma que os hebreus derrotaram os filisteus. Oferece ouro a Dalila pela captura de Sansão mas ela recusa porque apenas se quer vingar, por lealdade aos seus deuses e ódio aos hebreus. Jura descobrir o segredo da sua força sobrenatural.
Depois de uma longa cena de sedução, Sansão afirma o seu amor por Dalila e revela-lhe o segredo. A força está nos cabelos. Ela chama os soldados filisteus que o prendem e cegam. Em Gaza, Sansão, preso e com remorsos por ter traído o povo hebreu que continua em sofrimento às mãos dos filisteus, oferece a sua vida. É levado por um rapaz para o templo de Dagom para uma cerimónia sacrificial comemorativa da vitória dos filisteus. É ridicularizado por todos, incluindo Dalila. Diz ao rapaz que o leve para o local onde estão os dois pilares principais do templo. Pede a Deus para lhe restituir a força e derruba os pilares que, com todo o templo, caem sobre ele e todos os inimigos.


A ópera encerra partes musicais de grande beleza e contém momentos muito conhecidos, entre eles o bacanal no 3º acto e as árias de Dalila Printemps qui commence e Mon coeur s’ouvre à ta voix. Confesso que a última foi uma das árias que, pela sua beleza, mais me marcou na minha juventude iniciática na ópera. As duas grandes referências para mim continuam a ser Maria Callas e Marilyn Horne.

A encenação de Giulio Cibatti foi interessante e adequada ao período de mais austeridade que vivemos. Simples mas eficaz. Teve apenas um momento de perplexidade para mim, o início do 2º acto com uma bailarina com uma coreografia bizarra logo no início, enquanto Dalila cantava. Já a cena do bacanal, no 3º acto, teve uma abordagem interessante, também recorrendo à bailarina, aqui dançando de forma mais expectável para o momento, apoiada cenicamente pelos elementos do coro.


 A direcção musical de José Ferreira Lobo foi óptima e a Orquestra do Norte correspondeu plenamente, proporcionando-nos uma bela noite musical. E se a orquestra esteve muito bem, o Coro da Companhia de Ópera do Porto, apesar de conter poucos elementos, foi verdadeiramente impressionante!


Dalila foi interpretada pelo mezzo italiano Giovanna Lanza. Nunca tinha ouvido esta cantora e fiquei muito bem impressionado. O registo grave é poderoso, convincente e belo, mas também chega aos agudos com facilidade e sem perda de qualidade. A voz redonda e escura esteve perfeitamente adequada à personagem. A figura é compatível com uma Dalila sedutora, pelo menos vista do fundo da sala.


O tenor Carlos Guilherme esforçou-se por cantar um Sansão ao nível da “sua” Dalila. A voz é agradável, alcança os agudos com algum esforço mas com eficácia. O timbre é bonito e consegue transmitir emoção. Fisicamente não é o Sansão que imaginaríamos, mas cumpriu e fez-se ouvir muito bem, nunca foi abafado pela orquestra. Foi a sua melhor interpretação que presenciei.


O barítono italiano Federico Longhi de Giusti foi o sumo-sacerdote. Deu-nos uma boa interpretação em que a voz soou sempre forte e bem timbrada.

Pablo Atahualpa, barítono mexicano, foi um ancião hebreu que não destoou dos outros.

O baixo Bruno Pereira cantou o (pequeno) papel de Abimeleque. Foi o elo mais fraco dos solistas, facilmente “afogado” pela orquestra.

(o fantástico coro da Companhia de Ópera do Norte)

Assisti a um belo espectáculo de ópera no Coliseu do Porto que, infelizmente, tinha alguns lugares vagos. É pena porque estas manifestações artísticas não abundam no país.


A acústica da sala não é das melhores, mas a minha nota negativa vai para o facto de muitos espectadores chegarem atrasados, já depois do começo do espectáculo, e continuarem a sentar-se e serem sentados pelo pessoal do Coliseu (o que ainda é mais grave), perturbando os artistas, o espectáculo e os outros espectadores, sobretudo porque tanto o soalho como as cadeiras são particularmente ruidosas.

Seria muito bom que os responsáveis pelo Teatro de São Carlos olhassem para espectáculos como este.

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Samson et Dalila, Coliseum, Oporto, September 2011

Samson et Dalila is an opera by Camille Saint-Saëns with libretto by Ferdinand Lemaire based on a report (from the Bible) of Samson and Delilah, Chapter 13 of the Book of Judges in the Old Testament.
As mentioned in the text of Oporto Coliseum, "is the story of a man who was strong enough to defeat Israel's enemies, the Philistines, but not enough to resist the malice of a woman”.

In a square near the temple of Dagon, Gaza, the Hebrews pray to Jehovah to free them from the oppression of the Philistines. Samson encourages them not to lose faith and resist. Abimelech, the governor of the Philistines, appears and tells them that they were abandoned by their God. Samson fights unarmed with him and kills him. Fearing what follows, the Hebrews flee and abandon Samson. The High Priest of Dagon curses the strenght of Samson and decides to use Delilah to defeat him.
Delilah arrives from the temple and tries to seduce Samson, helped by other priestesses. An old Hebrew man warns Samson, in vain, to the dangers to be seduced by Delilah.
In the valley of Sorek, Delilah is with Samson The high priest arrives and confirms that the Hebrews defeated the Philistines. he offers Delilah gold for the capture of Samson but she refuses because she only wants revenge, by loyalty to her gods and hate of Jews. She swears to discover the secret of his supernatural power.

After a long scene of seduction, Samson expresses his love for Delilah and reveals his secret. The strength is in his hair. She calls the Philistine soldiers who imprison and blind him. In Gaza, Samson is arrested and with remorse for having betrayed the Jewish people which is still suffering at the hands of the Philistines. He offers his life. He is led by a boy to the temple of Dagon for a sacrificial ceremony commemorating the victory of the Philistines. He is ridiculed by everyone, including Delilah. He asks the boy to take him to the place where the two main pillars of the temple are. He prays to God to restore to him the strength. He topples the pillars that, with the whole temple, fall upon him and all enemies.

The opera is full of beautiful musical moments and contains well-known musical parts, among them, the orgy in the 3rd act, and the arias and Delilah Printemps qui commence and Mon coeur s'ouvre à ta voix . I confess that the latter was one of the arias that more impressed me in my initiation at the opera. The two major references for me to continue to be Maria Callas and Marilyn Horne.

The staging of Giulio Cibatti was interesting and adequate for the moment we live in austerity. It was simple but effective. It just had one moment of perplexity to me, the beginning of the 2nd act by a dancer with a bizarre choreography while Delilah was singing. As for the orgy scene in the 3rd act, the approach was interesting, also using the dancer, here in a more expected perfromance for the moment, artistically supported by the elements of the choir.

The musical direction of José Ferreira Lobo was great and the Orquestra do Norte responded fully, giving us a beautiful musical evening. And if the orchestra did very well, the Coro da Companhia de Ópera do Porto, despite containing few elements, was truly impressive!

Delilah was interpreted by the Italian mezzo Giovanna Lanza. I had never heard this singer and I was very impressed. The low register is powerful and beautiful, and the singer reaches top notes with ease and identical good quality. Her dark and round voice was perfectly suited to the character. The figure is also compatible with a seductive Delilah, at least as seen the back of the room.

Tenor Carlos Guilherme endeavored to sing a Samson to the level of "his" Delilah. The voice is pleasant, he reaches the top notes with some effort but effectively. The timbre is nice and he sings with emotion. Fisically he is not the Samnon one could expect but he did very well and he was well heard, never being obscured by the orchestra. It was one of his finest performances I have seen.

Italian baritone Federico Longhi de Giusti was the High Priest. He gave us a good performance in which the voice was always strong and with a nice timbre.

Pablo Atahualpa, Mexican baritone, was an elder Hebrew who was an at the same performance level as the others.

The bass Bruno Pereira sang the (small) role of Abimeleque. It was the weakest link of the soloists, easily "drowned" by the orchestra.

It was a beautiful opera performance at the Coliseum of Oporto, which unfortunately, had some vacant seats. It is a pity because these kind of artistic musical are not that frequent in our country.

The acoustics of the room is not great, but my negative comment goes to the fact that many elements of the public arrived late, after the beginning of the performance, and continued to sit and to be seated (which is even worse) by the staff of the Coliseum, disturbing the performers, the performance and the other members of the public. Furthermore, both the floor and the chairs are particularly noisy.

It would be important that those responsible for Teatro de São Carlos (the official opera house of Portugal) would pay attention to performances like this.

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18 comentários:

  1. Que surpresa agradável! Por falar em Porto, soube alguma coisa do mini-anel do nibelungo que iam fazer na casa da música?

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  2. Caro Plácido,
    Esta ópera foi, de facto uma agradável surpresa. Penso que o Porto vai passar a constar do meu roteiro operático.
    O mini-anel que refere já foi apresentado. Li crítias favoráveis. Contudo, não fui porque foi amputado de várias partes (para mim o Anel é uno e não compatível com cortes) e a orquestra foi, também ela, reduzida.

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  3. Caro FanaticoUm

    Ainda bem que gostou. Que estranho tere deixado entrar pessoas depois do início do espectáculo...
    Por curiosidade, a cantora Carmen Matos que interpretou Fiordiligi no Così fan tutte de Portalegre, fez parte do coro desta produção.

    Cumprimentos

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  4. Absolutamente de acordo, como não poderia deixar de ser.

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  5. A má acústica parece ser um dos problemas dos coliseus...

    Ainda bem que foi um espectáculo que considera de nível acima da média. Eu, pessoalmente, continuo a ter alguma dificuldade em simpatizar com a voz de Carlos Guilherme, embora reconheça o bom artista que é.

    O seu último parágrafo é forte, FanaticoUm...

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  6. @ Alberto,
    Gostei muito e o coro foi excelente!

    @Hugo,
    Obrigado pelo comentário. Fico feliz por concordar com o que escrevi, pois também viu a mesma récita do que eu e um comentário vindo de quem tem o seu nível de conhecimentos é sempre "de peso".

    @wagner_fanatic,
    Tenho muita pena que este espectáculo não descesse até Lisboa para algumas récitas. Teve uma qualidade muito acima da mediania, sobretudo devido à orquestra e às vozes. O coro, fantástico e a maioria dos solistas esteve também muito bem. O Carlos Guilherme teve, como referi, a melhor interpretação das que lhe ouvi.
    Foi uma récita claramente superior à maioria das que vi no ano passado em São Carlos, razão pela qual escrevi a última frase.

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  7. Caríssimos,

    Como tenor do coro, agradeço as vossas palavras simpáticas e fico muito contente por terem gostado da(s) récita(s). Gostava muito que houvessem mais, em Lisboa e noutros locais, mas infelizmente este país deriva em redor do futebol e "casas dos degredos". Para estes, há sempre público em barda.

    Abraço,
    Rui Luís

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  8. Tem toda a razão, Rui Luís!! O grande projecto para a Ópera, a nível nacional, deverá ser a sua elevação a um estatuto de "normalidade"!!

    Obrigado pelo comentário, felicidades para a sua carreira e vá passando por aqui.

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  9. @ Rui Luís,
    Em si felicito o Coro da Companhia de Ópera do Porto. Tiveram um desempenho fantástico, como escrevi no texto, apesar de serem poucos. Estão todos de parabéns, maestro incluído, claro. Tenho pena que esta produção não tenha "descido" até Lisboa.
    Como já aqui escrevi anteriormente, é possível em Portugal (mesmo em período de grandes dificuldades) ter bons espectáculos de ópera, assim se dêem oportunidade aos portugueses competentes e com mérito. O vosso coro é, claramente, um exemplo.
    Cumprimentos musicais de um lisoeta que voltará ao Porto para ver e ouvir ópera de qualidade sempre que possível.

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  10. Não quero crer que a ópera levada à cena no passado dia 1 de Outubro, no Coliseu Do Porto, se possa considerar um trabalho bem feito. De facto, nem tudo foi mau. A Orquestra do Porto demonstrou ter estado muito acima do desastre do cenário,da luz, do guarda-roupa, da encenação... No primeiro acto só reconheceu Sansão quem conhecia já ópera. Houve pessoas a entrar em cena com botas "gore-tex", casaco e calças! O próprio Sansão subiu ao palco de fato e gravata! Todo o primeiro acto foi uma miséria. Não havia nada que indicasse o espaço físico e temporal da acção! Se aquilo era Gaza, não sei... Tudo muito escuro, não havia dia nem noite. Apenas um azul manhoso que juntamente com o cenário de resto se manteve praticamente inalterado nos 3 actos! Os coros, apesar de pouco numerosos, estiveram razoavelmente bem. No segundo acto, os diálogos correm de feição a Dalila, não houve contudo, verdadeira sedução... Tudo muito frio, distante... Sei que por convenção da Grand opéra francesa é necessária a inclusão de bailados nesta ópera. Contudo, os deliberados espasmos de Francesca Zacaria (bailarina), neste acto em específico, foram "exagerados" se não mesmo "dispensáveis". Já a sua performance na orgia do 3º acto foi muito agradável e coadunou-se com a cena. Terceiro e último acto. Ninguém diria que Sansão estava cego... Excepcionalmente, neste acto, talvez por força do próprio libreto (que assim o obrigava) foi dada ao cenário uma maior relevância. As colunas de alegado mármore foram derrubadas por Sansão e houve algum verdadeiro espectáculo (emoção). Em termos cénicos, a meu ver, este foi o melhor acto. Em relação à acústica do coliseu, pessoalmente não me causou urticaria. Considero que a acústica de uma sala se mede mais pelo seu público do que pela sua construção. Se houver ruído de fundo perde-se qualidade sonora. Seja em que sala for. Não gostei por isso que houvesse pessoas a entrar ou a falar durante a ópera. Não quero ofender ninguém com esta crítica. Tão-somente, dizer o que penso. Não tenho formação musical e não reclamo para mim qualquer legitimidade que não seja a de puro espectador. Talvez o problema se prenda com as minhas expectativas para com esta ópera que me é especialmente querida, ou talvez para com as referências que tenho. Um bem-haja a este blogue!

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  11. Caro Eugénio,
    Obrigado pelo seu contributo. Neste blogue todos são livres de expressar as suas opiniões, ainda que não concordantes. O que não queremos, de todo, é ofender ninguém. Queremos que este seja um espaço de lazer e não um campo de batalha. Não considero o seu texto ofensivo. Referir educadamente que não se gostou de algo é salutar e não uma ofensa. Nós próprios já o fizemos varias vezes anteriormente e, apesar de nem sempre essas opiniões terem sido recebidas com a tranquilidade que desejaríamos, nunca houve insultos gratuitos (também não seriam publicados).
    Mais uma vez, obrigado pelo seu texto e volte sempre.

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  12. Gentilissimo FanaticoUm,
    desidero ringraziarla sinceramente per le sue parole di elogio nei miei confronti e apprezzo particolarmente il suo modo di analizzare lo spettacolo.Ho notato che ha tenuto conto anche del "clima di austerità" che stiamo vivendo e che si riflette ovviamente anche nelle espressione artistiche del nostro tempo.. Il Sansone è un'opera che fa tremare i polsi a qualsiasi cantante e sicuramente di non facile messa in scena, specie quando non si hanno mesi di prova a disposizione per preparare lo spettacolo. Ecco quindi che entrano in gioco la capacità,l'intelligenza, l'entusiasmo e l'amore per il proprio lavoro, come è stato dimostrato da tutte le persone impegnate nella realizzazione di questo spettacolo (dote non ultima la resistenza fisica di noi cantanti sottoposti a un "tour de force" concentrato e senza giorni di riposo). Il risultato è stato apprezzato dal pubblico a giudicare dagli applausi sia della prima che della seconda recita. E' chiaro che non si può piacere a tutti e forse non tutti hanno la sensibilità o forse solo l'obiettività di andare oltre l'aspetto estetico di questo nostro modo di tradurre l'opera, che da sempre è stata stimolo di riflessione sui conflitti narrati,in questo caso tra eros e spiritualità.
    La ringrazio ancora e spero di incontrarla personalmente in altre occasioni.Cordialmente
    Giovanna Lanza

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  13. Tentei pubilcar este comentario varias vezes mas houve cualquer problema e ficou perdido na "net"

    Dizia que estive no Porto no verao, num hotel muito perto do coliseu. Achei que as obras iam durar mais. Fico contente con a informaçao de que na cidade ha uma temporada de ópera e esta dentro do possivel asistir alguma recita ja que o Porto fica mas perto da minha casa que Lisboa ou ate mesmo Madrid.

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  14. Dizia qu etive no Porto no verao, num hotel muito perto do coliseu. Achei que as obras iam durar mais. Fico contente con a informaçao de que na cidade ha uma temporada de ópera e esta dentro do possivel asistir alguma recita ja que o Porto fica mas perto da minha casa que Lisboa ou ate mesmo Madrid.

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  15. Senhora Giovanna Lanza,
    Que agradável e inesperada surpresa ler um comentário seu neste blogue. Felicito-a vivamente pelos excelentes momentos de prazer musical que nos proporcionou na sua interpretação magnífica de Dalila. Sou de Lisboa e tenho pena que esta ópera não tivesse "descido" à capital. Estou certo que o público do sul iria apreciar muito a sua voz!
    Creio que irá cantar uma Carmen no Porto em Novembro. Se assim for, apesar de ser de Lisboa, como referi, lá estarei pois seguramente que darei a viagem e deslocação como um bom investimento.
    Mais uma vez muitos parabéns e muito obrigado!

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  16. Caro AdMiles,
    Se houve um problema na Net para publicar o seu comentário, ele agora está duas vezes para compensar!:-).
    Foi uma surpresa muito agradável para mim esta ópera no Porto. Nesta cidade há uma companhia de ópera que tem fama e, se os próximos espectáculos forem como este, valerá a pena ir lá. Eu, pelo menos, tentarei fazê-lo.
    Fico sempre surpreendido com a qualidade do seu português!!
    Cumprimentos musicais

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  17. Caro FanaticoUm,

    fiquei igualmente sensibilizado pelo testemunho lúcido da Signora Lanza, principalmente, considerando os predicados dramatico-vocais exibidos em palco, cujo impacto, estou em crer, tenha produzido um efeito minimamente significativo no seio do público.

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  18. Caro Hugo,

    É verdade, nunca imaginei que a Senhora Lanza lesse este blogue e, muito menos, nele escrevesse algo. Também achei que ela tem toda a razão no que escreveu e foi muito gentil em fazê-lo. Seguramente que, como refere, impressionou positivamente o público também na récita do dia seguinte ao que eu assisti.

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