Carmen, uma nova produção do Met, de Richard Eyre, foi um espectáculo muito respeitável. A encenação é clássica e sofisticada, com algum dinamismo no palco, mas menos espectacular que a de Londres, que vira poucos meses antes.
O maestro foi Yannick Nézet-Séguin que imprimiu um ritmo fernético à peça mas, mesmo assim, foi uma interpretação notável e a orquestra esteve em grande.
O elenco foi próximo do da ROH, mas melhor. Elina Garanca foi, mais uma vez, excelente - voz grande e potente, beleza de timbre, capacidade cénica com excelente presença em palco. Contudo, no 3º acto, quando lê nas cartas o destino – a sua morte – poderia ter feito melhor.
Roberto Alagna cumpriu sem brilhar e foi menos intenso na interpretação que em Londres. Também a encenação lhe é menos favorável.
Escamillo foi Mariusz Kwiecien que, apesar de ter uma voz pequena, projecta-a bem e, no palco, é um bom actor.
Barbara Frittoli fez uma Michaela muito convincente. Soprano de belo timbre, extensão notável e agudos alcançados aparentemente sem dificuldade, esteve muito bem sempre que entrou em cena.
Um bom espectáculo, bem encenado, bem tocado e bem cantado, mas aquém da Carmen de Londres.
****
Sem comentários:
Enviar um comentário