sábado, 29 de dezembro de 2018

ROMEO + JULIET, New York City Ballet, Fevereiro de 2018

(text in English below)

Numa encenação clássica e bonita o New York City Ballet, no David H. Koch Theater, mesmo ao lado da Metropolitan Opera, apresentou o bailado Romeo e Julieta coreografado por Peter Martins com música de Sergei Prokofiev.



No foyer do teatro pode apreciar-se uma interessante e muito vistosa exposição da artista Jihan Zencirli feita de milhares de balões coloridos de várias dimensões.





Globalmente foi um bom espectáculo. Se a orquestra revelou alguns desacertos, mais notórios nos metais, o guarda roupa muito colorido (de Per Kirkeby e Kristen Nielsen) foi uma mais valia que ajudou a perceber o enredo sem qualquer dificuldade.



A música é belíssima, a encenação muito agradável e os bailarinos todos de grande categoria, com natural relevo para os solistas que foram excelentes, Daniel Ulbricht (Mercutio), Sebastian Villarini-Velez (Tibaldo (Tybalt), Joseph Gordon (Benvolio), Zachary Catazaro (Romeu) e, sobretudo, Tiler Peck (Julieta).



No que respeita ao público e ao pessoal do teatro, ao contrário do que se passa na Metropolitan Opera, aqui tudo é diferente. Já depois de o espectáculo começar os arrumadores ainda instalam, com ruído, as pessoas que chegam atrasadas. Também o público é mais barulhento, falando durante o espectáculo e tirando frequentemente fotografias com os telemóveis, o que só é permitido depois do final.





Mas foi um espectáculo muito agradável.


ROMEO + JULIET, New York City Ballet, February 2018

In a classic and beautiful staging the New York City Ballet at the David H. Koch Theater, right next to the Metropolitan Opera, performed the ballet Romeo and Juliet choreographed by Peter Martins with music by Sergei Prokofiev.

In the foyer of the theater one could appreciate an interesting and very showy exhibition of the artist Jihan Zencirli made of thousands of colored balloons of various dimensions.

Overall it was a good show. The orchestra revealed some mistakes, more noticeable in the metals, but the very colorful dresses (of Per Kirkeby and Kristen Nielsen) was an added value that helped to realize the plot without any difficulty.

The music is beautiful, the staging very nice and the dancers all of great category, with natural reference to the excellent soloists, Daniel Ulbricht (Mercutio), Sebastian Villarini-Velez (Tibaldo (Tybalt), Joseph Gordon (Benvolio), Zachary Catazaro (Romeo) and, above all, Tiler Peck (Juliet).

As for the public and theater staff, unlike what happens at the Metropolitan Opera, everything here is different. After the show begins the ushers still install, with noise, the people that arrive late. Also the audience is noisier, talking during the show and often taking pictures with the mobile phones, which is only allowed after the end.


But it was a pleasant nice show.

terça-feira, 25 de dezembro de 2018

O QUEBRA NOZES / THE NUT CRUCKER, New York City Ballet, Dezembro / December 2018




O bailado O Quebra Nozes com música de Tschaikovsky, coreografia de George Balanchine, cenários de Rouben Ter-Arutunian e guarda roupa de Karisnka esteve em cena pelo New York City Ballet em Dezembro, época natalícia muito adequada à peça.



Como já referi, não sou conhecedor de ballet mas, ocasionalmente, gosto de ver. Desta vez a encenação é muito vistosa, uma história com muitas crianças e muito para crianças.

O maestro Daniel Capps dirigiu a New York City Ballet Orchestra e assistiu-se a um bonito bailado pela companhia local.




Deixo um par de fotografias retiradas da internet, dado que não me foi permitido fotografar nada mais que a sala e cartazes.





THE NUT CRUCKER, New York City Ballet, December  2018

The Ballet The Nutcracker with Tschaikovsky’s music, choreography by George Balanchine, scenarios by Rouben Ter-Arutunian and dresses by Karisnka, was on stage at the New York City Ballet in December, a very appropriate holiday season.

I am not a connoisseur of ballet but occasionally I like to see. This time the staging was very showy, a story with many children and mostly for children.

Maestro Daniel Capps directed the New York City Ballet Orchestra. We watched a beautiful ballet by the local company.

I leave a couple of photographs taken from the internet, since I was not allowed to photograph anything other than the room.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

O LAGO DOS CISNES / SWAN LAKE, Royal Opera House, Londres / London, Junho /June 2018


(text in English below)

A Royal Opera House colocou novamente em cena a sua magnífica produção do bailado O Lago dos Cisnes com música de P I Tchaikovsky e coreografia de Marius Petipa e Lev Ivanov (com intervenções adicionais de Liam Scarlett e Frederick Ashton).



É um bailado clássico, com coreografia e cenários fantásticos (foi a primeira vez que vi aplaudir os cenários, no 3º acto, neste teatro) e nada chega a uma boa produção clássica para nos impressionar muito positivamente.




Não sou nada entendido em ballet, por isso apenas deixo um breve comentário de leigo. A música é belíssima e foi tocada pela Orquestra da Royal Opera sob a direcção de Valery Ovsyanikov. A estética da coreografia é impressionante e de uma beleza invulgar. E a história é perfeitamente compreensível, nem é preciso ler previamente o programa.



Os bailarinos foram todos óptimos e os dois solistas, Akane Takada como Odete / Odilde e William Bracewell como Príncipe Siegfried foram fabulosos. O vilão Von Rothbart, interpretado por Thomas Whitehead também teve uma interpretação exuberante, embora não dance muito.





Um espectáculo de uma beleza superior que merece ser visto e revisto.






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SWAN LAKE, Royal Opera House, London, June 2018

The Royal Opera House once again put on stage its magnificent production of Swan Lake with music by P I Tchaikovsky and choreography by Marius Petipa and Lev Ivanov (with additional interventions by Liam Scarlett and Frederick Ashton).

It is a classic ballet with choreography and fantastic scenery (it was the first time I saw applauding the scenery, in the 3rd act, in this theater) and nothing reaches a good classical production to impress us very positively.

I am not an expert in ballet, so I only leave a brief commentary on my impression. The music is beautiful and was played by the Orchestra of the Royal Opera under the direction of Valery Ovsyanikov. The aesthetics of the choreography is impressive and of an unusual beauty. And the story is perfectly understandable, we do not need to read the program beforehand.

The dancers were all terrific and the two soloists, Akane Takada as Odete / Odilde and William Bracewell as Prince Siegfried were fabulous. The villain Von Rothbart, played by Thomas Whitehead also had an exuberant interpretation, although he does not dance much.

A performance of a superior beauty that deserves to be seen over and over again.

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segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

LA BOHÈME, METropolitan Opera, Outubro / October 2018



(review in English below)

A produção de La Bohème de Puccini na Metropolitan Opera é ainda a de Franco Zeffirelli. É muito bonita, tem um 2º acto monumental bem ao gosto americano e vê-se sempre com muito agrado. Já foi várias vezes comentada neste blogue.



O maestro foi um estreante norte americano, James Gaffigan, que cumpriu com muita qualidade. Orquestra excelente, coro impecável e solistas sempre audíveis.



No papel principal outra estreante, a soprano australiana Nicole Car que fez uma Mimì de grande qualidade. A cantora tem uma boa figura para a personagem. A voz é bonita, cristalina, bem audível (embora no início se tenha poupado um pouco) e, nos actos finais, foi excelente.



O tenor Vitorio Grigolo foi um Rodolfo ágil, apaixonado, apreensivo e, no final, desesperado. Tem uma forma de cantar muito peculiar e eficaz, a voz está cada vez maior e o timbre é muito agradável.





Musetta foi interpretada pela soprano Angel Blue que foi vocalmente correcta e cenicamente eficaz.



Outra estreia foi o barítono Etienne Dupuis que fez um Marcello muito humano e vocalmente marcante. Tem uma voz limpa, bonita e afinada.



Também estiveram bem Davide Luciano como Schaunard, Matthew Rose como Colline (a ária Vecchia zimarra senti foi excelente) e Donald Maxwell como Benoit / Alcindoro.






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LA BOHÈME, METropolitan Opera, October 2018

The production of Puccini’s La Bohème at the Metropolitan Opera is still that of Franco Zeffirelli. It is very beautiful, has a monumental 2nd act well to the American likes and is always seen with great pleasure. It has been commented on this blog several times.

The conductor was an American newcomer, James Gaffigan, who directed with great quality. Excellent orchestra, impeccable choir and always audible soloists.

In the main role another debutant, Australian soprano Nicole Car that was a Mimì of great quality. The singer has a good figure for the character. The voice is beautiful and crystal clear (although at first she was spared a little). In the final acts, she was excellent.

Tenor Vitorio Grigolo was an agile Rodolfo, passionate, apprehensive and, in the end, desperate. He has a very peculiar and effective way of singing, the voice is increasing in size and the timbre is very pleasant.

Musetta was performed by soprano Angel Blue who was vocally correct and effective on stage.

Another debut was baritone Etienne Dupuis who made a very credible Marcello with great vocal quality. He has a beautiful tuned voice.

Also well were Davide Luciano as Schaunard, Matthew Rose as Colline (the aria Vecchia zimarra senti was excellent) and Donald Maxwell as Benoit / Alcindoro.

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