sábado, 24 de agosto de 2019

A FLAUTA MÁGICA / DIE ZAUBERFLÖTE , Opera Paris, Junho /June 2019


(text in English below)

Texto de camo_opera

Terminei a minha visita à Opéra de Paris com A Flauta Mágica. Mais uma récita de muita qualidade que sobressaiu pela homogeneidade do elenco e pela encenação.

(fotografias / Photos: Svetlana Loboff )


Esta última é a de Robert Carsen. Faz tudo bem feito numa modernização que transporta a ação para os nossos tempos no que respeita a decors e vestuário, mas que é intemporal. Depois com recursos a paneis onde se projetam vídeos e outras estruturas simples, cria o ambiente mágico e dramático da ópera de forma muito bem conseguida. Vale a pena ver.



A orquestra esteve também ela bem sob a direção de Henrik Nánási: bom ritmo e com todos os coloridos necessários.



O elenco foi muito equilibrado. Talvez a Rainha da Noite de Jodie Devos tenha ficado para trás porque não foi brilhante sobretudo na primeira ária. No Der Holle Rache esteve bem e, globalmente, foi uma boa Rainha. 


A Pamina de Vannina Santoni esteve bem: a voz é bonita e a técnica segura, tendo estado bem cenicamente. 



O Tamino de Julien Behr também foi bom: tem uma voz relativamente ligeira, mas de timbre agradável e com volume, pelo que foi adequado ao papel.



O Sarastro de Nicolas Testé esteve bem, assim como o Monastatos de Mathias Vidal. A Papagena de Chloé Briot foi agradável: gostei do timbre, mas o papel é pequeno. O destaque vai para o Papageno de Florian Sempey: excelente. Grande voz, grande capacidade cénica, muito boa interpretação. O melhor da récita!



THE MAGIC FLUTE, Opera Paris, June 2019

Camo_opera text

I finished my visit to the Opéra de Paris with The Magic Flute. Another performance of quality that stood out for the homogeneity of the cast and the staging.
The director is Robert Carsen. He does everything well done in a modernization that transports the action to our times regarding decors and clothing, but which is timeless. With features to the panels where videos and other simple structures are projected, he creates the magical and dramatic atmosphere of the opera in a very well done way. Worth seeing.
The orchestra was also well under the direction of Henrik Nánási: good rhythm and with all the necessary colors.
The cast was very balanced. Maybe Jodie Devos' Queen of the Night was left behind because she was not brilliant especially in the first aria. Singing Der Holle Rache she was well and overall she was a good Queen. Vannina Santoni’s Pamina was fine: the voice is beautiful and the technique is secure. Julien Behr's Tamino was also good: he has a relatively light voice, but with pleasant tone and volume, so he was suitable for the role.
Nicolas Testé's Sarastro was fine, as was Mathias Vidal's Monastatos. Chloé Briot's Papagena was pleasant: I liked the timbre, but the role is small. The highlight goes to the Papageno by Florian Sempey: excellent. Great voice, great scenic ability, very good interpretation. The best of the performance!

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