quarta-feira, 6 de março de 2019

O CASTELO DO BARBA AZUL, METropolitan Opera, Nova Iorque / New York, Fevereiro / February 2019



(review in English below)

A Metropolitan Opera de Nova Iorque voltou a oferecer a ópera O Castelo do Barba Azul de Bela Bartók numa encenação magnífica de Mariusz Trelinsky.


O espectáculo tem um início escuro com um narrador de voz grave e penetrante no meio do crepitar dos troncos de árvores. O efeito é magnífico e coloca-nos de imediato no ambiente dramático e sinistro da ópera.



Judith decide ir viver com o Barba Azul porque o ama, apesar dos terríveis rumores que ouviu sobre ele. Fechada no seu castelo, pede-lhe para abrir as 7 portas que estão trancadas. Ele opõe-se mas, após sua insistência, o interior das salas vai-lhe sendo sucessivamente revelado: uma câmara de tortura, armas, um tesouro, um jardim, um reino. Judith vê sangue em tudo mas reafirma o seu amor. A sexta sala contem um mar de lágrimas. Finalmente na sétima estão as 3 primeiras mulheres do Barba Azul. Judith admite que o sangue que vê é o das mulheres que terão sido assassinadas e o lago é das suas lágrimas. Junta-se a elas e tudo fica na escuridão.



A direcção musical foi excelente, do maestro húngaro Henrik Nánási.



A ópera tem apenas dois cantores, Judith (soprano alemã Angela Denoke



e o Barba Azul (baixo-barítono canadiano Gerald Finley). 



Ambos tiveram boas interpretações, vocais e cénicas, mas ocasionalmente foram abafados pela orquestra.



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THE BLUEBEARD’S CASTLE, METropolitan Opera, New York, February 2019

The Metropolitan Opera of New York again offered the opera Bluebeard’s Castle by Bela Bartók in a magnificent staging of Mariusz Trelinsky.

The performance has a dark beginning with a low, penetrating narrator voice in the midst of the crackling of tree trunks. The effect is magnificent and puts us immediately in the dramatic and sinister atmosphere of the opera.

Judith decides to go live with the Bluebeard because she loves him, despite the terrible rumors she heard about him. Closed in her castle, she asks him to open the 7 doors that are locked. He opposes it but, after Judith's insistence, the interior of the rooms is being revealed successively: a torture chamber, weapons, a treasure, a garden, a kingdom. Judith sees blood in everything but reaffirms her love. The sixth room contains a sea of ​​tears. Finally in the seventh are the first 3 wives of the Bluebeard. Judith admits that the blood she sees is that of the women who have been murdered and the lake is her tears. She joins them and everything is in the dark.

The musical direction was excellent, by the Hungarian conductor Henrik Nánási.

The opera has only two singers, Judith (German soprano Angela Denoke) and Bluebeard (Canadian bass-baritone Gerald Finley). Both had good performances, vocal and on stage, but occasionally were drowned by the orchestra.

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