segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

DIE ZAUBERFLOTE / A FLAUTA MÁGICA METropolitan Opera, Outubro de 2014 / October 2014



(review in english below)

A Flauta Mágica de W A Mozart esteve em cena no início da presente temporada na METropolitan Opera de Nova Iorque.

A encenação de Julie Taymor é de grande impacto visual. Está recheada de símbolos maçónicos e não inclui elementos egípcios, como muitas vezes se vê. Mas há uma enorme diversidade de criaturas fantásticas ao longo do espectáculo. As três Damas ao serviço da Rainha da Noite aparecem cada uma com uma grande máscara na mão, o que permite um efeito espectacular sempre que estão em cena. O Papageno (e a Papagena) surge vestido convencionalmente, como apanhador de pássaros. O Tamino e a Pamina também aparecem em trajos vistosos mas os mais espectaculares são o Sarastro, a Rainha da Noite e o Monostatos, como poderão ver nas fotografias. Os cenários mudam frequentemente, são eficazes e o ambiente místico mantém-se em toda a ópera.





Dirigiu a excelente Orquestra do Met o maestro húngaro Adam Fischer. O Coro foi também impressionante.

Toby Spence, tenor inglês, foi um Tamino de grande qualidade vocal, sempre bem audível e afinado. A personagem estava excessivamente estilizada, o que não beneficiou a actuação cénica.


Também óptimo vocalmente e muito bem em cena esteve o Papageno do barítono austríaco Markus Werba. A voz não é muito grande mas fez-se sempre ouvir e foi muito expressivo na interpretação.


O baixo René Pape impôs-se como Sarastro, a melhor interpretação masculina. Voz grande, grave, afinada e intensa, melhor será difícil.


Nas solistas a Pamina do soprano Sul Africano Pretty Yende foi excelente. Tem uma voz lindíssima, muito melodiosa, clara e com um timbre muito agradável. E teve uma excelente presença em palco.


Já o soprano macedónio Ana Durlovski não foi uma Rainha da Noite marcante. A coloratura não foi perfeita e a intensidade vocal foi inconstante. Mas, no geral, cumpriu, sem deslumbrar.


Dos restantes cantores merecem destaque, pelas óptimas interpretações, a Papagena de Ashley Emerson, as três Damas, Amy Shoremount-Obra, Renée Tatum e Margaret Lattimore e, sobretudo, a espectacular interpretação, vocal e cénica, de Mark Schowalter como Monostatos.








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Die Zauberflöte / The Magic Flute Metropolitan Opera, October 2014


The Magic Flute by WA Mozart was onstage at the beginning of this season at the Metropolitan Opera in New York.

The staging by Julie Taymor is fantastic and of great visual impact. It is full of masonic symbols and does not include egyptian elements, as is often seen. But there is a huge range of fantastic creatures throughout the opera. The three ladies in the service of the Queen of the Night appear each with a large mask in hand, which allows for a spectacular effect whenever they are on the stage. Papageno (and Papagena) dress conventionally as bird catchers. Tamino and Pamina also appear in showy costumes but the most spectacular are Sarastro, the Queen of the Night and Monostados, as you can see in the photographs. The scenarios change frequently, are effective, and the mystical ambience is kept throughout the opera.

Directed the great Met Orchestra Hungarian conductor Adam Fischer. The Choir was also impressive.

Toby Spence, English tenor, was a Tamino with great vocal quality, always audible and well tuned. The character was overly stylized, which did not benefit the stage action.

Also great vocally and very well onstage was Papageno by Austrian baritone Markus Werba. The voice is not very big but could always be heard and he had a very expressive interpretation.

Bass René Pape as Sarastro imposed as the best male performance. Fabulous low register always in tune, great voice. Better would be difficult.

South African soprano Pretty Yende was an excellent Pamina. She has a very melodious, clear voice, with a very nice beautiful timbre. And had a great stage presence.

Macedonian soprano Ana Durlovski was not a remarkable Queen of Night. The coloratura was not perfect and vocal intensity was not constant. But, in general, she was ok.

Of the remaining singers are noteworthy, the very good performances of Ashley Emerson as Papagena, the three ladies, Amy Shoremount Manpower, Renée Tatum and Margaret Lattimore, and above all, the spectacular interpretation, vocal and on stage of Mark Schowalter as Monostatos.


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1 comentário:

  1. I lived in Vienna for a year and this production was offered in many different settings. Unfortunately, I saw only two operas at that time and this was not one of them. I am still enjoying opera more and more each year. Thank you for another great review.

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