(text in English below)
Texto de
wagner_fanatic
Encenação: Yuval
Sharon
Maestro:
Christian Thielemann
Heinrich der
Vogler: Georg Zeppenfeld
Lohengrin: Piotr
Beczala
Elsa von Brabant:
Annette Dasch
Friedrich von
Telramund: Tomasz Konieczny
Ortrud: Elena
Pankratova
Intervalo do Lohengrin. Isto de ver as coisas ao longe é claramente mau. Só
havia este bilhete para a Netrebko quando consegui na net - não tem cabeças à
frente mas equivale à fila 31... É muito longe e perde-se muito.
Os heróis da noite são 3 até agora: Beczala
brutalíssimo, encaixa que nem uma luva no Lohengrin, com o seu lirismo e
pureza de voz, fisionomia impecável e expressividade ímpar; Tomasz Konieczny já conhecia mas oiço-o
pela 1a vez ao vivo e é único! Aquele timbre especial dele, um pouco menos
acentuado ao vivo que em gravações, é fenomenal para os papéis de vilão
wagnerianos; a voz é forte, expressiva e cenicamente é um actor 5 estrelas; o
2º maior baixo wagneriano. Zeppenfeld também
ao seu esperado nível de excelência.
As mulheres é que me estão a deixar menos feliz: Annette Dasch está muito bem mas os agudos por vezes saem
ligeiramente metálicos e parecem algo forçados por vezes, embora a tenha ouvido
no ano passado em Viena neste papel e não fiquei com essa impressão; Pankratova, que faz uma Kundry brutal,
não parece tão credível vocalmente como Ortrud, pesando o facto de ser as
primeiras vezes que está a cantar este papel.
A encenação não tem graça ou sentido nenhum evidente, alguns pormenores
interessantes mas não numa lógica global de sentido da encenação. Thielemann fenomenal, sabe sempre
extrair o dramatismo das melhores passagens. Em nada está a fazer esquecer o
Lohengrin da Royal Opera House do ano passado - esse sim, a dar uma noite
memorável para sempre. Mas acredito que esteja a sofrer do mesmo efeito Tristão
do ano passado - a 500 léguas de distância não é tão envolvente, perdem-se
expressões e tudo soa a secante até alguém como Beczala ou Tomasz Konieczny cantarem,
contrariando este sentimento. Não volto a comprar estes ao longe, prefiro não
ouvir/ver. Ainda por cima, 2 dos meus vizinhos à direita devem ter ficado com
as narinas secas no intervalo e fartaram-se de apitar e soprar do nariz em
expiração o que me obrigou a ouvir grande parte do 2º acto em “mono” = mão na
face com 2º alternando com 3º dedo a tapar o canal auditivo externo...
Esta encenação merece uma 2ª oportunidade apenas com 2 condições: Beczala e
um lugar nas primeiras 5 filas. O seu In
fernem Land merece isso! Foi o melhor momento de toda a noite, perfeito,
lindo, tocante!... Teve uma das maiores e mais merecidas ovações que já ouvi
aqui. Pankratova mais explosiva na sua intervenção final, Dasch melhor.
LOHENGRIN,
Bayreuther Festspiele, Bayreuth Festival, August / August 2019
Text by
wagner_fanatic.
Director: Yuval
Sharon
Conductor:
Christian Thielemann
Heinrich
der Vogler: Georg Zeppenfeld
Lohengrin:
Piotr Beczala
Elsa von
Brabant: Annette Dasch
Friedrich
von Telramund: Tomasz Konieczny
Ortrud:
Elena Pankratova
Lohengrin pause.
Seeing things from afar is clearly bad. There was only this ticket for Netrebko
when I got it on the net - I have no heads in front but it equals row 31 ...
It's too far away and I lost a lot.
The heroes
of the night are 3 so far: Most brutally Beczala
fits like a glove in Lohengrin, with his lyricism and purity of voice,
impeccable physiognomy and unmatched expressiveness; Tomasz Konieczny I already knew him but I hear him for the first
time live and he's unique! That special tone of him, a little less pronounced
live than on recordings, is phenomenal for Wagnerian villain roles; the voice
is strong, expressive and is a 5 star actor; the 2nd largest Wagnerian bass. Zeppenfeld also to his expected level
of excellence.
The women
are making me less happy: Annette Dasch
is fine, but the treble sometimes comes out slightly metallic and feels a
little strained at times, although I heard her last year in Vienna in this role
and I didn't get that impression; Pankratova,
who plays a brutal Kundry, doesn't seem as vocal as credible as Ortrud, despite
the fact that she is singing the role for the first time.
The staging
has no obvious grace or meaning, some interesting details but not in a global
logic of the meaning of the staging. Phenomenal Thielemann always knows how to extract the drama of the best
passages. He is doing nothing to forget the Lohengrin of last year's Royal
Opera House - this one, making for a memorable night forever. But I believe I
am suffering from the same Tristan effect as last year - 500 leagues away is
not so engaging, expressions are lost and everything sounds secant until
someone like Beczala or Tomasz Konieczny sings, contrary to that feeling. I
won't buy these kind of tickets again, I prefer not to hear / see. On top of
that, 2 of my neighbors on the right must have had their nostrils dry in the
break and had enough to blow and blow their exhaling nose which made me hear
much of the 2nd act in “mono” = hand to cheek with 2nd alternating with 3rd
finger covering the external ear canal...
This
production deserves a 2nd chance with only 2 conditions: Beczala and a place in
the first 5 rows. His In Fern Land
deserves it! It was the best moment of all night, perfect, beautiful, touching!
... There was one of the biggest and most deserved ovations I've ever heard
here. Pankratova more explosive in his final intervention, Dasch also better.
Sem comentários:
Enviar um comentário