(text in English below)
Texto de camo_opera
Terminei a minha visita à Opéra de
Paris com A Flauta Mágica. Mais
uma récita de muita qualidade que sobressaiu pela homogeneidade do elenco e
pela encenação.
Esta última é a de Robert Carsen.
Faz tudo bem feito numa modernização que transporta a ação para os nossos
tempos no que respeita a decors e vestuário, mas que é intemporal. Depois com
recursos a paneis onde se projetam vídeos e outras estruturas simples, cria o
ambiente mágico e dramático da ópera de forma muito bem conseguida. Vale a pena
ver.
A orquestra esteve também ela bem sob a direção de Henrik Nánási: bom ritmo e com todos os coloridos necessários.
O elenco foi muito equilibrado. Talvez a Rainha da Noite de Jodie Devos tenha ficado para trás
porque não foi brilhante sobretudo na primeira ária. No Der Holle Rache esteve bem e, globalmente, foi uma boa Rainha.
A
Pamina de Vannina Santoni esteve
bem: a voz é bonita e a técnica segura, tendo estado bem cenicamente.
O Tamino
de Julien Behr também foi bom: tem
uma voz relativamente ligeira, mas de timbre agradável e com volume, pelo que
foi adequado ao papel.
O Sarastro de Nicolas Testé esteve
bem, assim como o Monastatos de Mathias Vidal.
A Papagena de Chloé Briot foi agradável:
gostei do timbre, mas o papel é pequeno. O destaque vai para o Papageno de Florian Sempey: excelente. Grande voz,
grande capacidade cénica, muito boa interpretação. O melhor da récita!
THE MAGIC
FLUTE, Opera Paris, June 2019
Camo_opera
text
I finished
my visit to the Opéra de Paris with
The Magic Flute. Another performance of quality that stood out for the
homogeneity of the cast and the staging.
The director
is Robert Carsen. He does everything
well done in a modernization that transports the action to our times regarding
decors and clothing, but which is timeless. With features to the panels where
videos and other simple structures are projected, he creates the magical and
dramatic atmosphere of the opera in a very well done way. Worth seeing.
The
orchestra was also well under the direction of Henrik Nánási: good rhythm and with all the necessary colors.
The cast
was very balanced. Maybe Jodie Devos'
Queen of the Night was left behind because she was not brilliant especially in
the first aria. Singing Der Holle Rache
she was well and overall she was a good Queen. Vannina Santoni’s Pamina was fine: the voice is beautiful and the
technique is secure. Julien Behr's Tamino
was also good: he has a relatively light voice, but with pleasant tone and
volume, so he was suitable for the role.
Nicolas Testé's Sarastro was fine, as was Mathias Vidal's Monastatos. Chloé Briot's Papagena was pleasant: I
liked the timbre, but the role is small. The highlight goes to the Papageno by Florian Sempey: excellent. Great voice,
great scenic ability, very good interpretation. The best of the performance!
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