(review in english below)
A Flauta Mágica de W A
Mozart esteve em cena no início da presente temporada na METropolitan Opera de Nova Iorque.
A encenação de Julie Taymor é de grande
impacto visual. Está recheada de símbolos maçónicos e não inclui elementos
egípcios, como muitas vezes se vê. Mas há uma enorme diversidade de criaturas
fantásticas ao longo do espectáculo. As três Damas ao serviço da Rainha da
Noite aparecem cada uma com uma grande máscara na mão, o que permite um efeito
espectacular sempre que estão em cena. O Papageno (e a Papagena) surge vestido
convencionalmente, como apanhador de pássaros. O Tamino e a Pamina também
aparecem em trajos vistosos mas os mais espectaculares são o Sarastro, a Rainha
da Noite e o Monostatos, como poderão ver nas fotografias. Os cenários mudam
frequentemente, são eficazes e o ambiente místico mantém-se em toda a ópera.
Dirigiu a
excelente Orquestra do Met o maestro húngaro Adam Fischer. O Coro foi também impressionante.
Toby Spence, tenor inglês, foi um Tamino de grande qualidade
vocal, sempre bem audível e afinado. A personagem estava excessivamente
estilizada, o que não beneficiou a actuação cénica.
Também óptimo
vocalmente e muito bem em cena esteve o Papageno do barítono austríaco Markus Werba. A voz não é muito grande
mas fez-se sempre ouvir e foi muito expressivo na interpretação.
O baixo René Pape impôs-se como Sarastro, a
melhor interpretação masculina. Voz grande, grave, afinada e intensa, melhor
será difícil.
Nas solistas a
Pamina do soprano Sul Africano Pretty
Yende foi excelente. Tem uma voz lindíssima, muito melodiosa, clara e com
um timbre muito agradável. E teve uma excelente presença em palco.
Já o soprano
macedónio Ana Durlovski não foi uma
Rainha da Noite marcante. A coloratura não foi perfeita e a intensidade vocal foi inconstante. Mas, no geral,
cumpriu, sem deslumbrar.
Dos restantes
cantores merecem destaque, pelas óptimas interpretações, a Papagena de Ashley Emerson, as três Damas, Amy Shoremount-Obra, Renée Tatum e Margaret Lattimore e, sobretudo, a
espectacular interpretação, vocal e cénica, de Mark Schowalter como Monostatos.
*****
Die Zauberflöte /
The Magic Flute Metropolitan Opera, October 2014
The Magic Flute by WA Mozart was onstage at the beginning of this season at the Metropolitan Opera in New York.
The staging
by Julie Taymor is fantastic and of
great visual impact. It is full of masonic symbols and does not include egyptian
elements, as is often seen. But there is a huge range of fantastic creatures
throughout the opera. The three ladies in the service of the Queen of the Night
appear each with a large mask in hand, which allows for a spectacular effect
whenever they are on the stage. Papageno (and Papagena) dress conventionally as
bird catchers. Tamino and Pamina also appear in showy costumes but the most
spectacular are Sarastro, the Queen of the Night and Monostados, as you can see
in the photographs. The scenarios change frequently, are effective, and the
mystical ambience is kept throughout the opera.
Directed
the great Met Orchestra Hungarian conductor
Adam Fischer. The Choir was also impressive.
Toby Spence, English tenor, was a Tamino with great vocal
quality, always audible and well tuned. The character was overly stylized,
which did not benefit the stage action.
Also great
vocally and very well onstage was Papageno by Austrian baritone Markus Werba. The voice is not very big
but could always be heard and he had a very expressive interpretation.
Bass René Pape as Sarastro imposed as the
best male performance. Fabulous low register always in tune, great voice. Better
would be difficult.
South
African soprano Pretty Yende was an excellent
Pamina. She has a very melodious, clear voice, with a very nice beautiful timbre.
And had a great stage presence.
Macedonian
soprano Ana Durlovski was not a remarkable
Queen of Night. The coloratura was not perfect and vocal intensity was not
constant. But, in general, she was ok.
Of the
remaining singers are noteworthy, the very good performances of Ashley Emerson as Papagena, the three
ladies, Amy Shoremount Manpower, Renée
Tatum and Margaret Lattimore,
and above all, the spectacular interpretation, vocal and on stage of Mark Schowalter as Monostatos.
*****
I lived in Vienna for a year and this production was offered in many different settings. Unfortunately, I saw only two operas at that time and this was not one of them. I am still enjoying opera more and more each year. Thank you for another great review.
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