(review in English below)
A Royal Opera House voltou a
apresentar a encenação de David McVicar
da opera Faust de C-F Gounod (libretto de Jules Barbier e Michel Carré).
Esta produção já foi comentada no blogue aqui. Como
referido então, a encenação é muito vistosa mas tem algumas bizarrias e uma
cena orgiática de gosto muito duvidoso perto do final.
O maestro Dan Ettinger foi banal
na direcção da orquestra que não esteve perfeita. Os cantores, com uma
excepção, foram banais. E foram uma sombra em relação aos que vi e ouvi em
2011, num elenco de luxo: Vittorio Grigolo, René Pape, Angela Gheorghou e o
saudoso Dmitri Hvorostovsky.
Michael Fabiano (Faust) tem uma má
dicção do francês e canta com uma emissão algo irregular e teve manifestas
dificuldades no registo mais agudo, quase cantou em falsete. Erwin Schrott (Méphistophélès), mais à
vontade em palco, também não foi regular na linha de canto. Irina Lungu (Marguerite) que substituiu
Diana Damrau, foi dura e nada expressiva. Carole
Wilson (Marthe) e Germán Alcántara
(Wagner) cumpriam sem impressionar. Contudo houve duas grandes interpretações,
ao nível da qualidade habitual deste teatro, mas que não salvaram a récita, a
jovem Hongni Wu (Siébel), fantástica e Stéphane Degout (Valentin), excelente em cena, na interpretação
vocal muito emotiva e sempre bem audível e, na verdade, o único que cantou em
francês perceptível.
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FAUST, Royal Opera House, London, May 2019
The Royal Opera House presented
again David McVicar's staging of C-F Gounod's opera Faust (libretto by Jules
Barbier and Michel Carré). This
production has already been commented in the blog here. As stated then, the
staging is very showy but has some bizarre and an orgiastic scene of very
dubious interest near the end.
Conductor Dan Ettinger was
banal in the direction of the orchestra that was not perfect. The singers, with
one exception, performed without impressing. And they were a shadow over what I
saw and heard in 2011, with a luxury cast: Vittorio Grigolo, René Pape, Angela
Gheorghou and Dmitri Hvorostovsky.
Michael Fabiano (Faust) has a bad
diction of French and sings with a somewhat irregular emission and had manifest
difficulties in the top register, almost sang in falsetto. Erwin Schrott (Méphistophélès), more at ease on stage, was also not
regular on the singing. Irina Lungu
(Marguerite) who replaced Diana Damrau, was harsh and not expressive. Carole Wilson (Marthe) and Germán Alcántara (Wagner) performed
without impressing. However, there were two top quality interpretations in the
usual quality of this theater, but they did not save the performance: Hongni Wu (Siébel) was fantastic, and Stéphane Degout (Valentin), excellent
on stage, in a very emotional and always well audible vocal performance and, in
fact, the only one who sung in understandable French.
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Tive oportunidade de assistir à récita de dia 25 de Abril e concordo em geral com o que foi dito. Ia com tanta vontade de ouvir Diana Damrau... Ainda não foi desta vez...
ResponderEliminarÉ verdade Francisco, não tivemos a Damrau e foi uma récita muito abaixo do habitual nesta grande catedral da ópera.
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