segunda-feira, 14 de maio de 2012

O Faust ideal em 2011-2012


Tive o privilégio de assistir, na presente temporada, a 4 representações da Ópera Faust, de Gounod.
Duas ao vivo e encenadas, na Royal Opera House de Londres,





uma ao vivo em versão concerto no Liceu de Barcelona



e uma em transmissão do Met (Met Live em HD, Gulbenkian).



 Aqui deixo a minha sugestão do que seria o Faust ideal na presente temporada.

Faust – Uma escolha muito difícil entre o mais dinâmico em palco - Vitorio Griggolo (Londres), o mais experiente - Roberto Alagna (Paris), o mais lírico -  Piotr Beczala (Barcelona) e o mais marcante -  Jonas Kaufmann (Nova Iorque).



Marguerite – Neste caso, Inva Mula (Paris) e Marina Poplavskaya (Nova Iorque) estiveram bem aquém das fantásticas interpretações de Angela Gheorghiu (Londres) e de Krassimira Stoyanova (Barcelona).


 Mefistóphélès – Foi a escolha mais fácil. O impressionante René Pape (Londres e Nova Iorque) foi, cénica e vocalmente, muito superior a Paul Gay (Paris) e Erwin Schrott (Barcelona).


(Fotografia / Photo Catherine Ashmore / Royal Opera House)


Valentin – Se Tassis Christoyannis (Paris) e Russel Braun (Nova Iorque) cumpriram sem encantar, Dmitri Hvorostovsky (Londres) e Ludovico Tézier (Barcelona) foram ambos sensacionais. A escolha foi exclusivamente baseada na interpretação vocal.


Siebel – Foram todas interpretações interessantes, Karine Deshayes (Barcelona), Angélique Noldus (Paris) e  Michèle Loiser (Londres e Nova Iorque).


Maestro – Pierre Vallet (Barcelona) foi fraco, Alain Altinoglu (Paris) foi banal, Evelino Pidó (Londres) foi infeliz e Yannick Nézet-Séguin (Nova Iorque) foi notável.

Encenação – Em Londres, de David McVicar, foi vistosa mas com algumas bizarrias. Em Paris, de Jean-Louis Martinoty, foi rica mas com vários apontamentos de gosto muito duvidoso. Em Nova Iorque, de Des McAnuff. foi simples e banal. Nenhuma foi marcante. Em Barcelona não houve.


O Faust ideal em 2011-2012 seria:

Encenação – David McVicar (Royal Opera House)
Maestro – Yannick Nézet-Séguin
Faust – Piotr Beczala
Marguerite – Krassimira Stoyanova
Mephistóphélès – René Pape
Valentin- Ludovico Tézier
Siebel - Michèle Loiser



The ideal Faust in 2011-2012

I had the privilege to watch this season four performances of the opera Faust, by Gounod.
Two live and staged (Royal Opera House in London and Bastille in Paris), one live in concert version (Liceu in Barcelona) and one transmission from the Met (Met Live in HD, Gulbenkian).
Here I leave my suggestion of what would be the ideal Faust this season.

Faust - A very difficult choice among the most dynamic on stage - Vitorio Griggolo (London), the most experienced - Roberto Alagna (Paris), the most lyrical - Piotr Beczala (Barcelona) and the most remarkable - Jonas Kaufmann (New York).

Marguerite - In this case, Inva Mula (Paris) and Marina Poplavskaya (New York) were far from the fantastic performances of Angela Gheorghiu (London) and Krassimira Stoyanova (Barcelona).

Mefistóphélès – This was the easiest choice. The impressive René Pape (London and New York) was artistically and vocally much superior to Paul Gay (Paris) and Erwin Schrott (Barcelona).

Valentin - If Tassis Christoyannis (Paris) and Russell Braun (New York) were OK, Dmitri Hvorostovsky (London) and Ludovico Tézier (Barcelona) were both sensational. My choice was based solely on the vocal performance.

Siebel – All singers gave us interesting interpretations, Karine Deshayes (Barcelona), Angélique Noldus (Paris) and Michele Loiser (London and New York).

Conductor - Pierre Vallet (Barcelona) was weak, Altinoglu Alain (Paris) was trivial, Eveline Pido (London) was unfortunate, and Yannick Nézet-Séguin (New York) was remarkable.

Staging - In London, David McVicar’s, was interesting but with a few oddities. In Paris, Jean-Louis Martinoty’s was rich but with several very doubtful options.
In New York, Des McAnuff’s. was simple but trivial.. None was significant. In Barcelona there was no staging.


The ideal Faust in 2011-2012 would be:

Staging - David McVicar (Royal Opera House)
Maestro - Yannick Nézet-Séguin
Faust - Piotr Beczala
Marguerite - Krassimira Stoyanova
Méphistophélès - Rene Pape
Valentin - Ludovico Tézier
Siebel - Michèle Loiser

6 comentários:

  1. Caro fanático,
    incrível essa seleção de talentos para uma ópera ideal! Algo que admiro demais em seu estilo é a dureza na crítica e o entusiasmo nos elogios. Tudo sempre com notável respeito e elegância...
    Um grande abraço

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  2. Como eu gostava de poder planear algumas temporadas, caro FanaticoUm... Acho que é o sonho de muitos fanáticos por ópera, não acha? O seu Fausto ideal estaria por certo na sua Temporada, do seu Teatro de Ópera :)

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  3. É verdade, caro wagner_fanatic. A incerteza quanto ao futuro próximo do nosso País deixa-nos em suspenso na programação de novas temporadas. Há tanta coisa boa já anunciada mas, infelizmente, temos que ter calma e esperar que tudo se resolva pelo melhor, apesar dos ventos de incerteza cada vez mais fortes que sopram na Europa, sobretudo no sul, ao qual pertencemos...

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  4. Non Trézier - Tézier
    Svetlana

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  5. @ Svetlana

    La correction est déjà faite. Merci.

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