(review in English below)
O pano abre e estamos numa enfermaria de crianças, cuidadas por freiras, algures em meados do século passado. Há 11 camas, todas ocupadas, e todo o material trazido para o palco (bacias, frascos para medicamentos, as próprias camas, as roupas, etc.) é de muito bom gosto.
(Fotografia de / Photo by Alastair Muir)
A madre superiora foi interpretada pelo mezzo italiano Elena Zilio. Foi a primeira a cantar e logo se ouviu uma voz grave, escura, segura e poderosa, que parecia cantar sempre em forte.
Em cena foi também excelente (a figura e a encenação ajudaram muito) e totalmente convincente.
Também foi impressionante o final em que a visão do filho, nesta encenação, é retratada pelo abraço a uma das crianças da enfermaria com idade idêntica à que ele teria. Puro deslumbramento e magia em palco!
E uma cantora a seguir obrigatoriamente!
Embora raramente, a perfeição existe!
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SUOR ANGELICA - Il Trittico (III of IV), Royal Opera House,
The curtain opens and we are in a ward of children looked after by nuns somewhere in the middle of last century. There are 11 beds, all occupied, and all the materials brought to the stage (bowls, bottles for medicines, the beds, clothes, etc..) are of high beauty and totally appropriate. Sister Angelica sits at the center, facing a table where she prepares her healing potions.
The Monitress was interpreted by the Italian mezzo Elena Zilio. She was the first to sing and immediately we heard a deep, dark and powerful voice, that always seemed to be singing forte.
Ermonela Jaho, a young Albanian soprano (replacing Anja Harteros) was Suor Angelica. She was absolutely outstanding! She has a lithe figure, thin and fragile that sings with a touching beauty and elegance. The voice is clear, silky, pure, crystal clear and always very refined. The highest notes are reached with absolute ease and sound angelical. The vocal power is huge and she never shouts.
Artistically she was also exceptional and totally convincing (her figure and the staging helped a lot).
If all her interventions were top-level, in the aria Senza Mamma she was unsurpassed. Marvelous!
Also impressive was the end, in which she views her child. In this staging that vision is pictured by the embrace of a child of the ward with the same age of her son. Pure wonder and magic on stage!
And a singer to follow!
Artistically she was also exceptional and totally convincing (her figure and the staging helped a lot).
If all her interventions were top-level, in the aria Senza Mamma she was unsurpassed. Marvelous!
Also impressive was the end, in which she views her child. In this staging that vision is pictured by the embrace of a child of the ward with the same age of her son. Pure wonder and magic on stage!
And a singer to follow!
Swedish contralto Anna Larsson was another presence of exceptional quality. She arrived elegantly dressed in black with a fox stole, in stark contrast to the habits of nuns. Her deep voice, very dark and very beautiful, easily filled the room. She was cynical, cold and insensitive. The dialogue with her niece, in which she reveals that her son died, was creepy. The aria Nel silenzio di quei raccoglimenti was another superlative moment of the performance.
All other singers were also remarkable. Russian mezzo Irina Mishura was a vocally imposed abbess. As I have already stated, the musical direction of Pappano was fabulous and the choir was angelical.
This production is the proof that with an exceptional maestro, a fabulous staging and a group of top singers it is possible to do a masterpiece from an opera considered (unfairly in my opinion) the least interesting of Il Trittico.
This was the Suor Angelica that impressed me most so far (and I've seen a few) and, I think, better is impossible!
This production is the proof that with an exceptional maestro, a fabulous staging and a group of top singers it is possible to do a masterpiece from an opera considered (unfairly in my opinion) the least interesting of Il Trittico.
This was the Suor Angelica that impressed me most so far (and I've seen a few) and, I think, better is impossible!
Though rarely, perfection does exist!
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Great postings, my friend! I'm enjoying a lot.
ResponderEliminarVou tentar arranjar DVD. Ando atrás desta ópera para ver, porque só tenho CD de áudio, e parece que esta é uma ópera que, se for bem encenada e cantada, pode ser um espectáculo muito tocante - o que terá sido o caso.
ResponderEliminarFoi cantada esta ária: http://www.youtube.com/watch?v=GdBAPdMo4f8 ? Na minha gravação, não consta, mas parece que não ficaria mal. Talvez demasiado para a frentex no contexto pucciniano?
Como eu gosto de agudos não gritados! E é raro... Vou pesquisar a Ermonela Jaho.
ResponderEliminarLembro-me de um "Trittico" muito bom no Teatro de São Carlos (1997) em que Miriam Gauci era Suor Angelica. Alguém viu? Há dois excertos no YT. Aqui, Senza mamma.
ResponderEliminar@ lotus-eater,
ResponderEliminarThank you. Tonight I will post Gianni Schicchi. They are also nice.
@ Plácido,
Sim, foi. E o final desta representação que nos trouxe seu texto é também muito interessante, com a Barbara Frittoli em grande forma.
@Gi,
Há uma gravação pirata da aria Senza Mamma no Youtube que permite ter uma ideia da senhora, mas não é a mesma coisa!:
http://www.youtube.com/watch?v=XeYXkB_yaFA
@ Paulo,
Eu vi. E também vi um em 1983, no Teatro de São Carlos, que foi o primeiro Trittico que vi ao vivo. Recordo-me que gostei muito. Foi com a prata (ouro) da casa: Zuleika Saque (Suor Angelica), Isabel Mallaguerra (tia) Helena Vieira (Suor Genoveva) e outras como Manuela Castani, Helena Cláudio, Beatriz Horta, Alice Marinho.
Bons tempos! Esta temporada do São Carlos tinha as seguintes 11 óperas (elencos nacionais e internacionais e, récitas populares): Marva/Oedipus Rex; O crepúsculo dos deuses, As bodas de Fígaro, O barbeiro de Sevilha, Tríptico, Os contos de Hoffmann, Um baile de máscaras, Luísa Miller, Sansão e Dalila e D. Duardos/Castelo barba azul.
Sim, era assim em São Carlos!!
Caro FanaticoUm,
ResponderEliminarpermita-me complementar a evocação dessa temporada lírica em São Carlos salientando as presenças de Reinhild Runkel em Édipo Rei e no Crepúsculo (ainda com Matti Kastu, Janice Yoes e Roland Bracht), Alain Vanzo nos Contos de Hoffmann, Carlo Bergonzi e Piero Capuccilli em Um Baile de Máscaras, Mara Zampieri e Giorgio Zancanaro na Luisa Miller, Bruno Pola no Barbeiro, Aldo Protti em Il Tabarro e Gianni Schicchi e ainda Cornliu Murgo e Mariana Paunova em Sansão e Dalila.
Caro Hugo,
ResponderEliminarExactamente assim, como complementa, muito obrgado.
E volto a escrever:
Sim, era assim em São Carlos!!
Que privilégio este de estar diante da perfeição!
ResponderEliminarQuem persegue encontra!
Um grande abraço
Thanks a lot, for this info!!
ResponderEliminarBest regards,Willy
Das três óperas em questão, esta é a que prefiro. Vi uma representação muito boa em Budapeste, há uns anos, com um elenco local muito bom. Foi seguida do Gianni Schicchi de que não gostei particularmente.
ResponderEliminarCumprimentos