O Siegfried continuou a minha excelente
impressão sobre este Ciclo da Royal Opera.
O detalhe, a direcção de actores, a
preocupação cénica com os leitmotivs e a sincronia entre acções de palco e a música
impressionaram bastante, revelando árduos ensaios e, talvez, a experiência
acumulada dos três ciclos anteriores.
Gerhard Siegel oferece um Mime sublime
onde a matreirice transpira na voz e na postura.
Bryn Terfel faz de forma excelente a
transição entre Wotan e o Wanderer. Menos imponente na postura e vocalmente
talvez um pouco mais reservado, aos olhos e ouvidos dos mais desatentos, pode
parecer deficitário do cantor, mas não, consistindo sim na sua caracterização
inteligente da personagem.
Na curta aparição de Alberich, Wolfgang
Koch foi brilhante. Aguardo com expectativa o seu Wotan em Bayreuth em 2013
(para ouvir na rádio, claro e infelizmente apenas na rádio…).
Maria Radner, possuidora de voz de mezzo
segura e profunda, sem os “erres metralhados da sua aparição em o Ouro do Reno,
esteve muito bem como Erda.
Susan Bullock esteve muito bem como
Brunnhilde e foi tocante voltar a ver a sua integração com Stefan Vinke depois
do excelente trabalho que fizeram no Anel do São Carlos.
Stefan Vinke esteve muito bem como
Siegfried. Consegue transmitir na voz e na sua postura em palco, a jovialidade
e a inocência da personagem, mantendo uma frescura e força vocal
impressionantes até ao final.
De destacar o excelente trabalho da
orquestra e um especial apreço pela secção dos metais. Não sei se são outros
músicos ou se são os mesmos mas, se são os mesmos, a revelarem um bom trabalho
de treino desde 2007.
The
Siegfried continued my excellent impression on this Ring Cycle at the Royal
Opera.
The detail,
the direction of actors, scenic concern with leitmotifs and sync actions
between stage and music quite impressed, revealing strenuous training and
perhaps the experience of the three previous cycles.
Gerhard
Siegel offers a sublime Mime where evilness transpires in his voice and
posture.
Bryn Terfel
does a superb transition between Wotan and the Wanderer. With a less vocally
imposing posture and perhaps a little more reserved, to the eyes and ears of
the inattentive, the singer may seem deficient, but no, consisting rather in his
intelligent characterization of the character.
In the short
appearance of Alberich, Wolfgang Koch was brilliant. I look forward to his
Wotan at Bayreuth in 2013 (on to the radio, of course and unfortunately only on
the radio ...)
Maria
Radner, possessing a deep and safe mezzo voice without the strafed “R’s” as in her
appearance in Das Rheingold, made a very good Erda.
Susan
Bullock as Brunnhilde was fine and it was touching to see again her integration
with Stefan Vinke after the excellent job they did in the Ring at the Teatro
Nacional de São Carlos in Lisbon a few years ago.
Stefan
Vinke as Siegfried did very well. His voice and his posture on stage can
transmit the playfulness and innocence of the character, maintaining a
freshness and impressive vocal strength until the end.
A final
word to highlight the excellent work of the orchestra and a special
appreciation for the metals section. I do not know if they were the same
musicians of 2007 or if they were new ones but, if they are the same, they
revealed a pretty god training job since 2007.
Super happy 2013 for you all, my friends!
ResponderEliminarMusical greetings from Gent,Willy
Happy New Year to you and your family from all of us!!!
EliminarFANATİCOOOO...MY DEAR FRİEND.... HAPPY NEW YEAR.....HAPPY NEW YEAR...
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