(Fotografia / Photo: Marty Sohl, Metropolitan Opera)
(review in English below)
A ópera Iolanta de P.I. Tchaikovsky esteve mais uma vez em cena na Metropolitan Opera de Nova Iorque. Não conhecia a encenação de Mariusz Trelinsky. É muito agradável e
espectacular. Há um cubo central, rotativo, onde fica o quarto da Iolanta, a
princesa cega, decorado como um pavilhão de caça. Na única parede visível estão
pregados vários chifres de veados. Ao centro a cama ou uma pequena mesa. À volta
é uma floresta onde, logo no início, são projectadas imagens de veados a
pastar, correr e a serem caçados. Toda a acção se passa dentro do quarto e na
floresta circundante.
O maestro Henrik
Nánási esteve muito bem, com grande atenção aos cantores e extraindo um belo
som da magnífica orquestra da Metropolitan Opera. O coro também foi bom, apesar
da curta intervenção.
Quanto aos
cantores houve alguma heterogeneidade. Na protagonista a soprano búlgara Sonya Yoncheva foi magnífica. É outra
cantora de topo mundial, com uma voz lindíssima e cristalina, agudos
fantásticos e com uma excelente presença em palco.
O Conde Gottfried
Vaudémont foi o tenor americano Matthew
Polenzani que também esteve em grande forma, numa interpretação vocal
marcante. É também detentor de um timbre muito bonito e foi sempre bem audível.
O barítono
norte-americano Lucas Meacham fez um
Robert de qualidade, sobretudo na primeira intervenção. Tem também uma voz
potente e foi muito ovacionado neste que é talvez o grande teatro de ópera onde
o público é mais generoso (e menos exigente) para os cantores.
Num plano
inferior estiveram o barítono azeri Elchin
Azizov no papel do médico Ibn-Hakia, o baixo bielorusso Alexander Roslavets como o rei René e Larissa Diadkova como Martha. Nas
intervenções menores cantaram Harold
Wilson (Bertrand), Mark Schowalter
(Alméric), Megan Marino (Laura) e Ashley Emerson (Birgitta).
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IOLANTA,
METropolitan Opera, New York, February 2019
The opera Iolanta by P.I. Tchaikovsky was once again on stage at the Metropolitan Opera in New York. I did
not know the staging of Mariusz
Trelinsky. It is very nice and spectacular. There is a central, rotating
hub, where is the room of Iolanta, the blind princess, decorated as a hunting
lodge. On the only visible wall are several horns of deer. To the center the
bed or a small table. Around it is a forest where, early on, images of deer
grazing, running and being hunted are projected. All the action takes place
inside the room and in the surrounding forest.
Conductor Henrik Nánási was very good, with great
attention to the singers and extracting a beautiful sound of the magnificent Orchestra
of the Metropolitan Opera. The Choir was also good, despite the short
intervention.
As for the
singers there was some heterogeneity. In the main role Bulgarian soprano Sonya Yoncheva was magnificent. She is
another world-class singer, with a beautiful and crystalline voice, fantastic
top notes and with an excellent presence on stage.
Count
Gottfried Vaudémont was the American tenor Matthew
Polenzani who was also great in vocal interpretation. He also has a very
beautiful timbre and has always been well audible.
American
baritone Lucas Meacham was a quality
Robert, especially in the first intervention. He also has a powerful voice and
was very much applauded in what is perhaps, among the most important opera
houses, the one where the public is more generous (and less demanding) to the
singers.
On a lower
plane were Azeri baritone Elchin Azizov
in the role of the doctor Ibn-Hakia, Belarussian bass Alexander Roslavets as King René and Larissa Diadkova as Martha. In minor interventions sang Harold Wilson (Bertrand), Mark Schowalter (Alméric), Megan Marino (Laura) and Ashley Emerson (Birgitta).
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