WERTHER PARA BARÍTONO NO THEATRO SÃO PEDRO/SP. CRÍTICA DE
ALI HASSAN AYACHE NO BLOG DE ÓPERA E BALLET
Os Sofrimentos do Jovem Werther de Goethe é a obra que
inspira a ópera, escrita em cartas a um narrador temos nela as características
iniciais do romantismo: o amor e a morte. Outra característica de Massenet é a
obra intimista, esta presente com mais força no Werther. Tudo acontece em
pequenos espaços. A versão do Theatro São Pedro/SP dirigida por André
Heller-Lopes mostra o lado intimista da ópera e realça a escrita de Massenet.
Transportada para meados do século XX leva ao verdadeiro amor entre os
personagens e a morte como única solução. Werther está em outra dimensão no
final da ópera, morto na cadeira e de costas para o público dialoga com
Charlotte grávida através de um Werther vestido da época de Goethe.
Leonardo Neiva
-barítono, foto internet.
A versão para barítono cantada pela primeira vez no Brasil,
nem sabia que ela existia, mostra um Werther impactante e uma escrita
orquestral robusta. Leonardo Neiva deu dramaticidade ao personagem, voz de
barítono com fartura de agudos. Neiva sofre por amor e morre por ele em duas
dimensões, terrena e passada. Mostra nuances do personagem que são invisíveis
com tenor, mais incisivo , dramático e com maior força. A maioria prefere os
belos agudos do tenor, assistir a versão para barítono modifica completamente a
dramaticidade musical.
O restante do elenco apresenta a mesma qualidade vocal da
estreia . Luisa Francesconi continua soberba, seu desafio na ópera francesa foi
vencido. Especialista em óperas italianas a moça mostrou que a música francesa
cai bem em sua voz. A orquestração do maestro Malheiro reflete as sutilezas da
partitura. O coro de guris se sai melhor, com vozes mais audíveis e o soprano
Gabriela Pacce tem bela voz lírica.
O Theatro São Pedro fecha com chave de ouro a programação de
óperas em 2012. Espero que 2013 tenhamos mais títulos com a mesma qualidade
apresentada nesse ano. Seria interessante a direção do teatro buscar montagens
de outras casas, como Manaus e Belém que possuem o mesmo tamanho de palco do
teatro paulistano, mas com plateias maiores. Teatro pequeno e criatividade
enorme
Invitación
ResponderEliminarYo soy brasileño, y tengo un blog, muy simple.
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Fuerza, Alegría y Amizad.
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Abrazos, del Brazil.
www.josemariacosta.com
Excelente crônica!
ResponderEliminarParabéns pela qualidade dos textos.
Um abraço