domingo, 14 de maio de 2017

AIDA, METropolitan Opera, Março / March 2017



(review in English below)


A Aida da Metropolitan Opera é um espectáculo deslumbrante, daqueles que precisamos de ver de tempos a tempos para confirmar a grandiosidade da ópera como arte total e completa. A encenação de Sonja Frisell é explícita, clássica e grandiosa, com dezenas de pessoas em palco, cavalos e muitos adereços que enriquecem visualmente a acção.



O maestro Daniele Rustioni dirigiu superiormente os excelentes Orquestra e Coro da Metropolitan Opera.



Quanto aos cantores solistas, o soprano Krassimira Stoyanova fez uma Aida soberba, sempre afinada e bem audível. A cantora tem uma voz de timbre muito bonito e sabe usá-la na perfeição. Uma das melhores Aidas da actualidade.




Também ao mais alto nível esteve o tenor espanhol Jorge de León como Radamés. Foi excelente em palco e a voz é de qualidade assinalável e sempre audível em perfeita afinação.




O baritono George Gagnidze, não deslumbrando, cumpriu como Amonastro.



O mezzo Violeta Urmana foi uma Amneris peculiar. No primeiro acto mal se ouviu, no segundo melhorou substancialmente e no quarto foi excelente. Talvez fruto da experiência, guardou-se para o fim, quando mostrou que ainda tem uma voz respeitável e capaz de se sobrepor a uma orquestra como esta.



O Rei foi interpretado por Morris Robinson que mostrou qualidades vocais de excepção, ao contrário de James Morris que fez um Ramfis que não deixa memória.

No cômputo final, uma grande récita.







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AIDA, METropolitan Opera, March 2017

The Aida of the Metropolitan Opera is a breathtaking spectacle, one that we need to see from time to time to confirm the grandiosity of opera as a total and complete art. Sonja Frisell's staging is explicit, classic and grandious, with dozens of people on stage, horses and many props that visually enrich the action.

Maestro Daniele Rustioni has conducted the excellent Orchestra and Choir of the Metropolitan Opera.

As for the soloist singers, soprano Krassimira Stoyanova made a superb Aida, always tuned and well audible. The singer has a very beautiful timbre voice and knows how to use it perfectly. One of the best Aidas of our times.

Also at the highest level was Spanish tenor Jorge de León as Radamés. He was excellent on stage and the voice is of remarkable quality and always audibly in perfect tuning.

Baritone George Gagnidze, not dazzling, was a correct as Amonastro.

Mezzo Violeta Urmana was a peculiar Amneris. In the first act she was barely heard, in the second she improved substantially and the fourth she was excellent. Perhaps the result of experience, she kept to the end, when she showed that she still has a respectable voice capable of overlapping an orchestra like this one.

The King was interpreted by Morris Robinson who showed excellent vocal qualities, unlike James Morris who was a weak a Ramfis.

All together, a great performance.


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