Assisti também ao Rigoletto de Verdi. A orquestra foi dirigida por Andrés Orozco-Estrada e esteve em
altíssimo nível, além de ter tido um respeito excelente pelos cantores.
A nova produção deste Rigoletto ficou a cargo de Bartlett Sher: que encenação! Clássica, simples, fluente e fluida.
Tem tudo para ser uma referência na obra e por muitos anos. E foi a melhor
encenação que vi desta obra até hoje. Também o coro se apresentou em grande
nível.
A grande estrela da noite foi Nadine
Sierra: não tem um volume enorme, mas tem uma técnica excelente e foi
vocalmente perfeita. Teve um Caro nome
divinal! Associa a isso, uma presença cénica muito carismática e uma figura
mais do que adequada ao papel. É, sem dúvida, uma jovem a despontar e com
grande futuro.
O Duca de Michael Fabiano foi
uma desgraça: não tem agudos (bem se esforça por disfarçar o indisfarçável) e
tem pouca presença, mas dá-se a ares de estrela. Evidentemente, no final, não
estava satisfeito com a total ausência de entusiasmo do público que reagiu
muito friamente ao seu aparecimento para os aplausos. A sorte, para não
estragar a récita, é que ouvia outra voz no papel dentro da minha cabeça e
imaginava-a lá.
Quem mais me surpreendeu foi Christopher
Maltmann como Rigoletto: a voz tem uma enorme potência e, sem atingir o
brilhantismo de um Nucci, foi um Rigoletto convincente cenicamente e vocalmente
muito competente, pelo que ofereceu uma óptima prestação.
O Sparafucile de Jan Martinik,
assim como a Maddalena de Elena Maximova
estiveram bastante bem nos seus pequenos papéis, embora não tenha gostado
particularmente dos timbres.
Foi uma muito boa récita, desde logo pela belíssima encenação e pela
prestação de Nadine Sierra.
RIGOLETTO, Staatsoper Berlin, July 2019
I also watched Verdi's Rigoletto. The orchestra was directed
by Andrés Orozco-Estrada and was at
a very high level, in addition to having had an excellent respect for the
singers.
The new production of this Rigoletto
was in charge of Bartlett Sher: what
staging! Classical, simple, fluent and fluid. It has everything to be a
reference in the work and for many years. And it was the best staging I have
seen of this opera until today. Also the choir performed at a great level.
The big star of the night was Nadine
Sierra: she does not have a huge volume, but has an excellent technique and
was vocally perfect. We heard a divine Caro
nome! Associated with the singing, a very charismatic scenic presence and a
figure more than adequate to the role. She is, without doubt, a young woman to
emerge and with a great future.
The Duca by Michael Fabiano
was a disgrace: he has no top notes (he well strives to disguise the
undisguised) and has bad presence, but he gives the look of a star. Of course,
in the end, he was not satisfied with the total lack of enthusiasm of the
public that reacted very coldly to his appearance to the applause. Luckly, not
to spoil the recital, was that I heard another voice in the role inside my head
and imagined him there.
Who surprised me the most was Christopher
Maltmann as Rigoletto: the voice has an enormous power and, without
achieving the brilliance of Nucci, was a convincingly enigmatic Rigoletto and
vocally very competent, so he offered a great performance.
Jan Martinik's Sparafucile as
well as Elena Maximova's Maddalena
did quite well in their small roles, though I did not particularly like the
timbres.
It was a very good performance, right from the beautiful staging and the
performance of Nadine Sierra.
Michael Fabiano é o maior embuste da ultima década. Logo nas audições do MET, deixava imenso a desejar, confesso que na altura não entendi a histeria!
ResponderEliminarNada contra a sexualidade de cada um, mas Lobby gay no seu pior, infelizmente!