segunda-feira, 25 de junho de 2012

DER ROSENKAVALIER – English National Opera – 4 de Fevereiro 2012

(review in english below)


Depois de várias vezes ouvir o FanaticoUm a dizer-me para ver a Salome de Richard Strauss porque de certeza que ia gostar, acabei por, depois de uma lembrança radiofónica interessante de Ariadne auf Naxos do Teatro Nacional de São Carlos de há uns anos atrás, por entrar em Richard Strauss.

A reposição desta encenação no Coliseu de Londres, presente na mesma altura da trilogia Da Ponte na Royal Opera House, e em inglês (algo que não me incomoda particularmente, nem mesmo em Wagner), com elenco muito bom, veio mesmo em boa altura.

A produção de David McVicar é clássica e transporta-nos, com grande magia, para a Viena do século XVIII.

Excelente foi a interpretação de Sarah Connolly como Octavian. A sua presença física e o seu dote vocal é simplesmente perfeito para o papel.


Amanda Roocroft fez uma Feldmarschallin Marie Thérèse muito enquadrada com o seu dilema interior da velhice prematura e do medo certo da perda de amor do seu “Quinquin” por essa mesma idade avançada que, hoje em dia, seria surreal chamar velho a alguém na sua 3ª a 4ª década de vida. Do ponto de vista vocal denotou algumas dificuldades, principalmente em algumas passagens em que Strauss pede segurança e força nos agudos.

John Tomlinson foi simplesmente genial. Realmente há artistas singulares e este é um deles. Está com um físico e idade perfeitas para o papel de Barão Ochs e, pela primeira vez, vi Tomlinson a ser cómico em palco e com grande eficácia e credibilidade.


Os restantes intérpretes estiveram a um nível similar, destacando uma substituição de última hora com Gwyn Hughes Jones a fazer o papel de Cantor, numa das melhores passagens da ópera (além da cena da apresentação da Rosa e o trio final) – “Di rigori armato il seno”. Uma voz cristalina e de potência galesa incrível, oferecendo um dos pontos altos da noite.

Como sempre, é muito difícil tirar fotos no Coliseu... Há sempre alguém quase a bater-nos por estarmos a utilizar uma câmara fotográfica no final da récita. Deixo-vos as que consegui dos cantores em cima e algumas que encontrei na internet sobre a produção.









DER ROSENKAVALIER - English National Opera - February 4, 2012


After repeatedly hearing the FanaticoUm telling me to see Salome by Richard Strauss because for sure I’d like, I finally, after an interesting radio memory of Ariadne auf Naxos from the Teatro Nacional de São Carlos, a few years ago, by entering the Richard Strauss operatic world.

The revival of this staging at the Coliseum in London, at the same time the Da Ponte trilogy was playing at the Royal Opera House, and in English (something that does not particularly bother me, not even in Wagner), with a very good cast, came just at the right time.

The production by David McVicar is classic and transports us, with great magic, to the eighteenth-century Vienna.

Great was the interpretation of Sarah Connolly as Octavian. Her physical presence and vocal endowment is just perfect for the role.


Amanda Roocroft made a Feldmarschallin Marie Thérèse perfectly aware of her dilemma of premature old age and fear of lost of her “Quinquin” due to that age, something that, today, it would be surreal to call old to someone in their 3rd or 4th decade of life. From the vocal standpoint she  denoted some difficulties, especially in passages in which Strauss asks for safe and strong high notes.


John Tomlinson was just great. There are artists that are unique and this is one of them. His physical presence and his age is perfect for the role of the Baron Ochs, and for the first time I saw Tomlinson being humorous on stage and with great effectiveness and credibility.


The other performers were at a similar level, highlighting a last minute replacement with Gwyn Hughes Jones to play the part of the Singer, in one of the best passages of the opera (beyond the scene of the presentation of the Rose and the final trio) - "Di rigori armato il seno". A incredible crystalline and powerfull Welsh voice, offering one of the highlights of the night.


As always, it is very difficult to take photos at the Coliseum ... There is always someone about to hit us because we are using a camera at the end. I leave you with some of the photos I managed to take along with some photos of the production I found on the internet.







4 comentários:

  1. Caro wagner_fanatic,

    Apesar da dificuldade em tirar fotografias no final dos espectáculos (algo também frequente em outras casas de ópera), estas ficaram excelentes!

    Agora tem que seguir o meu conselho e ouvir e ver a Salome e a Elektra! Depois falamos...

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  2. does anybody have an audio recording of this performance!! it would be wonderful if somebody who has it could post it on FANTASTICOSDOPERA!!! ))

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  3. Eis uma ópera que nunca vi ao vivo e gostaria muito.

    Amanda Roocroft cantou no "Così" de Gardiner São Carlos. Não voltei a ouvi-la ao vivo.

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  4. Caros Fanáticos,

    Strauss trouxe-nos algumas das mais belas óperas do século XX: Salomé e o Cavaleiro da Rosa são disso um enorme exemplo.
    Quanto ao facto de a ópera ser cantada em inglês, confesso que não sou um particular adepto.
    Saudações

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