segunda-feira, 4 de outubro de 2010

DONA BRANCA (DONNA BIANCA) – Teatro de São Carlos, Lisboa, Outubro de 2010



Transitada do ano anterior, o início da presente temporada operática do São Carlos deu-se com a ópera Dona Branca (Donna Bianca) de Alfredo Keil, em versão concerto, cantada em italiano. Costumo fazer um pequeno resumo do libretto mas não o farei hoje porque este pode ler-se com grande pormenor no blogue "Opera para Principiantes" que já citei algumas vezes e cuja leitura regular recomendo.

Também recomendo vivamente a leitura da apreciação de Hugo Santos nos comentários do mesmo “post”. É uma lição para todos, escrita numa prosa de uma elegância invulgar que nos esclarece e deleita e, para alguns como eu, mostra quão distantes estamos do conhecimento musical mais profundo.

Apesar de influenciado pelas leituras acima referidas, vou fazer o meu relato respeitante à récita a que assisti na tarde chuvosa e cinzenta de Domingo dia 3 de Outubro, data escolhida para homenagear o médico Mário Moreau, logo após o fim da récita, com a assinatura, em cena aberta, do termo de doação do seu riquíssimo espólio ao Teatro Nacional de São Carlos.

Logo que entrei na sala tive o primeiro embate negativo – a escassez de público presente. Os camarotes e as frisas estavam praticamente vazias e, na plateia, talvez nem metade dos lugares estivessem ocupados. Uma tristeza!

Não conhecia a obra e devo dizer que fiquei muito positivamente impressionado. A música tem partes de grande beleza, quer de notável sonoridade tímbrica, quer mais intimista, alternadas com outros trechos mais comuns (vulgares foi a primeira palavra que pensei, mas a conotação negativa leva-me a colocá-la em segunda opção). A audição foi muito agradável e senti que havia harmonia musical em toda a obra. É pena ser tão pouco conhecida.

Talvez o melhor da tarde tenha sido o maestro Johannes Stert que imprimiu vivacidade e emoção à interpretação. A Orquestra Sinfónica Portuguesa, com parte dos metais no camarote real, também esteve muito bem e, por isso, deu um contributo major para a boa música que se ouviu.



Mas os aspectos positivos, para mim, ficaram-se por aqui. Desta vez vou ser um pouco mais cáustico do que é o meu hábito, mas achei que presenciei uma série de comportamentos e interpretações que não fizeram justiça à obra de Keil.



As versões concerto são quase sempre inferiores às encenadas mas, frequentemente, com alguma movimentação em palco, poderão ser excelentes, como presenciei há poucos dias na Gulbenkian com o Cosi fan Tutte.

No caso da Dona Branca, infelizmente, tal não aconteceu. A versão encenada seria seguramente melhor (e acho que a merecíamos, como portugueses). O palco estava excessivamente elevado, Ao fundo estava o coro, a meio a orquestra e, à boca de cena, os solistas, que assim poderiam projectar as suas vozes em posição privilegiada.



Começando pelo Coro do Teatro Nacional de São Carlos, não esteve mal, mas a prestação foi longe da perfeição (e muitas intervenções eram de grande beleza musical). Sempre que se levantavam ou sentavam faziam barulho excessivo e, por vezes, alguns conversavam quando deveriam estar em silêncio.

Na orquestra, uma violoncelista abanava-se ocasionalmente com um leque e, inadvertidamente, tocava com o arco ou com o leque no violoncelo, produzindo um som que seguramente não estaria na partitura!

Dona Branca, Infanta de Portugal, foi interpretada pelo soprano lituano Ausrine Stundyte. Uma cantora possuidora de uma voz potente mas de timbre rude, com tendência para a estridência. Cumpriu sem brilho. No final da sua segunda área, foi um violetista que começou a aplaudir, o que arrastou alguns aplausos (poucos) do público.

Aben-Afan, Rei do Algarve, foi cantado pelo tenor britânico John Hudson. Foi seguro na interpretação vocal, o papel é exigente e a voz tem corpo e, em certos trechos, uma inegável beleza. Mas ver a sua interpretação foi uma experiência desconcertante. Nunca tirou os olhos da partitura enquanto cantava (!), foi atacado pela tosse pelo menos duas vezes e foi também vítima de uma crise de prurido que o levou a coçar-se por vezes em locais menos próprios.

Luís Rodrigues, barítono, fez Adaour, confidente de Aben-Afan. Esteve lá enquanto pode, mas revelou depois algumas dificuldades vocais para o grande papel que lhe foi atribuído e teve uma falha notória que tentou disfarçar, sem êxito.

A Fada foi cantada pelo mezzo Maria Luísa de Freitas. Uma voz agressiva, agora de timbre feio, com grandes dificuldades nos agudos. Que decepção, tendo em conta o que já lhe ouvi num passado não muito longínquo.

Nuno Dias, baixo, interpretou o Dom Paio Peres Correia sem qualquer brilho ou emoção e fez gala em fazer barulho a passar as folhas da partitura, por vezes com intensidade superior à da sua voz! Outra decepção.

Finalmente o tenor Musa Nkuna foi o Dom Nuno, também apagado e desinteressante. Já anteriormente referi que não é um tenor de que goste em particular e, apesar do seu pequeno papel, não mudo de opinião.

Um espectáculo que abriu a temporada em São Carlos, no qual os cantores não fizeram justiça a uma boa obra apresentada e sua interpretação pelo Maestro e Orquestra, apesar de um ou dois espectadores não terem poupado os Bravos! Ainda bem que nem todos gostamos do mesmo.

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14 comentários:

  1. Mais uma apreciação do espectáculo de hoje no Blogue Opera Lisboa de Placido Zacarias, um visitante habitual deste espaço.

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  2. Cá estou eu. Ontem escrevi um comentário. COmo o computador é estúpido, apagou-o e eu não tive paciência de o escrever de novo.
    Mas queria só dizer que não só a violoncelista solista se abanou: também uma violinista tinha o seu "instrumento". E a 1ª fazia imensos barulhos!
    O coro também foi barulhento; ao levantar-se, até arrastavam as cadeiras. Não os notei a falar - mas isso é uma vergonha!

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  3. eu tambem me apercebi do coro a conversar de vez em quando. Enfim. Ao menos os cantores estavam bem vestidos lolol :P

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  4. Estive presente na mesma récita e realmente é muito triste todo o ambiente que se vive em São Carlos. Um Teatro praticamente vazio para um momento que mais não fosse valer como de conhecimento de obra operática portuguesa.

    Concordo com a avaliação dos cantores por FanáticoUm. Luís Rodrigues em claro mau momento vocal, pouco elegante no registo mais agudo. Talvez de todos o mais interessante tenha sido John Hudson, com um aspecto e timbre vocal muito Ben Heppneriano mas sem as gaffes habituais deste.

    Os papéis menores sem deslumbrar.

    Chelsey Schill esteve em palco, mas cantou alguma coisa? Se cantou não reparei...

    A obra de Alfredo Keil é pouco interessante musicalmente até ao dueto do final do 2º acto. A partir deste e até ao fim temos linhas melódicas e sonoridades orquestrais de algum interesse e tocantes, mas a um nível claramente inferior a grandes génios musicais que o antecederam e seus contemporâneos. A versão em concerto também poderá não ter ajudado a revelar o verdadeiro valor da opera em si.

    É de valorizar estas iniciativas de divulgação e de promoção do que é nacional pelo TNSC. Porém, acredito que versões de concerto (não semiencenadas) não ajudam a esse fim. A ausência de uma Temporada forte e com óperas populares também não.

    Temos um Teatro que é o espelho do país, infelizmente - rumo confuso, escolhas não acertadas, ausência de valores.

    Cumprimentos musicais.

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  5. Penso que uma versão de concerto só deve utilizar-se em casos de absoluta segurança da qualidade vocal dos cantores. E ainda assim é de evitar. Barrete.

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  6. Eu fui à récita de dia 29 e constatei o mesmo facto - a sala às moscas: metade da plateia vazia e francamente dois terços das galerias sem gente. Igualmente, fiquei "aguado", tentando imaginar representação num espectáculo que a não teve.

    Quanto ao coro, não esteve mal, sim, mas os contraltos, quando ouvidos só por si, soavam bastante abaixo do suportável. No que respeita a menina Ausrine, tenho a dizer que gostei muito de a ouvir. Achei que dava uma Dona Branca bem dramática para o dramalhão que ali se vivia. Fiquei boquiaberto com essa do violetista... dia 29 não houve esse número de variedades, que horror!

    Reparei também, tal como o Fanático I, que o John Hudson não tirou os olhos da partitura. Deixou-me verde, mas, como vivo no Reino Unido, sei o que a casa gasta: é escola - já cantei em vários coros tanto aqui como noutros países e constatei que os britânicos têm uma dificuldade imensa em tirar os olhos do papel e dar expressão àquilo que estão a cantar.

    O Luís Rodrigues, com grande pena minha, foi muitíssimas vezes abafado pela orquestra. Algum descanso e mais técnica (porque nunca é tarde! - veja-se a Gruberova que está ali para durar) eram aconselháveis.

    Notas: eu daria mais à menina Ausrine: 15; e daria menos ao Hudson: 11 ou 12.

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  7. Caro Gus,
    Muito obrigado por este seu comentário enriquecedor tanto para quem quer saber mais sobre o que foi esta Dona Branca como para o blogue dos Fanáticos.
    Já nos fez outros relatos muito interessantes que, pelo menos a mim, me desperetam para coisas desconhecidas ou relegadas para um plano menor, o que tem sido óptimo.
    Apareça sempre e vá-nos contando o que de interessante se pode ir assistindo aí pelo Reino Unido.
    Cumprimentos musicais

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  8. Caríssimos,
    Realmente há coisas que não percebo!Devo ser de compreensão lenta!
    Como é que um instrumentista,ainda por cima solista,se abana com um leque,faz barulhos e consegue tocar???!!!E tudo isto ao mesmo tempo!!!!Deve ser um super instrumentista com três braços.
    Como esclarecimento devo dizer:
    1-Em todas as récitas não vi(e eu vejo tudo!)nehuma violoncelista com leque.
    2-Violoncelista SOLISTA com leque é pura invenção.
    3-Violoncelista solista com leque e a fazer barulho seria imediatamente repreendida(o) pelo Maestro.
    4-Infelizmente para nós,durante toda a Ópera o tempo para "abanos" é quase inexistente
    Só nos comentários já foi violoncelista,violoncelista solista e no último passou para violetista!!!!!???
    Também já li,noutro blog,disparates como "violinista da esquerda do quarteto de cordas"-o quarteto de cordas ,bem como a orquestra,são constituídos por primeiros e segundos violinos,logo,violino da esquerda ou da direita não esxiste-,"Martin André disse wake up para o solista violinista"-mais uma invenção e solista violinista tem a designação de Concertino.Isto são apenas dois pequenos exemplos dos muitos disparates que já foram escritos.Não se saber a constituição de uma orquestra,quais os lugares de solistas e que o primeiro violino é designado por Concertino,revela falta de cultura geral musical e tendências inventivas para afirmar algo que não aconteceu.É saudável e necessário que comentem e critiquem as produções a que assistem,para que nós ,intervenientes no espectáculo, possamos corrigir aquilo que possa estar mal e que nos escapou ,além de tentar melhorar a nossa performance,mas que o façam sem inventar situações que comprometem o profissionalismo de quem tenta ,em condições de trabalho extremamente difíceis,dar o melhor si para que o público não dê por mal empregue o tempo que ali passou connosco.
    Saudações Musicais

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  9. Caro Sr. José Mlinsky
    Fiquei a saber por um anterior comentário seu neste blogue que é instrumentista desta orquestra. Vamos então por partes:
    1- Referi, porque assim achei, que a Orquestra Sinfónica Portuguesa esteve muito bem e, por isso, deu um contributo major para a boa música que se ouviu (está escrito no meu texto acima). Na escala de fruição que sempre uso, atribuí-lhe 16 valores, a nota mais elevada que usei. Penso que fui justo e muito elogioso para com uma orquestra que, apesar das difíceis circunstâncias em que trabalha (que são do meu conhecimento) esteve muito bem.
    2- Lançou no seu comentário várias confusões que não foram feitas pelos membros deste blogue que, não sendo músicos profissionais, sabem música, os nomes dos instrumentos, reconhecem a sua posição na orquestra e, conceda-nos o benefício da dúvida, sabem o que é o Concertino! Por favor não veja confusão onde ela não existe!
    3- Eu, especificamente, que assisti à récita do passado Domingo dia 3, vi a violoncelista abanar-se com um leque e tocar, inadvertidamente, ora com o arco ora com o leque no violoncelo. Claro que a senhora se abanava quando não estava a tocar! Penso que dizer que se abanava enquanto tocava é risível. Admito que o Sr José Mlinsky não se tenha apercebido, mas se perguntar à sua colega se ela levou o leque e se abanou ou não, seguramente lho confirmará, porque foi o que aconteceu. Nós, da plateia, vimos!
    4- Também eu, especificamente, vi que, no final da segunda aria do soprano, foi o violetista que iniciou (e desencadeou) os aplausos, obviamente não batendo palmas com as mãos, mas fazendo o gesto habitual de aplauso com o arco. Acredito que também o não tenha visto, mas poderá igualmente confirmar se tenho ou não razão.
    5- Se tem lido o que tenho escrito ao longo destes meses (este blogue ainda nem um ano completou) penso que não me poderá acusar de não defender os músicos portugueses, quer instrumentistas, quer cantores. Podia dar-lhe aqui vários exemplos, mas seguramente os leu (e lá estão escritos). E, como também terá visto, tenho tido a sorte de ver e ouvir muito (e, frequentemente, muito bom) por esse mundo fora o que, inevitavelmente, obriga a comparações. E poderia ser muito mais duro, mas tenho-o evitado deliberadamente porque estou convicto que em Portugal temos gente capaz de fazer bem, assim se empenhem e lhes dêem as oportunidades…
    6- Peço-lhe que compreenda que, quando achamos que as coisas não correm bem ou são más, teremos que o dizer. Foi o que fiz neste meu texto em relação ao que me pareceu susceptível de melhoria. Criticar não é destruir, mas sim estimular, elogiando o bom e criticando o mau. É isso que procuramos fazer neste blogue, com toda a correcção pois, como está escrito logo na primeira página a propósito da moderação de comentários, pretendemos manter aqui um espaço de lazer e correcção para todos os que nos visitam. Desta premissa, não nos arredaremos.
    7- A terminar, agradeço o seu comentário, felicito-o, como instrumentista da OSP, por nos ter proporcionado uma boa actuação da orquestra (o melhor do espectáculo) repito, e esteja certo que nunca faremos crítica destrutiva gratuita neste espaço, mas também continuaremos a apontar o que não gostamos.
    Cumprimentos musicais.

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  10. Tal como Adaour ficou do lado de Aben-Afan no final desta ópera, também eu me revejo na resposta de FanáticoUm aos comentários do Sr. José Mlinsky.

    O nosso blog é espaço para comentários livres e moderados e esses encontram sempre página aberta. Não serve porém para exorcizar sentimentos em relação a coisas que se escrevem noutros blogs.

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  11. Caro FanaticoUm,

    Sem querer fazer disto uma discussão inútil por causa de abanicos e mal entendidos,diria o seguinte:

    -Não foi minha intenção causar qualquer confusão ou mau estar por ter mencionado os comentários de outros blogs e por isso aqui apresento as minhas desculpas.

    -Nunca me referi à crítica feita à prestação da OSP,que aliás foi muito bem feita,sendo minha opinião pessoal que o 16 é mais do que merecemos.

    -Sim ,perguntei á minha colega se utilizou o malvado leque e a resposta foi POSITIVA,mas barulho...tenham paciência,nunca fez.

    -Quanto ao violetista...não percebi nada!Julguei que também tinha usado leque!!!???

    Eu estudei muitos anos fora de Portugal,toquei em várias orquestras internacionais na Europa e "States",assisti a muitos espectáculos(muito bons e muiiiito maus!) e aprendi que,é enorme a ignorância e analfabetismo musical do nosso poder político e as comparações só são válidas quando as condições de trabalho(e não só!) são equivalentes.

    Nunca ,neste blog ,vi qualquer tipo de crítica destrutiva ou algo semelhante,e reafirmo que nós,como intervenientes no espectáculo,precisamos da vossa crítica.É um direito e um dever da vossa parte ,para que possamos evoluir.

    Por tudo isto,julgo que qualquer mal entendido ou afirmação menos feliz da minha parte,tenha ficado esclarecida.

    Caro wagner_fanatic,

    Para mim,o Adaour ,o Aben-Afan ou o Ali-Baba podem ficar todos juntos ou lado a lado,que me é completamente indiferente!

    O meus comentários não desrespeitaram nem pretenderam desrespreitar ninguém.Quando eu quiser,ou precisar de exorcizar alguma coisa,é claro que não o farei aqui!

    Saudações Musicais

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  12. Caro Sr José Mlinsky
    Penso que não vale a pena continuarmos com os abanicos e afins, como muito bem diz, apesar de distraírem os espectadores, por isso os referi. Mas, como pode confirmar, eu tinha razão no que afirmei porque vi e ouvi. Estou certo que no seu caso, ou por estar colocado numa posição que o não permitisse ver, ou por estar concentrado na execução instrumental, ou ambos, não tenha tido oportunidade de ver ou de reparar.
    Desta vez, como a orquestra estava no palco e não havia encenação, reparava-se mais nos instrumentistas, porque não havia mais nada de interessante para ver. É sempre um prazer observar os músicos a tocar e interagir (situação habitual nos espectáculos da Gulbenkian mas muito rara nos de ópera do São Carlos). Daí se terem notado estes pormenores (que penso desnecessários em palco) que, se existirem, não são visíveis quando a orquestra está no fosso.
    Também fica esclarecido que não foram os responsáveis deste blogue que fizeram aquelas confusões que relatou.
    Espero que hoje tenha contribuído para outro bom espectáculo.
    Apareça sempre que considerar oportuno e, repito, neste blogue nunca encontrará crítica destrutiva gratuita mas, quando considerarmos que as coisas não correm bem, cá estaremos a dar a nossa opinião.
    A terminar gostaria de referir que também eu tenho visto e ouvido muitas coisas muito más no estrangeiro, por vezes em locais totalmente inesperados e com responsabilidade de fazer muito melhor. O exemplo mais recente que me ocorre foi a ópera “Idomeneo Re di Creta” de Mozart em Bruxelas (se tiver curiosidade encontra a apreciação no blogue).
    Cumprimentos musicais e votos para que continuemos ambos, público e músicos do São Carlos, a apreciar os espectáculos vindouros, apesar de a temporada não entusiasmar nada…

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  13. Caro Sr. José Mlinsky,

    Também na minha profissão por vezes sinto o que refere em termos comparativos com outros países - condições de trabalho, apoio, reconhecimento...

    Procuro contudo fazer sempre o melhor com o que me dão e com o que tenho, o que acredito ser o que também faz, bem como os seus colegas da OSP.

    Não considerei o seu comentário desrespeitador mas, quem lê nota algum sentido de crítica mais agressiva. Ao incluir referencias a outros blogs que não o nosso, acabamos por nos sentir particularmente atingidos sem razão. Bem sei que, por vezes, a escrita é traiçoeira porque o que pretendemos dizer não está devidamente entoado e fica vulnerável a diversas interpretações por quem lê.

    Tudo o que quiser exorcizar referente à música no geral pode fazê-lo neste blog que será sempre uma mais valia. As dificuldades dos músicos portugueses também devem ser expostas e conhecidas por todos e esperamos que o nosso blog também sirva para tal.

    Sem qualquer ressentimento da minha parte. Espero que da sua também não.

    Cumprimentos musicais.

    PS - Eu que adoro comédia, deixe-me dizer (sem qualquer tipo de 2ª intenção no que escrevo) que aquela do Ali-Baba teve graça :)

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  14. Caros FanaticoUm e wagner_fanatic,

    É claro que não há ressentimentos.Afinal,nós remamos todos para o mesmo lado.
    Se a minha escrita,foi por vós entendida como agressiva,longe de mim tal intenção.
    Foi mais um desabafo,que "meteu" comentários de outros blogs e por isso peço mais uma vez desculpa.

    A temporada não é grande coisa, mas pelas notícias que tenho e com os cortes financeiros que se esperam,a próxima temporada será pior, se esta por milagre chegar ao fim.Espero que esteja completamente errado.

    Claro que vou aparecendo sempre que puder e escrevinhar qualquer coisa.

    O Ali-Baba foi inspiração momentânea e ainda bem que o wagner_fanatic...não se zangou!

    Saudações Musicais

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