terça-feira, 5 de agosto de 2014

AS BODAS DE FIGARO / LE NOZZE DI FIGARO, Teatro Schiller, Berlim, Abril 2014.


(review in english below)

O wagner_fanatic assistiu às Bodas de Fígaro no Teatro Schiller, Berlim. Ópera de WA Mozart, com libretto de Lorenzo da Ponte, foi interpretada sob a direcção musical de Christopher Moulds, numa encenação de Thomas Langhoff. Foram solistas Roman Treke como Counde de Almaviva, Dorothea Röschmann como Coundessa de Almaviva, Anna Prohaska como Susanna, Adam Plachetka como Fígaro, Anna Bonitatibus como Cherubino e Katharina Kammerloher como Marcelina.

Umas Bodas de Fígaro espectaculares!!! Conjugação de excelentes vozes com a direcção de actores mais perfeita e ao meu gosto que já vi. O que foi mais espectacular foi ter aquilo que eu procuro sempre quando vou assistir a um espectáculo de ópera e que é encontrar a perfeita sintonia entre a música e o teatro. Só em algumas vezes senti que assisti a algo praticamente sem falhas e ao meu gosto neste sentido holístico que é a Ópera.

O modo como as pessoas cantam, a sintonia entre elas e aquilo que de mágico conseguem transmitir varia e embora eu reconheça qualidade em muitas coisas que tenho visto, algo só me marca completamente quando transmite aquilo que foi pensado para aquela ópera. Quando falamos em Mozart, este não trabalhou para um lado e o da Ponte para outro e depois misturaram música e texto e as Bodas, o Don Giovanni e o Cosi fan tutte saíram como são. A música tem ideias que apoiam o texto, o texto tem ideias que acompanham a música e os cantores e encenadores tem de conhecer bem o que estão a dizer, conhecer para onde a música os leva, e saber transmitir isso a quem está a ver. Se isso não acontecer, não temos ópera.

Houve homogeneidade em todos os solistas mas verdadeiramente excelente foi Adam Plachetka!




The Marriage of Figaro / Le Nozze Di Figaro, Schiller Theater, Berlin, April 2014.

Wagner_fanatic attended The Marriage of Figaro at the Schiller Theatre, Berlin. An opera by WA Mozart with libretto by Lorenzo da Ponte, was performed under the musical direction of Christopher Moulds. The stage director was Thomas Langhoff. Soloists were Roman Treke as Count Almaviva, Dorothea Röschmann as Countess Almaviva, Anna Prohaska as Susanna, Adam Plachetka as Figaro, Anna Katharina Bonitatibus as Cherubino and Katharina Kammerloher 
as Marcelina.

A spectacular Marriage of Figaro! Combination of excellent voices to perfect actor and singers direction I've ever seen. What was most amazing was having what I always look for when I watch an opera performance and that is to find the perfect harmony between music and play. Only a few times I felt that I saw something almost flawless in my holistic perception of what is the Opera.

The way people sing, the line between them and what is magic that they can transmit varies, and although I recognize quality in many things I have seen before, something only touches me totally when transmitting what was thought to that opera. When we talk about Mozart, he did not work for one side, and da Ponte for another, and then they mixed music and text, and Le Nozze, Don Giovanni, and Cosi fan tutte just came as they are. Music has ideas that support the text, the text has ideas that accompany the music and the singers and directors have to know well what they are performing, to know where the music takes them, and to transmit it to who is watching. If not, we do not have opera.

There was homogeneity in all singer soloists but truly excellent was Adam Plachetka!

1 comentário:

  1. Assisti a uma récita dessa mesma produção em 2012, com um elenco diferente (à excepção da Condessa e de Susanna):

    Daniel Barenboim - maestro

    Artur Rucinski - Il conte di Almaviva
    Dorothea Röschmann - La contessa di Almaviva
    Anna Prohaska - Susanna
    Vito Priante - Figaro
    Christine Schäfer - Cherubino
    Katharina Kammerloher - Marcellina
    Abdellah Lasri - Basilio
    Maurizio Muraro - Bartolo
    Narine Yeghiyan - Barbarina
    Olaf Bär - Antonio
    Paul O’Neill - Don Curzio

    Tive dificuldades em ouvir Anna Prohaska. Talvez a voz dela tenha evoluído entretanto. De Dorothea Röschmann gostei muito (apesar de ela não ter o dó). Vito Priante (o Dissoluto Assolto em São Carlos) também cumpriu.

    (Na altura, concordei com o I Hear Voices.)

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