domingo, 4 de agosto de 2019

RIGOLETTO, Staatsoper unter den Linden, Berlin, Julho /July 2019



(texto de camo_opera)

Assisti também ao Rigoletto de Verdi. A orquestra foi dirigida por Andrés Orozco-Estrada e esteve em altíssimo nível, além de ter tido um respeito excelente pelos cantores.


A nova produção deste Rigoletto ficou a cargo de Bartlett Sher: que encenação! Clássica, simples, fluente e fluida. Tem tudo para ser uma referência na obra e por muitos anos. E foi a melhor encenação que vi desta obra até hoje. Também o coro se apresentou em grande nível.



A grande estrela da noite foi Nadine Sierra: não tem um volume enorme, mas tem uma técnica excelente e foi vocalmente perfeita. Teve um Caro nome divinal! Associa a isso, uma presença cénica muito carismática e uma figura mais do que adequada ao papel. É, sem dúvida, uma jovem a despontar e com grande futuro.



O Duca de Michael Fabiano foi uma desgraça: não tem agudos (bem se esforça por disfarçar o indisfarçável) e tem pouca presença, mas dá-se a ares de estrela. Evidentemente, no final, não estava satisfeito com a total ausência de entusiasmo do público que reagiu muito friamente ao seu aparecimento para os aplausos. A sorte, para não estragar a récita, é que ouvia outra voz no papel dentro da minha cabeça e imaginava-a lá.



Quem mais me surpreendeu foi Christopher Maltmann como Rigoletto: a voz tem uma enorme potência e, sem atingir o brilhantismo de um Nucci, foi um Rigoletto convincente cenicamente e vocalmente muito competente, pelo que ofereceu uma óptima prestação.



O Sparafucile de Jan Martinik, assim como a Maddalena de Elena Maximova estiveram bastante bem nos seus pequenos papéis, embora não tenha gostado particularmente dos timbres.




Foi uma muito boa récita, desde logo pela belíssima encenação e pela prestação de Nadine Sierra.



RIGOLETTO, Staatsoper Berlin, July 2019

I also watched Verdi's Rigoletto. The orchestra was directed by Andrés Orozco-Estrada and was at a very high level, in addition to having had an excellent respect for the singers.
The new production of this Rigoletto was in charge of Bartlett Sher: what staging! Classical, simple, fluent and fluid. It has everything to be a reference in the work and for many years. And it was the best staging I have seen of this opera until today. Also the choir performed at a great level.
The big star of the night was Nadine Sierra: she does not have a huge volume, but has an excellent technique and was vocally perfect. We heard a divine Caro nome! Associated with the singing, a very charismatic scenic presence and a figure more than adequate to the role. She is, without doubt, a young woman to emerge and with a great future.
The Duca by Michael Fabiano was a disgrace: he has no top notes (he well strives to disguise the undisguised) and has bad presence, but he gives the look of a star. Of course, in the end, he was not satisfied with the total lack of enthusiasm of the public that reacted very coldly to his appearance to the applause. Luckly, not to spoil the recital, was that I heard another voice in the role inside my head and imagined him there.
Who surprised me the most was Christopher Maltmann as Rigoletto: the voice has an enormous power and, without achieving the brilliance of Nucci, was a convincingly enigmatic Rigoletto and vocally very competent, so he offered a great performance.
Jan Martinik's Sparafucile as well as Elena Maximova's Maddalena did quite well in their small roles, though I did not particularly like the timbres.
It was a very good performance, right from the beautiful staging and the performance of Nadine Sierra.

1 comentário:

  1. Michael Fabiano é o maior embuste da ultima década. Logo nas audições do MET, deixava imenso a desejar, confesso que na altura não entendi a histeria!
    Nada contra a sexualidade de cada um, mas Lobby gay no seu pior, infelizmente!

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